Inundações já afetaram 179 cidades no estado, com 28 mil pessoas desabrigadas e ao menos 5 mortes. Desastres tem como origem a crise climática causada pela exploração capitalista.
Amanda Benedett | Redação RS
BRASIL – Nesta semana, a Agência Nacional de Águas (ANA) revelou que a medição do Cais Mauá, do Lago Guaíba, chegou a 3,39 metros, esse é o maior marco desde 1941, quando Porto Alegre enfrentou uma enchente histórica que alagou o centro da capital. Nesta segunda feira (20), a prefeitura da cidade decretou estado de emergência, visto que na região das ilhas (Flores, Ilha Grande dos Marinheiros, Pintada e Pavão) tem-se os pontos mais críticos de inundações do estado e soma-se nessa pequena região 2000 pessoas desabrigadas.
Pessoas desalojadas montam barracas com lonas na beira da estrada
O governador Eduardo Leite (PSDB) anunciou apoio às empresas e às pessoas atingidas pelas chuvas. Mas, na realidade, o único investimento que o estado tem prestado para as famílias que perderam suas casas é fornecer lonas para os moradores montarem barracas nas rodovias, como tem acontecido na BR-290, em que somam-se mais de 100 pessoas em condições precárias. A pergunta que fica ao governo do estado é quanto vale uma vida?
O governo não tem prestado suporte e nem solidariedade às famílias que tiveram suas vidas desalojadas e nem as famílias que tiveram óbitos em decorrência ao desmoronamento de suas residências, como aconteceu na cidade de Gramado ou em Giruá, que uma mulher morreu por conta do desabamento da estrutura de um ginásio em que foi abrigada. Nesta semana, na região metropolitana do estado, em Eldorado, uma senhora de 67 anos foi encontrada morta dentro de uma casa alagada em Eldorado do Sul.
A incapacidade de um governo no capitalismo
As poucas tentativas de respostas dadas pelo governo para solucionar o problema das enchentes causadas no estado são insuficientes e atrasadas. Desde setembro várias cidades atingidas pelas enchentes permanecem sem fornecimento de água e energia, sem sinal de telefone e água potável, os moradores vivem em condições precárias e desumanas, tentando restabelecer suas vidas enquanto dependem dos setores privados.
O Rio Grande do Sul vive em calamidade pública, o descaso do governo em promover políticas públicas efetivas, aliado ao aumento da crise climática causada pela exploração capitalista dos recursos naturais no mundo, são os responsáveis pelas mortes e os 28 mil desabrigados no estado. Todos anos a população sofre com as enchentes, ciclones e outros problemas causados pelos problemas climáticos e nada é feito para revolver os problemas que causam a milhares de famílias.
Muitas perdem o pouco que tem e passam o ano todo para reconstruir suas vidas sem ter quase e nenhum apoio do governo. Por isso, enquanto existir capitalismo, o meio ambiente está a cada dia sendo destruído e prejudicando a vida humana, mas do que nunca é necessário outra forma de organização social para termos sociedade onde a natureza e a humanidade andem de mãos dadas.