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sábado, 27 de abril de 2024

Servidoras de creches de Osasco protestam por Estatuto e direitos trabalhistas

Professoras das Creches Mundo da Criança, de administração da FITO, organizaram ato em frente à Prefeitura de Osasco, exigindo plano de carreira e um estatuto

Movimento de Mulheres Olga Benario – Zona Oeste | São Paulo


TRABALHADOR UNIDO – No dia 06 de novembro, as professoras das Creches Mundo da Criança, de administração da Fundação Instituto Tecnológico de Osasco (FITO), organizaram um ato na frente da Prefeitura de Osasco, exigindo plano de carreira e um estatuto, negado a elas há dois anos. A Prefeitura e a FITO não cumpriram o prazo prometido às servidoras, que seguem lutando para ter seus direitos assegurados.

Cansadas de serem enroladas, perseguidas e desrespeitadas, as educadoras uniram coro junto a movimentos sociais e fizeram barulho em frente à Prefeitura de Osasco. Como já foi relatado pelo Jornal A Verdade, as servidoras estão há dois anos trabalhando sem um Estatuto que regulamenta direitos básicos, como plano de carreira e carga horária justa, com quadro de profissionais incompleto, e seguem sendo desrespeitadas pela FITO e pelo poder público, que “lava suas mãos” e nada faz a respeito.

Apitos, faixas, cartazes e megafone foram usados para trazer visibilidade e conscientizar os que passavam no local de que as professoras NÃO serão silenciadas. “Respeitem os prazos”, “mais professores já” e outras palavras de ordem foram levantadas pelos que estavam na manifestação. Além de não cumprirem os prazos combinados, o poder público se nega a dar uma resposta digna para as servidoras, que avançam em sua organização e jamais serão vencidas pelo cansaço.

No ano passado, a prefeitura anunciou o que seria chamada de “a maior creche do país” em parceria com a FITO, uma das Organizações Sociais (OS) com as quais Osasco mantém vínculos de administração indireta, seguindo tendências como as da Prefeitura e do Estado de São Paulo, que com muita velocidade abrem licitações para essas parcerias (e sem consulta pública em muitos casos, diminuindo vínculos com trabalhadores e precarizando suas condições de trabalho).

Manifestação em frente à prefeitura de Osasco. Foto: Isabela Santos

No dia do ato, o secretário de educação de Osasco, Cláudio Piteri, apareceu acompanhado de Carlos José Pedroso da Autarquia de Osasco, apenas para enrolar as trabalhadoras e dizer que o que elas reivindicavam não era responsabilidade deles, mas da FITO. Por sua vez, a administração da FITO alega o mesmo argumento.

Na prática, a licitação para as Organizações Sociais (OS) serve para dificultar a mobilização das servidoras e aumentar o lucro pela exploração do trabalho das educadoras. No final de outubro, a Secretaria de Educação de Osasco assinou Termos de Parcerias para contratação de outras 13 Organizações Sociais, que irão gerir 33 novas creches no município. Ou seja, para além de silenciar as trabalhadoras que hoje são exploradas, o Estado capitalista segue avançando na sua política fascista de precarização das leis trabalhistas. Isso nos mostra que a falta de Estatuto não é por acidente, é um projeto de exploração!

O nosso movimento esteve presente no ato prestando apoio às educadoras, e convidando-as a conhecerem as lutas que tocamos! A luta por creche é uma das bandeiras de luta do Movimento de Mulheres Olga Benario, e acreditamos que não basta apenas existir garantia de vagas, sem que antes haja condições dignas de trabalho para todos profissionais que dedicam suas vidas à educação das crianças e bebês da nossa nação.

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