Depois de meses de luta e resistência, finalmente na manhã de hoje (25), o professor Maurício Motta, escolhido em consulta entre a comunidade acadêmica, tomou posse como Diretor Geral do CEFET-RJ, pondo fim à intervenção bolsonarista na escola.
O evento foi marcado pelo debate sobre a realidade da educação e das universidades diante dos ataques do governo Bolsonaro e do agravamento da pandemia, além da eleição da nova coordenação nacional do movimento.
Entidades estudantis elaboraram documento apontando ao menos 16 falhas na proposta da Prefeitura. Entre eles, estão a “autofiscalização” das escolas privadas, as dificuldades no transporte dos estudantes e profissionais, a flexibilização do uso de máscara entre crianças de até 12 anos e erros na orientação da Prefeitura para o horário da alimentação na escola.
“A Justiça Federal suspendeu a realização das provas no Amazonas, dada a situação crítica da pandemia nos municípios do estado, onde a população sofre com hospitais lotados, falta de cilindros de oxigênio, e equipamentos de proteção individual para os profissionais da saúde.”
“Depois da chegada do destacamento que participou da luta dos trabalhadores, o plenário ficou mais entusiasmado em debater as formas de organização da juventude revolucionária baiana.”
“Mais uma vez Jair Bolsonaro vem fazendo o desmonte na educação, assim como o Reitor empossado que não foi eleito pela comunidade acadêmica e muito menos pelo Conselho Universitário. Nós não aceitaremos um reitor que de fato não foi eleito, não aceitaremos um golpe na nossa Universidade!”
No final de julho deste ano, chegou ao conhecimento da comunidade acadêmica vídeos de conteúdo pornográfico protagonizados por Flamarion Ramos, professor de ética e filosofia política da Universidade Federal do ABC, com a temática aluna-professor encenado em uma sala de aula. Para as estudantes, ao participar da produção desses vídeos, o professor demonstra como enxerga a sua relação com as discentes causando constrangimento e insegurança às mulheres da instituição.
Desde o início do seu governo, Bolsonaro vem se colocando como inimigo da educação. O ano de 2019 foi marcado pelo enfrentamento aos cortes de 30% nos orçamentos e para 2021 a projeção é de uma redução de 17,5% no orçamento das universidades, o que significa 18% a menos em assistência estudantil.
Para militantes da União da Juventude Rebelião (UJR), contudo, “a mercantilização da educação e a precarização do ensino não surgiram com a Covid-19. As políticas neoliberais e de austeridade implantadas nos últimos governos e aprofundadas por Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (sem partido) obedecem aos interesses dos grandes empresários, que lucram bilhões com a privatização do ensino, e consolidam um oligopólio no Brasil através da transformação de um direito em mercadoria.”
Reproduzimos o manifesto de denúncia do Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal do ABC (UFABC) em relação aos cortes na educação brasileira e as atuais contradições que circundam o Ministério da Educação (MEC).