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quarta-feira, 9 de outubro de 2024

A importância do estudo para a formação dos jovens comunistas

O camarada Stálin dizia que “a teoria deixa de ter objeto quando não se vincula à prática revolucionária, exatamente do mesmo modo que a prática se torna cega se não ilumina o caminho com a teoria revolucionária”. Separar a teoria da prática leva ao trabalho rotineiro e à desorientação política, manifestações de superficialidade e burocratismo.

Igor Barradas | Macaé (RJ)


JUVENTUDE A cada dia, torna-se mais importante que a atividade da juventude junto das amplas massas populares seja aprofundada. Baseados no marxismo-leninismo, os comunistas revolucionários aumentam a capacidade organizativa dos jovens nos locais de trabalho, estudo e moradia.

Nesse sentido, o núcleo é a organização básica mais importante da União da Juventude Rebelião. É seu alicerce e elo fundamental que conecta a UJR às massas.

Ao mesmo tempo em que conectam a organização às massas, os núcleos forjam os futuros quadros para a vanguarda do proletariado, para o Partido. Dito em outros termos, transformam a nossa organização em uma verdadeira escola do socialismo.

“Nossa escola do socialismo começa a partir dos núcleos da UJR. Nele, os jovens secundaristas, universitários, dos bairros populares, das fábricas e empresas ingressam movidos pela indignação e com grande agitação e expectativas. Muitos não conhecem a ciência do marxismo, outros possuem algum conhecimento da teoria, mas lhes falta a prática revolucionária organizada. Portanto, a tarefa fundamental do núcleo é transformar a indignação e a rebeldia desses jovens numa consciência de classe, tornando-os comunistas revolucionários.” (3º Congresso da União da Juventude Rebelião. 2011)

Uma tarefa fundamental para a transformação da indignação e rebeldia dos jovens numa consciência de classe é a elevação do nível teórico, ideológico e político dos militantes através da devida atenção ao estudo e à educação comunista. Ou, como afirmado no 3º Congresso da UJR:

“É indispensável que o núcleo tenha um programa de estudos em que se saiba quais textos estudar. Os textos devem esclarecer os militantes sobre a nossa ideologia, os conceitos básicos do marxismo-leninismo (centralismo democrático, luta de classes, imperialismo, mais-valia, materialismo dialético), a história de luta dos povos e a conjuntura atual.” 

Defender a aplicação criadora da teoria marxista-leninista 

O controle do estudo não deve ser realizado de forma esporádica, mas sim, em toda reunião. Ao deixar de estudar, o desenvolvimento do militante é enfraquecido. 

Pergunta-se: estudar é somente ler livros, documentos e assistir documentários? A resposta é não. Caso um militante comunista apenas abra um livro e inicie uma leitura sem relacionar de forma criativa com a realidade e a conjuntura que vive, estará sendo dogmático e não ingerindo de maneira revolucionária as informações adquiridas.

Lênin não cansava de afirmar que militantes desse tipo, que não alinham a teoria com a realidade, “são como aqueles eruditos cujo crânio é um caixote cheio de citações que podem extrair, mas que no momento em que apresenta uma combinação nova, não descrita nos livros, sentem-se perdidos e tomam justamente aquela que não serve” (Discurso ao Primeiro Congresso de Ensino Curricular, Lênin).

Ausência de estudos leva ao trabalho rotineiro e à desorientação política

A consciência revolucionária jamais poderá surgir espontaneamente. Ainda mais em uma sociedade onde as ideias dominantes são as ideias das classes dominantes, ou seja, dos exploradores.

O camarada Stálin afirma que “a teoria deixa de ter objeto quando não se vincula à prática revolucionária, exatamente do mesmo modo que a prática se torna cega se não ilumina o caminho com a teoria revolucionária”. Por sua vez, na UJR, o estudo do marxismo-leninismo e da realidade brasileira não é considerado uma tarefa secundária. O estudo é, dessa forma, intrínseco ao sucesso da atividade prática da organização. 

Separar a teoria da prática leva ao trabalho rotineiro e à desorientação política, manifestações de superficialidade, indisciplina e burocratismo. A ausência de estudo acarreta na incapacidade de compreender acontecimentos e de agir eficazmente em relação a eles.

O jovem comunista que não estuda perde perspectivas políticas e fica mais desorientado diante das diferentes circunstâncias da vida, à medida que o controle dos filmes, séries, grandes mídias e músicas estão nas mãos da burguesia.

De fato, Stálin não cansava de repetir que “a tendência dos militantes ocupados no trabalho prático para não fazer caso da teoria contradiz por completo o espírito do leninismo e está cheia de graves perigos para a nossa causa”. A ideologia burguesa pode, portanto, facilmente influenciar aqueles que não estudam, fazendo-os cair em indiferença, perdendo a confiança nas massas e na revolução, e logo abandonando a luta por uma sociedade socialista. Por isso, levantamos a bandeira do estudo e da luta revolucionária.

*Igor Barradas é militante da União da Juventude Rebelião (UJR)

 

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