Moradores do bairro Parque Paulista, em Franco da Rocha (SP) realizaram um ato cobrando por moradia digna e respostas às suas reivindicações em frente à Câmara de Vereadores do município, após dois outros atos anteriores.
Jean Siqueira – MLB
FRANCO DA ROCHA (SP) – As famílias estão cansadas de esperar o início das obras de contenção e um plano de habitação para os afetados pela tragédia anunciada que retirou a vida de 17 pessoas no dia 30 de janeiro deste ano.
Durante as primeiras semanas do acontecido, o Movimento de Luta nos Bairros Vilas e Favelas (MLB) e o Jornal A Verdade coletaram inúmeras histórias sobre os abusos do poder público: a demolição de casas sem avaliação de risco pela Defesa Civil; moradores que receberam promessas de que suas casas não seriam demolidas, para voltarem e ver suas residências em ruínas, destruídas pelas máquinas da prefeitura; e até roubo de ferragens das estruturas de casas destruídas.
Desde janeiro deste ano, quando ocorreu o deslizamento de terra na rua São Carlos, a luta pela sobrevivência e por seus direitos básicos tem sido a principal preocupação dos moradores.
Desta terrível tragédia nasceu uma luta travada desde o início pelo MLB, em um núcleo construído no bairro, para organizar a indignação de quem perdeu para muito além de suas casas e parentes: parte de sua vida e direitos.
O ex-governador ultraliberal João Dória prometeu ao total R$8 milhões à cidade como apoio para as obras, porém, apenas R$2 milhões chegaram aos cofres do município, deixando a verba apenas na promessa e com a esperança de que caísse no esquecimento da população e que fortalecesse sua chapa eleitoral, que futuramente veio a fracassar.
O presidente fascista Jair Bolsonaro também fez questão de usar da tragédia como palanque político mesmo após, em 2020, o Governo Federal ter negado verba aos municípios da região para obras que poderiam ter evitado a catástrofe.
Durante este tempo ocorreram duas manifestações que conquistaram o diálogo com a Prefeitura, que até então se negava a dar informações sobre os direitos da população afetada se limitando a distribuir cestas básicas coletadas de diferentes formas, sem prestar contas e com inúmeras denúncias do povo sobre irregularidades na distribuição.
Os atos também garantiram ao povo um auxílio aluguel no valor de 600 reais, menor do que a maioria dos aluguéis da cidade, e a promessa de início das obras.
O diálogo seguiu até uma reunião em que foram dadas várias desculpas e nenhuma resposta concreta sobre o início das obras de contenção, indenização aos moradores e garantia de permanência do auxílio. A prefeitura decidiu ignorar as perguntas feitas pelas lideranças do MLB e ignorou alguns moradores insatisfeitos com as respostas.
Em uma assembleia popular com dezenas de moradores e colaboração do MAB (Movimento dos Atingidos por Barragens) foi convocado um ato e decididas as reinvindicações tendo como tema central nenhuma morte a mais.
O grande ato teve cerca de 50 pessoas que gritaram indignadas com o descaso do poder público nesses seis meses. Os vereadores se negaram em dialogar com a população, mostrando seu caráter eleitoreiro e insensível. Este ato foi um aviso àqueles que acham que podem enganar o povo. Aos que pensam que não haverá luta: se preparem para saber do que a organização do povo é capaz.
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Isso porque não elegemos o nosso presidente, antifascista, socialista e totalmente voltado contra a política burguesa onde se escolhe o pobre que vai morrer, sucateam as nossas estátais, privatizam tudo e lutam pela ditadura, o pobre não tem moradia digna e o pouco que tem querem tomar…
Precisamos logo do Léo na presidência desse falido e entregue aos corruptos, Brasil…