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terça-feira, 12 de novembro de 2024

Ato contra festa de clube sionista do RJ denuncia genocídio na Palestina

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Manifestação no clube Hebraica denunciou genocídio na Palestina durante celebrações de organizações sionistas que contou até com condecorações a militares israelenses.

Igor Marques | Redação RJ


Na última segunda-feira (13/5), uma manifestação de denúncia ocorreu na frente do Clube Hebraica, na Zona Sul da cidade do Rio de Janeiro. O ato se deu em repúdio à festa que era realizada no clube naquela data em comemoração à fundação do Estado genocida de Israel.

A celebração congregou diversas organizações sionistas da cidade e contou até mesmo com condecorações a militares israelenses que participam ativamente de operações de perseguição ao povo palestino. Segundo a convocatória anunciada pelos sionistas, o evento teria “muita festa, homenagens, dança e música”, um escárnio com os mais de 35 mil palestinos assassinados por bombardeios na Faixa de Gaza.

Na visão dos participantes da manifestação no Clube Hebraica, a comemoração de um Estado nascido da limpeza étnica e da expulsão dos palestinos de suas terras não poderia passar impune. O ato repudiou a celebração de um genocídio pelas entidades ligadas ao lobby sionista e ressaltou que 70% dos assassinados por Israel em Gaza na atual guerra são mulheres e crianças.

A ação foi organizado pelo grupo Árabes e Judeus pela Paz e contou com a participação de partidos políticos e movimento de solidariedade ao povo palestino. Com medo da repercussão e da mobilização dos presentes, o evento sionista contou com forte aparato de repressão da Polícia Militar, da Polícia Civil e da Guarda Municipal.

Estado de Israel massacra povo Palestino há 76 anos

Israel atua a partir de bases coloniais desde que foi fundado. Sua fundação fazia parte de um projeto antigo das organizações sionistas internacionais. Desde o final do século XIX, essas organizações, financiadas pela burguesia judaica, buscavam garantir um “lar nacional judeu”. Em meio à Primeira Guerra Mundial (1914-1918), elas arrancaram do Império Britânico a Declaração de Balfour (1917), que registrava o compromisso britânico de facilitar a fundação desse lar para o povo judeu na Palestina, caso ganhassem a guerra.

A criação do Estado de Israel, porém, se deu apenas após a Segunda Guerra Mundial, em 14 de maio de 1948, sendo marcada pela partilha desigual do território e o desrespeito ao povo que vivia naquele território há séculos. Como se não fosse o bastante, o Estado de Israel buscou se expandir para além de suas fronteiras desde os primeiros dias de sua existência, a partir de uma série de guerras contra os países árabes da região e a tomada de mais territórios do povo palestino.

No próximo 15 de maio, palestinos de todo o mundo lembrarão os 76 anos da Nakba, que significa “catástrofe” em árabe. Nakba é como é conhecido o momento em que o povo palestino viu suas terras, casas, cidades serem tomadas a força pelos colonos sionistas do recém criado Estado de Israel, em 1948. Na ocasião, 800 mil palestinos foram expulsos de seu território e mais 500 vilas e aldeias foram massacradas pelo exército sionista.

Hoje, 75% da população de Gaza é refugiada ou descendente de refugiados da Nakba. No entanto, ainda hoje o Estado fascista de Israel gera milhares de refugiados a partir de suas ações. Os mais recentes ataques e bombardeios de Israel na Faixa de Gaza – iniciados em outubro de 2023 – obrigaram milhares de pessoas a fugir de suas cidades e migrar para a cidade de Rafah, no sul do território, gerando mais uma geração inteira de refugiados. Hoje, Israel também ameaça invadir Rafah, ação que pode gerar mais um grande massacre de inocentes.

Além da expulsão dos palestinos de seus territórios, Israel também impõe um regime de apartheid aos árabes que vivem no país, com restrição de direitos e perseguições constantes. A celebração da independência do Estado de Israel é marcada pelo sangue de milhões de palestinos que foram massacrados ao longo de mais de sete décadas.

Crescem as manifestações em apoio

Nas últimas semanas, tem crescido o número de manifestações em apoio à Palestina em todo o mundo. Em dezenas de universidades estadunidenses ocorrem manifestações contra o genocídio praticado pelo Estado de Israel na Faixa de Gaza e na Cisjordânia. Além dos Estados Unidos, ocorrem manifestações em universidades de países como Alemanha, Bélgica, Espanha e França. No Brasil, estudantes acampam na Universidade de São Paulo (USP).

As manifestações em todo o mundo pedem o cessar fogo imediato do conflito e o fim do massacre e do apartheid imposto ao povo Palestino por Israel. É preciso exigir o rompimento das relações diplomáticas e comerciais com o Estado genocida e continuar a campanha de denúncias dos crimes cometidos por Netanyahu, seus comparsas e os imperialistas que o sustentam.

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