Morreu, nesta quinta (8), a rainha Elizabeth II. Domínio da monarca foi marcado pela exploração e colonização de povos ao redor do mundo. Elizabeth representou privilégios construídos à base da escravidão, segregação e exploração.
Felipe Annunziata | Redação Rio
INTERNACIONAL – Morreu hoje (8), aos 96 anos, Elizabeth II do Reino Unido. A monarca britânica governou por 70 anos o vasto império colonial que explorou riquezas, escravizou povos e apoiou golpes de Estado em todas as partes do mundo.
Quênia, Iêmen, Irlanda do Norte, Egito e África do Sul foram algum dos países que sofreram a opressão, massacre e exploração feitos pelo Império Britânico, chefiado por Elizabeth.
Durante seu reinado se deram as lutas de libertação colonial em África e na Ásia. Na África do Sul, o governo da rainha apoiou e financiou o regime do Apartheid, que discriminava e tentava subjugar a população negra. No Quênia, durante a guerra de independência nos anos 1960, pessoas eram mutiladas e torturadas com machados por se levantarem contra os britânicos.
Domínio imperialista após a derrota colonial
Com as sucessivas vitórias da luta anti-colonial nas décadas de 1950 e 1960, o Reino Unido substituiu o Império Britânico pela Commonwealth, ou Comunidade Britânica.
Essa estrutura visa garantir a monarquia inglesa mesmo com países independentes. Por isso que Elizabeth foi rainha de mais 14 países além do Reino Unido. É o caso da Jamaica, Austrália, Canadá e até do pequeno arquipélago de Tuvalu, na Oceania.
O objetivo da Commonwealth é manter o controle do capital financeiro britânico sobre esses países, em especial no Caribe, África e Ásia. Tanto que, mesmo países que se tornaram repúblicas, como a Índia ou Barbados (que se tornou república ano passado), continuam na organização.
Escravidão, golpes de Estado e simpatias nazistas
Essas estruturas controladas pela monarquia britânica não surgiram com Elizabeth. Sua dinastia governa o Reino Unido desde o século 18.
Foi durante os governos de seus antepassados que a Inglaterra assumiu protagonismo no tráfico de escravizados no Atlântico. Foi esta monarquia que dominou 25% dos territórios no mundo suprimindo línguas, perseguindo etnias e prendendo revolucionários que lutavam contra o colonialismo.
Outro ponto que marca a dinastia da família Windsor é a simpatia de alguns de seus membros pelo nazismo. O tio da rainha, Eduardo VII (que também foi rei), ficou conhecido por apoiar abertamente o regime de Hitler. A própria rainha foi gravada ainda criança fazendo a saudação nazista.
Outra marca de seu governo foi o apoio a golpes de Estado. Aliado de primeira hora da OTAN, o governo de Elizabeth apoiou golpes de Estado na América Latina e na África. O caso mais emblemático é o de Gana, onde os ingleses apoiaram um golpe para derrubar o presidente Kwame Nkrumah, em 1966.
Na América Latina, a Marinha Real de Elizabeth não poupou esforços para manter o domínio colonial das Ilhas Malvinas, território internacionalmente reconhecido como argentino.
Monarquia britânica é herança medieval e reacionária
Essa história de exploração, guerras, colonização e mortes é hoje escondida pela grande mídia. Toda cobertura dos meios de comunicação da burguesia se esforça em exaltar o “legado” de Elizabeth.
Nenhuma palavra é dada com destaque aos privilégios construídos pela monarquia britânica, construídos à base da colonização brutal de povos de todas as partes do mundo.
Não há nada que se lamentar na morte de Elizabeth, a não ser o fato de nunca ter sido julgada, junto a todo governo britânico, pelos crimes de guerra e contra a humanidade cometidos.
Realmente, só não enxerga quem não quer (por conveniência) ou quem não tem muito estudo, que sempre foi um objetivo político-histórico no Brasil.
Até que em fim um jornal sensato e etico fala a verdade referente a reinados britânicos que a vida toda enganaram, mentiram, exploraram outras nações principalmente na África. Sempre foram colonizadores que roubavam tudo de outros países e levavam para Londres onde está concentrado todo tesouro furtado, além de aplicarem em suas terras a triste escravidão que e a pior parte da história. Não tem sentido uma realeza com Tanto dinheiro e nao ajusar os povos principalmente da africa que foram as maiores vítimas. De sete ela não tem nada.
Excelente matéria. Parabéns para o jornalista Felipe Annunziata.
E pra piorar, faleceu a estimada madame sem ouvir o clamor daqueles que ajudou a oprimir. Em vez disso, faleceu confortável, cercada pela pompa e pelos elogios não somente de seu povo, mas também da grande mídia brasileira, muito rápida em servir a interesses capitalistas.
Parabéns pela excelente matéria, sempre pensei isso sobre essa monarquia que saqueou os países que colonizaram e a grande mídia suja vem enaltecer essa sangue suga
Foi tarde… que agora pague por todo mal que causou ao mundo. Que seja cobrado cada gota de sangue derramado, cada gota de lagrima e cada minuto de fome e sede que foi sentido. Deu algum lugar vem a justiça e de onde vem nao aceita carteirada de rainha nem ouro em troca. No meu bairro a gente chama gente que pega as coisas dos outros de L A D R A O