A campanha salarial deste ano, mais do que lutar pela reposição linear de 19,99%, tem o objetivo de combater as privatizações, defender a realização de concursos públicos e garantir que serviço público atenda às necessidades da população e não do grande capital.
Redação Rio
TRABALHADOR UNIDO – Dia 4 de abril é a reta final para os servidores públicos federais arrancarem do governo a reposição linear das perdas inflacionárias com efeitos para este ano. A proposta de reajuste do movimento é de 19,99%, e representa apenas a reposição das perdas salariais sofridas durante o governo Bolsonaro.
Enquanto a categoria se mobiliza nacionalmente, o ex-capitão e seu ministro da Economia Paulo Guedes seguem enrolando os servidores e, em nome dos lucros de banqueiros e especuladores, querem manter o congelamento dos salários do serviço público federal, garantindo o superávit primário para pagamento da dívida pública.
“Enquanto tudo sobe de preço nos mercados, nossos salários perdem valor. Sabemos que as dificuldades são muitas, mas nada que conquistamos até hoje veio de mão beijada. Reajustes, reestruturações só foram obtidas com luta e organização. Precisamos denunciar o arrocho salarial neoliberal e o desmonte dos serviços públicos”, defende Raul Bittencourt, diretor do Sindisep-RJ.
Segundo Raul, a campanha salarial unificada, mais do que lutar pela reposição linear de 19,99%, tem o objetivo de combater as privatizações, defender a realização de concursos públicos e garantir que serviço público atenda às necessidades da população e não do grande capital. “Também denunciamos a fome, miséria e desemprego que assolam o Brasil, por conta da implementação da visão liberal e privatista de Paulo Guedes e Bolsonaro”, afirma.
Na próxima segunda (04/04), às 11h, os servidores se concentrarão em frente ao INPI, no centro do Rio de Janeiro, para exigir do governo o atendimento da pauta de reivindicação da categoria.