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domingo, 5 de maio de 2024

A UP avança quando os núcleos crescem

Mariana Fernandes | Diretório Nacional da UP 

Em pouco mais de um ano, a Unidade Popular (UP) recebeu quase 19 mil pedidos de filiação no Brasil e no exterior. São trabalhadoras e trabalhadores das mais diversas categorias, jovens, profissionais liberais, servidores públicos, estudantes, desempregados, mães solos e pessoas de diferentes realidades que buscam se organizar e lutar contra as atrocidades que são submetidas.

Para o planejamento da ação e prática revolucionária, todos esses filiados devem participar de um núcleo partidário. Os núcleos da UP devem ser acessíveis aos jovens universitários, mas também ao pedreiro e à diarista que não puderam concluir o ensino médio. Deve comportar os lutadores mais experientes e aqueles que desejam começar a aprender sobre o marxismo.

Os núcleos devem ser ponta-de-lança para a revolta, devem estar onde há anseio de luta, onde há sede por mudança e por justiça. Crescer os núcleos da Unidade Popular é dar oportunidade para ouvir, para falar, para ensinar e para aprender. 

Sendo assim, deve servir de inspiração o “dia da UP” promovido pelo Diretório Municipal de Porto Alegre (RS), no qual foram reunidos todos os núcleos existentes na cidade num único dia. Também o exemplo dos militantes que se dedicaram a receber na sede do partido os interessados em conhecer o programa da UP e se filiarem. 

O Núcleo Barreiro, em Belo Horizonte (MG), nasceu no vale das ocupações urbanas, já desenvolveu horta comunitária, creche, centro cultural para a juventude, e agora organiza panfletagens em portas de fábrica e reuniões de organização de categorias de trabalhadores em conjunto com o Movimento Luta de Classes (MLC).

Da mesma forma, a organização exemplar do núcleo do Médio Jaguaribe, em João Pessoa (PB), que, em parceria com o MLB, desenvolveu várias atividades nos últimos dois anos junto aos moradores do complexo de comunidades que está sob ameaça de despejo pela Prefeitura.

O Cine Cajá, organizado pelo núcleo do Centro de Cabo Frio, região dos Lagos do Rio de Janeiro, exibe filmes nacionais mensalmente com o objetivo de aproximar pessoas, debater questões sociais e valorizar a cultura local.  Na mesma cidade, o Bazar Socializa, feito com roupas doadas por militantes, ajuda a arrecadar finanças para o desenvolvimento das lutas.

Além disso, provando que há espaço para crescimento em todo o mundo, o núcleo internacional, que foi suporte no processo eleitoral de 2022, hoje reúne cerca de 40 pessoas divididos em diversos países do mundo, entre eles: Argentina, Estados Unidos, Portugal, Espanha, Alemanha, Vietnã, Áustria, Polônia, Inglaterra, Nova Zelândia, Austrália, Rússia, Coreia do Sul, Bélgica e França, que já fez sua primeira reunião presencial.

Esses exemplos provam que crescer a Unidade Popular exige criatividade, profissionalização do trabalho e dedicação. Nunca a UP teve tantas oportunidades de crescimento em tão pouco tempo. Crescer os núcleos deve significar crescer a atuação dos movimentos sociais, participar de mais sindicatos, DCEs e DAs, mas, sobretudo, deve significar avanço nas condições de vida e na consciência das pessoas. Seja nas lutas econômicas, como na mudança de itinerário de um ônibus ou nas pautas mais políticas, como na derrubada de um projeto de lei que militariza escolas.

Por isso, a ágil organização dos filiados é tarefa urgente dos revolucionários que acreditam que, em momentos de avanço do fascismo, em que às propagandas anticomunistas ganham força e se intensifica a exploração dos trabalhadores em todo o mundo, propagandear o socialismo e crescer a organização da classe trabalhadora e do povo é imprescindível.

Matéria publicada na edição nº 264 do Jornal A Verdade

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