Enquanto o povo mineiro vive na fome e na miséria, o governador do estado de Minas Gerais, Romeu Zema, do Partido Novo, propôs reajuste de quase 300% no próprio salário, do seu vice e secretários.
Letícia Freitas, MG
MINAS GERAIS – Não é de hoje que o governador Romeu Zema mostrou suas asas, revelando que não há nada de “NOVO” na sua velha política. Após os cortes de verba da educação, as concessões à mineração predatória e toda a sua política anti povo, o governador ataca mais uma vez e defende o reajuste de quase 300% no próprio salário, do seu vice e secretários. Caso a proposta seja aprovada, a previsão é que o valor passe de R $10,5 mil para R $41,8 mil reais mensais.
Para justificar esse absurdo, Zema declarou que “há mais de 15 anos os salários para estes cargos estão congelados” e, ainda, que “é preciso manter e atrair os mais competentes nos quadros técnicos”. Ora, por que então o governador, por exemplo, não valoriza da mesma forma os professores do estado?
Lembremos que há anos a categoria luta pela garantia do pagamento do piso salarial do magistério, que é negado pelo governador não por falta de verba, mas única e exclusivamente por uma decisão política. Pois a verdade é que este governo pouco se importa com os trabalhadores e, embora tenha crescido em cima de um discurso de renovação e contra os privilégios partidários, na prática se movimenta apenas em benefício próprio.
Além do mais, é absurdo que o povo mineiro permaneça na crescente miséria, que quase dois milhões passem fome, e que a taxa de extrema pobreza seja a mais alta dos últimos dez anos no estado, enquanto Zema vive no conforto, enche os bolsos de dinheiro e aumenta sua coleção de lojas e sapatênis.
Diante disso, é cada vez mais urgente e necessário lutarmos por uma política realmente popular, onde privilégios como esses sejam massacrados e as necessidades do povo estejam no centro do debate.