Desesperados com a derrota nas urnas no próximo domingo, o ex-capitão e sua equipe de campanha tentam, mais uma vez, criar confusão para justificar o cancelamento da votação.
Heron Barroso | Redação Rio
BRASIL – A inevitável derrota de Jair Bolsonaro no 2º turno da eleição presidencial tem levado desespero à campanha do ex-capitão. Não passa um dia sem que a máquina de mentiras do candidato fascista produza “provas” contra uma suposta armação para impedir sua reeleição.
Nesta última semana, a “aposta” de Bolsonaro é a “acusação” de que rádios não estavam veiculando suas propagandas eleitorais obrigatórias, denúncia que não se sustentou em pé e logo foi rejeitada pelo Tribunal Superior Eleitoral. Segundo Alexandre de Moraes, presidente do TSE, Bolsonaro “sequer identifica dias, horários e canais de rádio em que se teria descumprindo a norma eleitoral”.
Uma das rádios citadas, a JM 95.5 FM, de Uberaba (MG), afirmou à Justiça que foi o próprio partido de Bolsonaro, o PL, que deixou de mandar as mídias com os materiais de divulgação entre os dias 7 e 10 de outubro.
“Não restam dúvidas de que os autores – que deveriam ter realizado sua atribuição de fiscalizar as inserções de rádio e televisão de sua campanha – apontaram uma suposta fraude eleitoral às vésperas do segundo turno do pleito sem base documental crível, ausente, portanto, qualquer indício mínimo de prova”, concluiu Moraes.
Revelada a farsa, Bolsonaro buscou demonstrar uma força que não tem, convocando às pressas seus ministros mais próximos e comandantes das Forças Armadas para uma reunião extraordinária na última quarta (26), no Palácio da Alvorada. Depois, em coletiva solitária, prometeu “ir às últimas consequências” contra a decisão do TSE.
Essa suposta “radicalização” às vésperas do segundo turno não é outra coisa senão desespero diante da derrota nas urnas e choro de mau perdedor.
Na verdade, Bolsonaro quer apostar na confusão, no caos. Seu objetivo é desviar a atenção da população do desastre que é seu governo e semear desconfiança no processo eleitoral, posar de vítima do que ele chama de “sistema” e usar isso para mobilizar seus seguidores para contestar o resultado da votação de domingo. Age assim porque sabe que fora da Presidência certamente será investigado, processado e punido por todos os crimes que cometeu em quatro anos de mandato.
Nos próximos dias, é preciso seguir em alerta, redobrar os esforços militantes para virar voto, convencer indecisos, esclarecer enganados e denunciar toda e qualquer tramoia bolsonarista que vise cassar a soberania popular e impedir que o povo brasileiro derrote Bolsonaro nas urnas. Essa é mais uma etapa da luta que deve continuar nas ruas ainda por muito tempo, até o esmagamento total do fascismo em nosso país.