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sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Estudantes ocupam Prefeitura do Rio pela volta do passe livre

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DIREITO. Estudantes querem a volta do passe livre no Rio (Foto: JAV/Rio)

Entidades e lideranças do movimento estudantil exigem que Prefeitura libere o Bilhete Único Universitário, bloqueado desde o início da pandemia. O passe livre garante que todo estudante bolsista, cotista ou que possua renda inferior ou igual a um salário mínimo per capita tenha acesso ao transporte público. 

Por Igor Barradas | Redação Rio


JUVENTUDE – Na manhã desta terça-feira (10), entidades e lideranças estudantis do Rio de Janeiro ocuparam a Prefeitura do Rio de Janeiro reivindicando a liberação do Bilhete Único Universitário (BUU). Os estudantes universitários, apesar de estarem frequentando atividades presenciais de pesquisa, extensão e estágio, permanecem desde o início da pandemia sem usufruir desse direito.

Participaram do protesto os diretórios centrais dos estudantes de universidades como a UFRJ, UNIRIO e UNISUAM, o Movimento Correnteza, a UEE-RJ, entidades secundaristas como a AERJ (Associação dos Estudantes Secundaristas do Rio de Janeiro) e a FENET (Federação dos Estudantes em Ensino Técnico), além da UJR (União da Juventude Rebelião) e outras organizações.

Garantir o bilhete único é garantir a permanência nas universidades

De acordo com o Decreto 38.280, o cartão de gratuidade garante para os universitários do município do Rio de Janeiro o uso do transporte coletivo por ônibus municipais convencionais, BRT e VLT. Em suas promessas de campanha, o atual prefeito Eduardo Paes (PSD-RJ) prometeu que reativaria o funcionamento do B.U., mas até agora não cumpriu com sua palavra.  

O Ministro da Educação do governo Bolsonaro, Milton Ribeiro, afirmou hoje à TV Brasil que ‘’a universidade deveria ser para poucos’’. De fato, os militares e capitalistas querem acabar com as universidades e colocar os jovens dentro dos quarteis para servirem como bucha de canhão contra o povo. 

Com o agravamento da crise econômica, social e política, os estudantes largam seus cursos e não conseguem permanecer nesses espaços. Entre 2017 e 2018, o índice de alunos que desistiram ou abandonaram a faculdade aumentou pouco mais de um ponto percentual: foi de 27,5% para 28,8%. Os dados de 2019 e 2020 ainda não foram divulgados, mas estima-se que seja de 35%. 

Os ricos têm pressionado cada vez mais o Estado para a garantia de sua taxa de lucro. Os grandes empresários da máfia dos transportes são aliados da prefeitura e promovem constantes e abusivos aumentos. Os capitalistas dos transportes tentam a todo momento diminuir os direitos estudantis, negar seus direitos e impor altíssimas tarifas e péssimo serviço para a população.

Antônia Velloso, militante do Movimento Correnteza afirma que ‘’inúmeros estudantes já voltaram às atividades presenciais, vários estão estagiando e o Bilhete Único é imprescindível para conseguirmos garantir a nossa formação e graduação com qualidade’’.

(Foto: JAV/Rio)

Apenas com a luta o bilhete será conquistado

Além dos universitários, estudantes secundaristas também marcaram presença na ocupação da Prefeitura cobrando pautas como o retorno presencial com segurança, passe livre no final de semana, vacinação garantida para os menores de idade, entre outras.

O ingresso na universidade pública é um processo cheio de dificuldades para a juventude. 55 milhões de brasileiros vivem nos dias atuais abaixo da linha da pobreza, o que se traduz em quarto da população brasileira. A falta de um passe livre universitário representa a evasão escolar de diversos estudantes dentro dessas universidades e um aumento das desigualdades sociais relativas ao acesso à educação. 

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