Podemos afirmar, com certeza, que não existe uma imagem hegemônica dos brasileiros residentes em Portugal. Por dois motivos: de um lado, Portugal é um país muito complexo, com diferenças regionais significativas, isso evidencia percepções diferentes dos brasileiros de acordo com a cultura regional e com a população da cidade que os recebe. Por outro lado, os brasileiros que vieram para Portugal têm origens e formações diversificadas.
Liberdade e trabalho continuam na agenda dos norte-americanos, especialmente os negros. Liberdade para respirar sem medo. Foi a morte de George Floyd, em Minneapolis, asfixiado por um policial que pressionou o pescoço dele, com o joelho, até a morte, que detonou a onda de protestos no país. Mas a movimentação, que, à primeira vista, pareceu brotar do nada, tem história. Vem se adensando com as violências repetidas, gravadas, expostas ao mundo pelos aparelhos de telefone celular. E o que está em jogo agora não é apenas a exigência de mudança nas práticas policiais. Isso é o que alguns meios de comunicação estabelecidos e os políticos desgastados e desconectados da realidade querem fazer parecer. A pauta vai mais fundo na briga contra o racismo estrutural, contra quatro séculos de abusos.
A Ocupação Paulo Freire, localizada na região do Barreiro, periferia de Belo Horizonte, completou cinco anos de vida e muita luta. Esta é mais uma comunidade organizada pelo MLB, que está presente com força, desenvolvendo trabalhos de base na região desde os anos 1990, quando ali vários militantes, como Eliana Silva e Tia Carminha, plantaram as primeiras sementes que foram fundamentais para a formação do Movimento. O início deste processo se deu com a realização da Ocupação Vila Corumbiara, hoje um bairro totalmente consolidado e 100% regularizado, com iluminação pública, saneamento básico, água, energia elétrica e acesso a transporte público, escolas e posto de saúde e título de posse.
Em meio a uma pandemia e no início do rigoroso inverno gaúcho, a Prefeitura Municipal e o Governo Estadual (ambos chefiados pelo PSDB) estão alinhados em mais um aspecto: gastar milhões de dinheiro público em propaganda sobre ficar em casa, mas não investir nada em habitação e tratar a população em situação de rua com descaso, desprezo e falta de humanidade.
O que move as pessoas, em circunstâncias gerais, são suas ideias. O capitalismo, na mente de cada um, seja explorador ou explorado, é uma questão de fé. Fé em que os estabelecimentos funcionarão no horário que prometem. Fé em que as entregas serão feitas. Fé em que o dinheiro é unidade de conta, reserva de valor e que possui liquidez. Fé em que as mercadorias que comprar irão lhe prover bem-estar e felicidade. Fé em que os políticos em quem votar irão lhe representar. Fé em que o juiz será justo. Fé em que a polícia protege. Fé em que a escola educa. Fé em que os meios de comunicação informam. Ou seja, fé em que as instituições que servem ao capital também lhe servem.
No Manifesto Comunista, publicado em 1848 por Karl Marx e Friedrich Engels, é proclamado que a revolução socialista vai acabar tanto com “a prostituição pública quanto a privada”. A teoria marxista, portanto, desconstrói toda a ideia de que a mercantilização de corpos femininos é uma “escolha” no sistema capitalista. A pornografia, bem como a prostituição, é um fenômeno social intrinsecamente relacionado à posição de vulnerabilidade econômica da mulher. O trabalho mal remunerado, a pobreza e a marginalização são os fatores que produzem a maior porcentagem de trabalhadoras sexuais.
Em todo o Estado do Rio de Janeiro, 87,6% dos estudantes secundaristas não receberam nenhum auxílio alimentício do Governo desde o início da quarentena. A campanha da Aerj também distribuiu materiais de limpeza e máscaras para as famílias. “Tem sido muito gratificante ver a gratidão no olhar de cada estudante e o alívio na fisionomia de cada trabalhador”, relata Gabriel Puga, também da Aerj.
Desde maio, a comunidade do Complexo do Lins, na Zona Norte do Rio de Janeiro, vem se mobilizando contra uma grande injustiça cometida pela polícia e o Judiciário. No dia 12 de maio, o trabalhador negro Wilton Oliveira Costa, conhecido como Sinha, foi preso no seu local de trabalho, o Hospital Federal do Andaraí, acusado de ter roubado uma moto em fevereiro, no mesmo horário e dia em que ele estava trabalhando. Sinha foi levado para o presídio Ary Franco, conhecido como um dos piores presídios da capital.
A história de Alexandre se confunde com a de milhares de outras crianças e jovens que perderam a vida por conta de um Estado que serve apenas para explorar os trabalhadores e garantir o lucro de uma minoria. Da mesma forma, a história de Cirilo, que, quatro meses após perder seu filho, faz agitação no bairro apresentando um jornal dos trabalhadores na luta pelo socialismo, se confunde com a história de tantos outros negros e nordestinos que vivem em São Paulo.
O cotidiano da vida do trabalhador rodoviário nos grandes centros urbanos do Brasil é desgastante e nocivo à saúde. Estes trabalhadores enfrentam condições inadequadas de trabalho, altas jornadas, constantes assaltos e um dia a dia estressante com grandes congestionamentos, sobrecarga muscular, acidentes e a má conservação das vias de tráfego. Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), a profissão de motorista de ônibus urbano está entre as com maior nível de estresse no Brasil.
Com cerca de 90 participantes, a plenária foi bastante representativa e participativa, contando com a presença da juventude, mulheres, trabalhadores, professores, servidores públicos e jornalistas. Também prestigiaram o evento uma representação do PSOL, filiados do PT e correntes independentes da esquerda teresinense.