Nos dias 29 e 30 de novembro, ocorreu a primeira eleição do Diretório Central dos Estudantes do Instituto Federal de São Paulo
Heloísa Araújo e Julia Cacho | São Paulo
JUVENTUDE – Fundado em 2022 no 1º Encontro de Estudantes do IFSP, após um ano e meio de gestão, a Diretoria de Fundação avaliou as diversas lutas travadas como as mobilizações pelo Fora Bolsonaro, contra os cortes na educação e em defesa do ensino público e de qualidade e definiu o calendário eleitoral a partir da necessidade de ampliar as lutas do DCE, atingindo mais campus com a nova gestão.
Com 65% dos votos, a Chapa 1 – Unir os Estudantes em Defesa do Instituto Federal, foi eleita para a gestão 2023-2024 do DCE.
Em um cenário onde a educação do estado de São Paulo é duramente atacada e os IF não recebem o mínimo de orçamento para se manterem em funcionamento, a chapa composta por mais de 240 estudantes, entre militantes do Movimento Correnteza, Unidade Popular, Movimento de Mulheres Olga Benario e vários estudantes independentes, defendeu a urgência do fim do arcabouço fiscal para que as obras dos IF sejam finalizadas, bandejão em todos os campus e acesso à alimentação de qualidade, melhores condições de estudo para as mulheres trabalhadoras e mães, dentre outras diversas lutas que são urgentes para o Instituto Federal.
Para Lekka, estudante de Sorocaba, “o DCE precisa representar a luta coletiva dos estudantes em suas vivências, dificuldades e lutas, por um IF menos opressor e mais diverso, além de ser presente na vida dos estudantes”.
A verdade é combativa
Apesar da campanha de mentiras construída pela Chapa 2 – O IF faz tudo!, composta pela majoritária da UNE e UBES (UJS/PCdoB), que abandonaram a gestão de fundação do DCE mesmo possuindo a cadeira da vice-presidência, entre outras diretorias, os estudantes do IFSP reconhecem aqueles que estiveram na luta para que as aulas presenciais retornassem, para que os estudantes tivessem auxílio conectividade, viagens de campo e os que construíram as atividades de mobilização do único bandejão do país que não teve aumento; quando 150 estudantes do campus São Paulo ocuparam o refeitório para dizer que alimentação é um direito!
“Os estudante do IF são os que levam horas para chegar no seu campus, que atrasam ao chegar na aula pois estão saindo do trabalho ou do estágio, os que precisam se manter com um auxílio de 300 reais por mês no estado mais caro para se viver e os que, ainda assim, produzem ciência nas condições mais precárias. O DCE do IFSP representa a vontade histórica da juventude de lutar por uma educação melhor e conquistar o que é nosso!” relata Karla Albuquerque, estudante de licenciatura em geografia do campus São Paulo e eleita presidenta do DCE.
A luta por mais campus, mais estrutura, passe livre, permanência, cultura e esporte é urgente no Instituto Federal! Com uma gestão de luta no DCE é hora de conquistar novos centros e diretórios acadêmicos e organizar os estudantes nos quatro cantos do estado de São Paulo para honrar aqueles que vieram antes, como Eremias Delizoicov, estudante assassinado pela ditadura e patrono do DCE IFSP!