Confira o editorial publicado na edição impressa nº 270 em comemoração do primeiro ano do Jornal A Verdade quinzenal.
Redação
EDITORIAL – Chegamos ao mês de maio, que se abre ao mundo no dia 1º como Dia Internacional da Classe Trabalhadora. Por isso, A Verdade dedicou várias páginas da edição nº 269 ao tema: história do 1º de Maio, baixos salários no Brasil, desigualdade salarial entre homens e mulheres, direitos trabalhistas das empregadas domésticas, etc.
Mas não só em maio trazemos esta temática. Nosso lema é “A Verdade, um jornal dos trabalhadores na luta pelo socialismo”. Em todas as nossas 270 edições impressas, a linha editorial de defesa dos interesses da classe trabalhadora do Brasil e do mundo se fez presente. O mesmo vale para as milhares de matérias publicadas no site e nas redes digitais.
E é assim que chegamos neste maio de forma especial também para o jornal. Completamos um ano como periódico quinzenal, após 22 anos de publicações mensais. Isso é uma imensa vitória da coletividade, da disciplina da militância revolucionária das organizações que constroem este jornal.
Não foi pela força da “grana que ergue e destrói coisas bela”, como denuncia a canção. Foi pela força do planejamento durante meses, que resultou no Ativo de Agitação e Propaganda do PCR, realizado em abril de 2022. Nele, reuniram-se dezenas de camaradas do país inteiro para realizar os últimos ajustes e deflagrar a campanha de brigadas nacionais aos sábados, que contagiaram nossa militância de brigadistas e milhares de pessoas que compraram os exemplares nas ruas.
A consolidação de A Verdade quinzenal é ainda fruto da colaboração de cada pessoa que preencheu nossas páginas como o melhor conteúdo em forma de matérias, artigos, reportagens, fotografias, depoimentos, entrevistas, bem como pela coesão política da equipe nacional de editores, orientada pelo nosso diretor de redação Luiz Falcão.
Há um ano…
Na histórica edição nº 249, de maio de 2022, quando iniciamos as publicações quinzenais, destacamos na manchete de capa a entrevista concedida por Leonardo Péricles, presidente nacional da Unidade Popular (UP), em que ele afirmava: “Lutamos pelo fim da escravidão assalariada”.
Entre outros pontos, conversamos com Leo sobre o 2º Congresso da UP (veja na pág. 11 desta edição a Convocatória para o 3º Congresso) e o pré-lançamento de sua candidatura à Presidência da República para enfrentar as forças fascistas brasileiras (veja também na pág. 12 um artigo de Péricles sobre a preparação da URSS para derrotar o nazifascismo).
No decorrer da entrevista, tratamos sobre a situação da classe trabalhadora no Brasil, que é superexplorada debaixo do atual regime de escravidão assalariada capitalista. Naquela mesma edição, publicamos um artigo chamando ao combate contra o trabalho escravo contemporâneo. Agora, vemos que o número de casos de trabalhadores em situação semelhante à escravidão explodiu neste início de ano, como vem denunciando A Verdade, uma vez que foram retomadas as fiscalizações por parte do Ministério do Trabalho, antes amordaçado pelo Governo Bolsonaro, amigo do agronegócio e dos escravocratas.
Também publicamos, à época, um artigo do camarada Edival Nunes Cajá, do Comitê Central do Partido Comunista Revolucionário, resgatando as origens e as motivações históricas do surgimento do PCR, em homenagem ao aniversário do Partido (maio). Nesta edição, retomamos o tema com o documento assinado por um dos fundadores da organização, Amaro Luiz de Carvalho, assassinado em agosto de 1971 pelos agentes da ditadura militar enquanto se encontrava preso em Recife. Desta forma, damos início às homenagens pelos 50 anos da imortalidade dos dirigentes do PCR que sacrificaram suas vidas pela liberdade do povo brasileiro. O ápice destas homenagens será no mês de setembro, com atos públicos em várias capitais do país.
Por fim, no balanço deste um ano, vemos que o jornal acertou plenamente ao denunciar a guerra de rapina que se passa na Ucrânia. O artigo do camarada Lula Falcão, intitulado “Bandidos imperialistas querem mais guerra”, apontava que, apenas três meses após a invasão do território ucraniano pelas tropas russas, os países imperialistas da Otan já tinham enviado mais de US$ 7 bilhões em armamentos ao governo de Kiev. Agora, na pág. 9 da atual edição, revelamos que a indústria bélica ultrapassou, pela primeira vez na História, a marca de US$ 2 trilhões em produção, no ano de 2021. Isso antes da Guerra da Ucrânia! Imaginemos quando forem atualizados os dados referentes a 2022.
Como afirmou nosso editorial de um ano atrás, A Verdade “é um jornal dos trabalhadores que luta pela emancipação dos pobres, pelos direitos das mulheres, pela justiça social, democracia popular e socialismo. Ergue sua voz contra o racismo e em defesa dos povos indígenas e denuncia todos os crimes cometidos pelo Estado burguês”.
Ou seja, A Verdade luta junto à classe trabalhadora em todas as suas frentes de batalha e, assim, seguirá cumprindo com seu papel transformador de consciências, como organizador coletivo e ferramenta revolucionária de agitação e propaganda no seio do povo brasileiro.