A falta de investimento e de valorização dos servidores revela que a ineficácia do Estado capitalista, mesmo sendo seu dever constitucional, de assistência aos desamparados não ocorre por acaso.
Raquel Brício | Belém
CARTA – Para construir lutas sindicais no serviço público independente da gestão do poder executivo é preciso ter maturidade política e como compromisso maior os Interesses da categoria. Nesse sentido, a greve dos servidores da FUNPAPA carrega ensinamentos para além da sua categoria, que pode inspirar outras categorias a não ficarem apenas esperando que um governo venha e atenda suas demandas.
A luta de classes, não foi algo inventado, e sim apenas constatado, ocorre o tempo todo, por isso, mesmo após eleger governos progressistas devemos seguir as lutas que representam as pautas da nossa classe.
Pois, a estrutura governamental não foi criada para que sejam realizadas transformações estruturais, e a tal da “governabilidade” limita muitas gestões que fazem acordos com o poder legislativo para poder “passar” as propostas nas casas legislativas (Câmaras, Assembleias Legislativas ou no Congresso Nacional)
Além disso, o trabalho de responsabilidade da FUNPAPA é de grande importância para o nosso povo, uma vez em que, diante do avanço da crise do sistema capitalista, do desemprego, do aumento do custo de vida (principalmente com alimentação e moradia), cada vez mais pessoas precisam da assistência do Estado. No entanto, a falta de investimento e de valorização dos servidores revela que a ineficácia do Estado capitalista, mesmo sendo seu dever constitucional, de assistência aos desamparados não ocorre por acaso.
Por assim compreender, estamos poiando a greve desde o seu início, levando para as nossas bases e militância a situação que se passa na categoria, bem como a importância do apoio às atividades da greve.
Ademais, saudamos o nível de organização e luta da categoria, que segue firme até a garantia de vitórias concretas.
E nessas lutas podem contar conosco!