Após ameaçar por dias o bombardeamento de hospitais ao norte da Faixa de Gaza, Israel atacou o Hospital Batista de Gaza, deixando ao menos 500 pessoas mortas. Bombardeio ocorreu horas depois de Israel atacar uma escola da ONU deixando dezenas de pessoas mortas.
Felipe Annunziata | Redação
INTERNACIONAL – A campanha fascista e genocida do Estado Terrorista de Israel contra os palestinos atingiu nesta terça (17) uma grande escalada. As forças armadas israelenses atacaram sem piedade o Hospital Batista de Gaza. Segundo o ministério da saúde de Gaza, ao menos 500 pessoas foram assassinadas.
Entre os mortos estão dezenas de crianças, mulheres e profissionais da saúde. Desde o domingo (15), Israel vem repetidamente ameaçando os hospitais palestinos e exigindo que pacientes e profissionais saíssem em direção ao sul da Faixa de Gaza. Após forçar milhares de palestinos a fugirem para o sul, Israel também bombardeou os comboios que levavam as pessoas.
Essa situação levou os profissionais da saúde de todos os hospitais do Norte de Gaza e não obedecerem a ordem genocida de Israel e ficarem até o fim com seus pacientes, que não podem sair das unidades de saúde. Com muita coragem e abnegação médicos, profissionais da enfermagem, paramédicos, servidores de ambulância não abandonaram as pessoas das quais cuidavam.
Mas o inimaginável, o abjeto, o absurdo aconteceu. Na noite de hoje (17), no horário local, Israel atacou o Hospital Batista de Gaza, que é gerido pela Igreja Anglicana. Segundo um vídeo verificado por todos os meios de comunicação, o que parece ser um míssil atinge diretamente o prédio do hospital seguido de uma enorme explosão.
Israel reivindicou e depois negou o ataque
Logo após o ataque, o assessor e porta-voz digital do primeiro-ministro fascista israelense Benjamin Netanyahu, Hananya Naftali, confirmou a autoria israelense do ataque. Na sua conta no Twitter ele disse que a “Força Aérea Israelense atacou uma base terrorista do Hamas dentro de um hospital em Gaza”.
Diante da repercussão horrível na comunidade internacional, o assessor apagou o tuíte e o governo israelense começou uma ampla campanha para acusar os próprios palestinos do ataque. 2 horas depois que a notícia veio à tona, a inteligência israelense passou a acusar o grupo palestino Jihad Islâmica de ter disparado erradamente um foguete. A organização negou que tenha feito qualquer disparo hoje.
Está claro que, desde que a guerra começou, os palestinos não tem nenhum foguete com tamanho poder de fogo. Prova disso, são que os poucos foguetes lançados por palestinos que atingem prédios israelenses causam muito pouco ou nenhum dano, em geral são armas de fabricação caseira.
Ataque cruel causou revolta em todo o mundo
Após a notícia do ataque, milhões de pessoas em várias partes do mundo, principalmente nos países árabes e de maioria muçulmana, foram às ruas. Até o fechamento desta matéria, já houve atos de revolta em Aman, na Jordânia, onde o povo atacou a Embaixada de Israel e em Beirute, no Líbano, onde a população atacou as embaixadas dos EUA e da França. Além destas cidades, há manifestações na Turquia, na Cisjordânia, Iraque, Mauritânia e no Irã.
Antes do ataque, grandes mobilizações já haviam tomado grandes cidades da Europa, EUA, Canadá e da América Latina. Com o bombardeio, já há novas manifestações marcadas em várias capitais do mundo.
A indiferença dos governos burgueses do mundo do mundo diante do genocídio dos palestinos só tem aumentado o clima de indignação dos trabalhadores em várias partes do planeta. A luta pelo fim do terrorismo de Israel, sua propaganda sionista e o sistema de Apartheid imposto ao povo da Palestina é uma das principais causas da humanidade hoje.
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