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terça-feira, 30 de abril de 2024

Fechamento do Banco de Sangue do Hospital Campo Limpo gera consequências graves

Hospital Municipal do Campo Limpo (SP) enfrenta crise devido ao fechamento do seu banco de sangue, prejudicando o atendimento médico local.

Vinícius Basílio e Luís Cardoso* | São Paulo


SAÚDE O Hospital Municipal do Campo Limpo, localizado na Zona Sul de São Paulo, está enfrentando um grave desafio desde o fechamento do seu banco de sangue, que era administrado pela COLSAN – Associação Beneficente de Coleta de Sangue. Essa medida gera uma série de consequências alarmantes para o atendimento médico local.

Atendendo uma das regiões mais populosas da cidade, o hospital tem sido referência na região. No entanto, o recente fechamento do banco de sangue, desde o dia 19 de junho, dificulta o tratamento de pacientes para a realização de cirurgias, tratamentos de doenças graves e o atendimento em casos de traumas e acidentes.

Pacientes que necessitam de transfusões sanguíneas estão sendo prejudicados pela falta desse recurso fundamental, o que pode resultar em agravamento de quadros clínicos e até mesmo em óbitos evitáveis.

Outra consequência preocupante é a sobrecarga em hospitais e unidades de saúde vizinhas. Com o fechamento do banco de sangue, os pacientes que necessitam de transfusões e outros tratamentos específicos são encaminhados para outras instituições médicas, aumentando a demanda e sobrecarregando ainda mais o sistema de saúde.

Essa situação dificulta o acesso a atendimento médico de qualidade e prolonga os tempos de espera, colocando em risco a saúde e a vida dos pacientes.

Fechamento sem justificativa

Diante dessas consequências, é urgente que sejam tomadas medidas para reverter a situação do banco de sangue do Hospital Campo Limpo. É essencial que as autoridades competentes e os órgãos responsáveis pela saúde pública atuem de forma efetiva, buscando alternativas viáveis para restabelecer o serviço.

Considerando que não houve uma explicação para o encerramento do posto de coleta de sangue, observamos que apesar de exercer atividade essencial para o pleno funcionamento do Hospital Campo Limpo e outros da região, a Associação Privada – COLSAN, não está preocupada em atender as demandas da saúde da população.

Podemos perceber então que a única atividade que as entidades privadas visam – mesmo aquelas que exercem função pública e vital para saúde – é a obtenção de lucro. Pouco se importando com as vidas que serão perdidas neste processo.

Enquanto aguardam por medidas efetivas, o Hospital Campo Limpo e a população local estão enfrentando um cenário preocupante. A saúde é um direito básico e fundamental, e é dever das autoridades garantir que nenhum paciente seja prejudicado pela falta de recursos tão essenciais como o sangue.

Porém, apesar de termos direitos que obrigam os entes públicos a garantirem saúde de qualidade e eficiente para todos, observamos aqui que o governo estadual de São Paulo e, principalmente a prefeitura – de Ricardo Nunes (PDB) – estão omissos diante dos compromissos constitucionais e legais das quais seus mandatos lhes impõem.

Nesse momento, é crucial unir esforços para resolver essa questão urgente e garantir que o Hospital Campo Limpo possa oferecer um atendimento adequado e salvar vidas e seus administradores sejam punidos por suas negligências. A saúde e o bem-estar da comunidade dependem disso.

*Militantes da UP

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