O banco digital Nubank causa demissão em massa em junho deste ano, mesmo fechando o primeiro trimestre com lucros milionários e dobrando a receita do ano anterior.
Núcleo de Tecnologia do MLC | São Paulo
DESTAQUES – O banco Nubank teve um lucro líquido de aproximadamente 142 milhões de dólares no primeiro trimestre de 2023, juntamente com uma receita de 1,6 bilhões de dólares, que equivale a praticamente o dobro da receita do ano anterior. É o terceiro trimestre consecutivo no qual o banco fecha com lucro.
Apesar da aparente prosperidade, em junho do mesmo ano, o banco anunciou uma demissão em massa de quase 300 funcionários com a justificativa de que “após uma profunda análise de modelos e processos, foi identificada a necessidade de consolidar as equipes de produto em uma organização centralizada”, e que “com o novo modelo, algumas funções e posições se tornaram redundantes”.
Poucos meses antes, em Janeiro, o banco efetuou a demissão de 40 funcionários, mesmo tendo reportado um lucro de 58 milhões de dólares naquele trimestre, e tendo pagado, em 2022, R$ 804 milhões aos oito integrantes de sua diretoria executiva.
Na prática, o banco opta por reduzir o quadro de funcionários para aumentar o lucro da empresa e encher o bolso dos patrões, enquanto os trabalhadores que continuam na empresa são mais explorados: trabalham mais, acumulam funções e recebem o mesmo salário.
Em recente declaração, David Vélez, sócio-fundador do banco, ao falar sobre a sua fortuna, anuncia: “Não vou conseguir gastar todo esse dinheiro, por mais criativo que seja, e bilionários são criativos”. Eis a verdadeira criatividade dos bilionários: encontrar alternativas de aumentar os lucros dia após dia, sobre o sacrifício daqueles que verdadeiramente constroem a nossa sociedade.
Com a quantia de R$ 804 milhões que foi paga a 8 diretores do banco, seria possível pagar R$ 4.000,00 por mês para 16.750 funcionários durante 1 ano, mas ainda assim, o banco faz questão de mandar embora esses 300 funcionários para aumentar ainda mais os seus lucros.
A grande maioria das pessoas na nossa sociedade trabalha arduamente para sobreviver, sem poder usufruir plenamente dos frutos deste trabalho. Enquanto isso, patrões fazem fortunas explorando nós trabalhadores, e com isso, tendo tempo e dinheiro de sobra.
Apesar de todo esse acúmulo de riqueza, a burguesia não abre mão de aumentar cada vez mais esse montante, nos explorando e prejudicando cada vez mais. Pior ainda: estes patrões têm a audácia de chamar seus funcionários de “colaboradores”.
Uma minoria rica e gananciosa usa os trabalhadores e trabalhadoras como fantoches de seu jogo sujo. Por isso, é mais do que urgente que a nossa classe mostre a força que tem, para essa elite entender que os nossos interesses não podem ser suprimidos.
A riqueza acumulada na mão da burguesia deve estar nas nossas mãos, pois somos nós que a produzimos dia após dia. Para isso, é necessário a organização da classe trabalhadora para construir uma sociedade livre da exploração parasitária da burguesia.
É necessário uma sociedade socialista, que tenha como prioridade o bem estar coletivo, e essa sociedade será construída pelas mãos daqueles que trabalham! Pelo proletariado!