Thiago de Lima Ferreira, Rio de Janeiro
13 de Dezembro na frente do Dops
As grades dos portões trancados
Entre elas o vento o som passam e ficam
Os corpos de dentro e os corpos de fora nesse dia se levantam
Amontoados no vazio do prédio
Milhares de ossadas
No vazio do prédio ecoa, chamando os nomes dos corpos
dentro e fora
Chamando os nomes conclama e ecoa
O prédio é só esqueleto no centro do Rio
Boiam os corpos de dentro pra fora
O eco carrega na calçada a camisa furada
Camisa encharcada camisa miúda
levanto alto pingando vermelho
vestimos o prédio dos panos nas grades
enchemos o vazio de voz e grito
O mesmo grito que ecoa, o grito é de luta,
que ecoa há décadas incessantemente
Hasteamos a bandeira, cantamos o hino
Hasta la victoria