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sexta-feira, 26 de abril de 2024

Polícia realiza confrontos em comunidades, assassina morador e deixa 6 baleados, no RJ

Tiroteios promovidos pela Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ) na comunidade do Jacarezinho, Manguinhos e Manguela deixaram pelo menos seis moradores baleados e um morto.

Redação RJ


BRASIL Neste domingo (20), no Rio de Janeiro, o Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), força de operações especiais da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ), promoveu operações genocidas que assassinaram um morador e deixaram pelo menos seis pessoas feridas, entre elas duas adolescentes de 13 anos. 

Durante três dias seguidos as forças militares ameaçaram a vida de milhares de moradores das favelas do Jacarezinho, Manguinhos e Mandela. Os seis moradores vítimas da violência foram levados para a UPA de Manguinhos e cinco deles receberam alta, como aponta a imprensa.

A polícia iniciou seu trabalho contra a periferia realizando uma operação no final da manhã de sexta-feira (18) contra a favela do Jacarezinho, que se encontra sob ocupação direta da PM há 10 meses. Logo depois, a polícia expandiu sua operação para as favelas vizinhas de Manguinhos e Mandela.

A operação policial faz parte do “Cidade Integrada”, projeto de militarização das comunidades cariocas arquitetado pelo governo de Cláudio Castro (PL). Este projeto visa ocupar as comunidades de policiais, implementar uma política de massacre e resgatar a fracassada proposta das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs).

População se rebela contra terrorismo policial

Essas operações não passam de verdadeiras atos terroristas do Estado burguês contra o povo pobre. Elas impedem e cerceiam o direito de ir e vir dos moradores das comunidades que não podem se locomover para seus locais de estudo, trabalho ou moradia.  

No domingo (20), os  moradores do Jacarezinho interditaram as ruas do bairro no final da tarde, em protesto contra as restrições causadas pela ação policial. Muitos jovens e estudantes não puderam sequer sair de suas casas para realizar o ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio), prova de admissão à educação superior que estava ocorrendo no dia.

Dois hospitais Centro Municipal de Saúde Renato Rocco e a Clínica da Família Anthidio Dias da Silveira, ambas no Jacarezinho, interromperam o funcionamento durante os tiroteios. Nove escolas da rede municipal de ensino encerraram suas atividades presenciais devido às operações policiais na comunidade. 

Na teoria criada para proteger a sociedade, na prática, a polícia age contra o povo do Rio de Janeiro e do Brasil, garantindo o direito apenas dos ricos, enquanto a maior parte da população sofre com um sistema de extermínio, fome, violência e miséria. É preciso impor o controle social dos trabalhadores sobre as instituições armadas do Estado.

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