Um mês após a Chacina do Jacarezinho, Kathlen Romeu, de 24 anos, foi assassinada nesta terça (8). Segundo moradores, o tiro partiu de policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). Em protesto, os Moradores do Lins organizaram uma manifestação na Autoestrada Grajaú-Jacarepaguá exigindo justiça pela vítima. Reportagem do Jornal A Verdade presenciou ação desumana da PM na comunidade.
Redação Rio
Em mais uma operação desastrada da Polícia Militar do Rio de Janeiro Kathlen Romeu, jovem grávida de 14 semanas, foi baleada. mesmo socorrida, não resistiu aos ferimentos e morreu. A operação policial ocorreu mesmo com liminar proferida no Supremo Tribunal Federal (STF), que em que proíbe operações policiais em favelas do Rio.
A truculência das operações policiais do Rio de Janeiro supera a de todo o país. A rotina dos moradores das favelas fluminenses é de terror constante. Em vídeo, uma moradora denuncia: ‘’Tem mais um morador morto, morreram dois. Uma criança na barriga e a sua mãe’’.
Pesquisa de 2020 afirma que em três anos, policiais mataram ao menos 2.215 crianças e adolescentes no país. O Rio de Janeiro ocupa o primeiro lugar no ranking de letalidade policial nessa faixa etária.
Moradores realizaram manifestação contra a ação da PM
Após a ação da polícia, moradores do Complexo do Lins se mobilizaram contra o assassinato. A manifestação ocorreu na estrada Gajaú-Jacarepaguá, próximo a comunidade. A família de Kathlen estava presente na manifestação.
A equipe do Jornal A Verdade tentou chegar à manifestação, mas o protesto já tinha acabado por conta de mais agressões da Polícia. No entanto, segundo nossa reportagem, no caminho passaram ao menos três caveirões, viaturas, camburão e motos. Muita bomba de pimenta e vestígio dos pneus queimados. Em meio ao tiroteio, nossas repórteres chegaram perto de uma casa, onde encontraram algumas moradoras. Segundo uma moradora essa prática da PM é constante, para ela o “caveirão é sinal de muita ruindade, sempre que eles sobem só acontece desgraça.”
A mídia alardeia que a PM é boazinha e as balas partiram dos bandidos. Como se ela era da comunidade de Lins?