Prefeito do Rio de Janeiro decretou na última segunda-feira (16/12) a suspensão de todos os pagamentos da administração municipal, dando verdadeiro calote em fornecedores, terceirizados e servidores públicos.
Por Trabalhadores pelo SUS
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O prefeito do Rio de Janeiro, o bispo Marcelo Crivella, mandou suspender ontem (17/12) todos os pagamentos e movimentações financeiras de responsabilidade do município, dando um calote em todos os fornecedores, prestadores de serviços e servidores municipais, que não sabem mais quando receberão o pagamento da segunda parcela do 13º salário.
A decisão suspende o caixa do Tesouro Municipal em caráter provisório. Assim, o prefeito do Rio de Janeiro assume que o município sai da condição de calamidade pública e entra no gravíssimo estado de falência.
Enquanto o secretário municipal do Tesouro diz “que o objetivo é arrumar as contas”, é impossível não relacionar tal decisão com a situação de colapso no atendimento à saúde da população – devido à já denunciada falta de medicamentos, insumos, fechamento de hospitais e unidades de saúde e à paralisação das atividades por boa parte dos profissionais de saúde terceirizados que estavam sem salário há quase três meses.
Além disso, a medida foi tomada uma semana após decisão judicial de arresto de mais de 300 milhões de reais das contas da Prefeitura para regularizar o salário atrasado de 22 mil profissionais terceirizados da Saúde sem condições dignas de prover seu sustento e de suas famílias, bem como, de manter suas moradias, de pagar suas contas em dia e de garantir meios de locomoção.
Cadê o dinheiro da Prefeitura?
Entretanto, quando a Justiça teve acesso ao saldo das contas da gestão Crivella constatou que o dinheiro da Prefeitura praticamente sumiu, restando apenas R$ 131 milhões de saldo, o que é insuficiente para pagar as despesas correntes.
“Queremos que seja feito um balanço de forma transparente e que venha a público todas as informações de onde e como foram aplicados os recursos públicos municipais”, defendeu Nayá Puertas, diretora do Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro. “Para a população mais pobre e que mais precisa dos serviços de saúde públicos funcionando adequadamente esse é mais um golpe mortal daquele que se comprometeu em sua campanha eleitoral a ‘cuidar da gente’”, completou.
Infelizmente, a população carioca é quem “paga o pato” do calote de Crivella, um prefeito fraco, incompetente e irresponsável.