UM JORNAL DOS TRABALHADORES NA LUTA PELO SOCIALISMO

sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Fim do programa federal de escolas “cívico-militares” é uma vitória contra o fascismo

Outros Artigos

MEC encerra programa do governo do fascista Bolsonaro que militarizava escolas. Estados governados por aliados do golpista mantém o programa com recursos próprios. A luta pela desmilitarização do ensino continua.

Felipe Annunziata | Redação


BRASIL – O Ministério da Educação informou os estados e o DF, nesta quarta (12), que encerrará até o fim deste ano o “Programa da Escolas Cívico-Militares” (Pecim). O projeto, criado pelo governo do fascista Bolsonaro, foi uma tentativa de militarizar as escolas, impor aos estudantes e educadores uma estrutura autoritária de ensino e acabar com a liberdade de cátedra.

Hoje, o programa alcança 202 escolas, em sua maioria estaduais, com cerca de 120 mil estudantes. Outro ponto muito criticado por educadores era o fato das escolas que estavam sob o regime “cívico-militar” terem se tornado cabide de emprego para militares da reserva. Um coronel poderia ganhar mais de 9 mil reais para atuar dentro dessas escolas, ao mesmo tempo que professores ganham 2 ou 3 mil reais, nos estados que pagam mais.

Toda esta situação levou a uma mobilização permanente de estudantes e profissionais da educação que, desde 2019, sempre se mobilizaram contra a militarização do ensino. Após a eleição do presidente Lula, o grupo de transição da educação já apontava a necessidade de se acabar com o absurdo.

No entanto, o novo ministro da educação, Camilo Santana, sempre se esquivou do assunto. Apenas agora, 6 meses após o início do governo Lula, o MEC tomou a atitude de encerrar o Pecim. A forma que o governo está fazendo o processo, entretanto, talvez não signifique o fim completo do programa de militarização das escolas.

Estados governados pelos aliados do ex-presidente fascista já anunciaram que irão continuar e ampliar o programa com recursos próprios. Na prática, o MEC apenas lavou as mãos quanto ao assunto. Mais do que encerrar o programa, o que é fundamental, é preciso uma legislação que proíba definitivamente a participação de militares nas escolas públicas estaduais e municipais.

O fim do programa de militarização das escolas é uma importante vitória de estudantes e profissionais da educação, que se mobilizaram por 4 anos contra este absurdo. É preciso agora continuar a luta para acabar de vez com as medidas nefastas do antigo governo do fascista na nossa educação.

Conheça os livros das edições Manoel Lisboa

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Matérias recentes