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sexta-feira, 29 de março de 2024

Em Belém, ato contra Reforma da Previdência é marcado por rebeldia da juventude

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A vigência da reforma trabalhista, o tensionamento do Governo Federal em aprovar a Reforma da Previdência e o plano de privatizações do patrimônio público levaram mais de mil pessoas a ocuparem as ruas de Belém no ato da greve geral de 05 de dezembro. Porém, apesar do caótico cenário no qual nosso povo está submetido, diversas centrais sindicais decidiram recuar e cancelaram, nacionalmente, a greve, com apenas uma canetada.

Contudo, essa prática, já conhecida entre os lutadores populares, de traição de classe, foi rechaçada em Belém. Várias centrais aderiram ao ato, porém quem garantiu sua realização foram poucos sindicatos, em especial o SINASEFE, que recebeu o apoio do Movimento Luta de Classes e da União da Juventude Rebelião. Após o ato percorrer um quarteirão, a Força Sindical, CTB e parte da CUT decidiram encerrá-lo de forma arbitrária.

Essa tentativa de fazer um ato reduzido, em todos os aspectos, gerou a revolta dos mais de mil manifestantes presentes. Já era visível a descrença com essas centrais após o abandono nacional da greve, e, com essa proposta absurda, não houve outro caminho senão continuar o ato com a massa de trabalhadores, deixando a velha burocracia sindical pra trás.

O SINASEFE teve papel fundamental, pois levou seu carro-som e garantiu a fala de todas as entidades, sindicatos e movimentos presentes, enquanto que o carro-som maior ficou quase no mesmo lugar de onde saiu. A juventude, em especial a UJR, cumpriu um importante papel de divulgar o Jornal A Verdade e denunciar o governo ilegítimo de Temer, dialogando com a população que estava nas paradas de ônibus.

O ato de ontem nos provou, mais uma vez, que o único caminho para transformar o Brasil é a luta, e sua construção somente será possível ao lado do povo, ao lado da juventude e da classe trabalhadora. A construção da Unidade Popular, mais do que nunca, é urgente, sem a contaminação da conciliação de classes em que foram parar diversas organizações, e sim defendendo um movimento de massas de novo tipo em nosso país, baseado na defesa intransigente dos interesses do povo.

Matheus Nascimento, Belém

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