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sexta-feira, 19 de abril de 2024

CIA ajudou a organizar golpe na Bolívia

Agentes da Agência de Inteligência dos Estados Unidos (CIA) participaram da organização do golpe de Estado que depôs o presidente boliviano Evo Morales, em novembro passado. Os governos do Brasil e da Argentina (à época governada por Maurício Macri) ajudaram no repasse de dinheiro aos golpistas.
Heron Barroso
Rio de Janeiro


Foto: Divulgação

Foto: Divulgação
Comandante das Forças Armadas da Bolívia agiu sob ordens da CIA

INTERNACIONAL – O site Behind Back Doors (Por trás das portas, em inglês) revelou uma lista de todos os agentes e colaboradores da Agência de Inteligência dos Estados Unidos (CIA) que participaram da organização do golpe de Estado que depôs o presidente boliviano Evo Morales, em novembro passado.

No artigo “Os mais importantes agentes da CIA em La Paz, Bolívia”, o site afirma que agentes norte-americanos e bolivianos a soldo da agência de espionagem foram determinantes para articular o apoio das forças armadas e de diversos políticos bolivianos ao golpe. Entre os colaboradores da CIA está o general Willian Kaliman Romero, ex-comandante das Forças Armadas e tido como “homem de confiança” de Morales. Foi ele quem pediu publicamente a renúncia de Evo da presidência, consolidando o golpe.

Outro militar comprado pela CIA foi o general Vladimir Yuri Calderón, chefe da polícia nacional, que serviu durante vários anos como Adido Militar da Bolívia nos Estados Unidos. Os coronéis Clemente Silva Ruiz, chefe do comando de La Paz, e Erick Millares Luna, da área de inteligência, também estavam sob as ordens do Departamento de Estado dos Estados Unidos, que comandou todo o processo.

O site também revelou que 38 agentes entraram na Bolívia semanas antes do golpe, disfarçados de turistas, empresários ou dirigentes de ONGs. Porém, na verdade, eram membros das Tropas Operacionais Especiais do Comando Sul dos EUA.

Para financiar o golpe, milhões de dólares foram investidos pela CIA. Somente Fernando Camacho, um dos principais líderes conspiradores, recebeu dois milhões de dólares. Segundo o site, os governos do Brasil e da Argentina (à época governada por Maurício Macri) ajudaram no repasse de dinheiro aos golpistas.

Todas as informações e documentos podem ser acessados aqui e revelam o total descompromisso do imperialismo norte-americano com a soberania das nações, deixando o alerta de que novos planos contra a independência de nossos países podem estar em curso.

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