Redação Nacional
INTERNACIONAL – Hoje (24), militantes de movimentos e organizações políticas e sociais se mobilizaram nos consulados do México pedindo justiça a Tomás Pinacho, militante político revolucionário mexicano assassinado a um ano. A ação ocorreu no Rio de Janeiro e em São Paulo, onde entidades estudantis e o partido Unidade Popular se reuniram com representantes diplomáticos mexicanos, onde foi entregue uma carta assinada pelos movimentos.
Tomás Martínez Pinacho foi vítima de um assassinato político em 24 de agosto do ano passado. Militante da Frente Popular Revolucionária, Pinacho era uma das principais lideranças camponesas do estado de Oaxaca e lutava contra grupos paramilitares que expulsam camponeses de suas terras. Além de ser da FPR, o líder camponês era dirigente do Partido Comunista do México (Marxista-Leninista).
Carta foi entregue nos consulados mexicanos no Rio e em São Paulo
No Rio, a carta foi entregue no consulado mexicano. O Consul Geral Hector Valezzi recebeu os militantes, onde se comprometeu a levar o tema ao governo mexicano. Na comissão que entregou o abaixo-assinado estiveram presentes Ruan Vidal, presidente da AERJ (Associação dos Estudantes Secundaristas do RJ), Bia Martins, do diretório nacional da Unidade Popular, e Marcos Villela, do Jornal A Verdade.
Na capital paulista, a reunião foi feita com os cônsules-adjuntos Luis Gerardo Hernandez e Jose Alberto Limas. A carta assinada pelos movimentos sociais foi apresentada por uma comissão composta por Vivian Mendes, presidente da UP-SP e do diretório nacional, Isis Mustafá, secretária-geral da UNE e Giovanna Cavicchioli – coordenadora geral da FENET. Na ocasião, os representantes dos movimentos apresentaram uma avaliação da conjuntura brasileira.
Essa ação entra no contexto da ampliação de ações de solidariedade de diversas organizações sociais e políticas do mundo ao povo mexicano. No México, ataques de grupos paramilitares, cartéis e a opressão econômica do imperialismo estadunidense a militantes políticos vem aumentando. Esta situação é muito semelhante a de outros países latino-americanos, como Brasil e a Colômbia.