No 48 não morava ninguém,
nem baratas, nem ratos, nem gente,
só se escutava o ranger dos metais.
O cadeado era inteiro, ali ninguém tinha que ver.
Nós,...
Um prédio enorme... amplamente decorado e trabalhado. Havia de um tudo, baldes, mesas, pás, enxadas, banheiro, cadeiras, cisternas... E o grande detalhe: sem qualquer função. Sim, totalmente abandonado no relento do coração do Rio de Janeiro. Ali, na rua da alfandega número 48, estava um grande concreto desperdiçado. E assim se mantinha, ninguém pestanejava, ninguém reclamava da poeira causada pelo vazio. Estava ele jogado nas ruas, que nem o povo pobre do nosso Brasil.
A Comissão da Ocupação se reuniu várias vezes, fez plenárias com as famílias e, para surpresa geral, a secretária de Habitação informou que o então prefeito, Luciano Cartaxo (PV), havia decidido não contemplar mais as famílias do MLB.
Trata-se de uma luta histórica, a ser realizada todos os dias por trabalhadores em todas as esferas da sociedade, em que cada passo à frente significa uma conquista, um novo direito, um sonho mais próximo de ser realizado.
A ocupação Paulo Freire, localizada no município de Jaboatão dos Guararapes, região metropolitana do Recife, completou um mês de muita combatividade, luta e resistência. Fruto da organização do MLB.
Surgida na madrugada do dia 27 de novembro, a Ocupação João Mulungu continua resistindo em Aracaju, capital sergipana. Cerca de 200 famílias organizadas pelo Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) deram uso social a um prédio na Av. Ivo do Prado, no Centro da cidade, que estava sem uso havia mais de cinco anos. O espaço escolhido para abrigar as famílias conta ainda com uma grande dívida de IPTU.
No dia 20 de novembro, cerca de 200 famílias ocuparam um terreno sem função social na região do Barreiro, em Belo Horizonte, e assim nasceu a Ocupação Carlos Marighella. As famílias viviam em áreas de risco, próximas a córregos que transbordam todos os anos. Parte destas famílias também viviam em casas de aluguel ou morando de favor em casa de parentes. Cansadas de esperar uma atitude da Prefeitura, as famílias procuraram o Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB).
Na madrugada do dia 21 de novembro de 2020, cerca de 200 famílias organizadas pelo Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) ocuparam um terreno abandonado há mais de 20 anos na cidade de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, e a nomearam com o nome de Padre Leo Comissari, em homenagem ao famoso padre que durante anos construiu um grande trabalho de organização e assistência às famílias carentes da cidade, sempre defendendo o direito à terra e ao trabalho para viver com dignidade.
Na madrugada de sábado (21), duzentas famílias organizadas de diversos bairros pobres da cidade ocuparam um terreno há anos abandonado na cidade. O espaço vazio gerava perigo e insegurança à população que se deslocava pelos arredores, servia como descarte de lixo e descumpria o Estatuto da Cidade da Constituição Federal no que diz respeito à função social da propriedade.