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domingo, 6 de outubro de 2024

UP lança pré-candidaturas à Câmara no Rio de Janeiro

PRÉ-CANDIDATURAS POPULARES – Os três pré-candidatos a vereador do Rio pela UP. Da esquerda para a direita: Giovanna, Vinicius e Raul são as propostas do Diretório Estadual para aprovação na convenção eleitoral. (Fotos: Reprodução/Jornal A Verdade)

Redação Rio de Janeiro
Jornal A Verdade

RIO DE JANEIRO – Servidores públicos, camelôs e professores estão entre as categorias de trabalhadores representadas pelos pré-candidatos da Unidade Popular (UP) no estado do Rio de Janeiro. Os estudantes e a juventude negra também terão sua voz garantida na corrida eleitoral deste ano em nome da UP com o destacamento histórico de duas mulheres estudantes como pré-candidatas a vereadoras.

A Unidade Popular pelo Socialismo, no estado do Rio de Janeiro, vem divulgando, desde o dia 23 deste mês, os pré-candidatos indicados pelo Diretório Estadual para a corrida eleitoral dos municípios. Por causa das restrições pelo do isolamento social durante a pandemia, o partido tem realizado, desde o dia 23 de maio, eventos online no Facebook, com transmissões ao vivo, para a divulgação oficial de suas pré-candidaturas.

Para o partido há uma clara prioridade em fazer com que as futuras candidaturas representem as categorias mais populares de trabalhadores. Além disso, a atenção máxima está em conseguir agitar e propagar o programa partidário através da voz de pessoas do povo pobre, em especial categorias ligadas ao trabalho informal, completamente marginalizado do processo político hoje.

Na Capital Fluminense, UP Lançou as Três Primeiras Pré-Candidaturas

No Rio de Janeiro, a Unidade Popular iniciou o lançamento de sua chapa de vereadores. O Diretório Estadual e Municipal optou por propor os nomes de Giovanna Almeida, Vinicius Benevides e Raul Pereira para pré-candidatos a Câmara Municipal.

Giovanna Almeida é estudante de direito na UFRJ e militante da União da Juventude Rebelião e do Movimento Negro Perifa Zumbi. Moradora do bairro de Realengo, na Zona Oeste carioca, assim ela definiu sua pré-candidatura ao Palácio Pedro Ernesto :”Não vai ser fácil, a ÚNICA mulher negra vereadora que tínhamos na cidade foi assassinada e não sabemos ainda quem mandou matar. Contrariando todas as possibilidades que a política institucional coloca pra jovens mulheres negras LGBT que vem da periferia da Zona Oeste, mas com a coragem que a coletividade e a luta de tantas outras que existem e constroem a política real, popular, me ensinou a ter.”

Vinicius Benevides é camelô nos trens da Central do Brasil e membro do diretório estadual da UP. Ele iniciou sua militância no partido durante as coletas de assinaturas para a legalização nos trens urbanos. O pré-candidato afirmou que “É com muita alegria, que recebi essa responsabilidade de defender o programa de nosso partido e ser indicado como pré-candidato a vereador pela cidade do meu querido Rio de Janeiro. Encabeçar um coletivo desse, que está na rua defendendo nossa classe trabalhadora, defendendo o povo preto pobre, originário e favelado. Defendendo os aposentados, os estudantes, sem distinções religiosas ou de gêneros, um programa feito por nossas mãos, um partido criado e legalizado com a força do povo, sem um centavo de empresário ou banqueiro.”

Raul Pereira é servidor público federal, do Instituto Nacional de Propriedade Industrial e diretor licenciado do SINDISEP-RJ e militante do MLC. Para ele “o povo do Rio de Janeiro está abandonado. Sucessivos governos neoliberais fizeram terra arrasada com a saúde, a educação e todo o serviço público, humilhando seus servidores e temos um prefeito que prometeu “cuidar das pessoas”, mas só cuida de seus amigos e sócios. A minha pré-candidatura não é de fato “minha”, ela é coletiva, é do Movimento Luta de Classes, é de todos os companheiros que querem mudar essa realidade e, juntos, construir uma cidade mais humana e uma sociedade socialista.”

Prioridade da Unidade Popular é Derrotar o Fascismo no Rio

O Rio de Janeiro conta com um governo controlado pelo bispo Crivella completamente submisso às políticas genocidas do presidente fascista Bolsonaro. Nos seus quatro anos de mandato o prefeito diminuiu a cobertura de saúde da família de 70 para 50% da população, piorou as condições no transporte público e na pandemia a atitude da prefeitura é de jogar o povo para se contaminar e morrer.

A política de Crivella tem gerado apenas a morte e a miséria do povo carioca. Por isso, em nota pública ainda no começo de junho o Diretório Estadual da UP no Rio estabeleceu como prioridade a derrota de Crivella e qualquer outra candidatura fascista na segunda maior cidade do país.

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