Vitória foi reconhecimento dos estudantes das lutas e vitórias recentes conquistadas pelas últimas gestões do DCE da UFRJ, o mais antigo do país.
Andrei Rodrigues | Rio de Janeiro
JUVENTUDE – Entre os dias 5 e 7 de novembro, ocorreram as eleições para o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFRJ. Nesse exercício fundamental de aprofundamento da democracia e dos debates políticos da entidade, o Movimento Correnteza, junto a dezenas de Centros Acadêmicos, Atléticas, coletivos e demais iniciativas universitárias, reafirmou o seu compromisso com o movimento estudantil ao inscrever a maior e mais representativa chapa de todas no processo eleitoral.
Com uma campanha intensa, que mobilizou mais de mil estudantes em toda universidade, e incluiu uma brigada que vendeu mais de 270 Jornais A Verdade, a Chapa 1 – UFRJ NÃO SE RENDE à vitória nas eleições do DCE com 62% dos votos válidos (4163 votos). A Chapa 1 reivindicou o legado de lutas e conquistas que a histórica entidade de Mário Prata vem construindo nos últimos anos e teve o objetivo principal de demarcar uma posição ideológica no debate político sobre o atual papel do movimento estudantil na UFRJ.
Nesse sentido, frente a uma conjuntura de enfrentamento com o fascismo na sociedade, de sucateamento da educação e de ofensivas entreguistas por parte da própria reitoria da universidade, os militantes da Chapa 1 demonstraram que as falsas soluções privatistas da reitoria e de parte do movimento estudantil não são suficientes para o DCE.
Enquanto setores do Movimento Estudantil se aliaram a uma reitoria que defende políticas entreguistas para solucionar a asfixia orçamentária em troca de benefícios mínimos (como a concessão de parte do campus da Praia Vermelha para a iniciativa privada e a entrega dos hospitais universitários para a EBSERH), o Movimento Correnteza provou que é possível ousar mais e que não precisamos nos contentar com o mínimo oferecido por governos e reitorias.
Foi a luta do movimento estudantil, a partir de greves, ocupações, assembleias, atos e demais mobilizações amplificadas pela força do DCE Mário Prata, que garantiu que os estudantes questionassem o sucateamento da educação, o esquema injusto da Dívida Pública, as falsas soluções entreguistas e conquistassem, então, vitórias essenciais para a universidade, como a abertura e construção de novos bandejões, o orçamento do PAC para reformas, o café da manhã nos bandejões, uma nova resolução de assistência estudantil, entre muitas outras).
Sobre a conquista que obteve o Movimento Correnteza nessa luta eleitoral, Thais Rachel Zacharia, diretora da UNE e estudante da UFRJ disse que “o Correnteza UFRJ fez história nessas eleições! É a primeira vez, em mais de 20 anos, que apenas um movimento organizado, junto com centenas de independentes, estará a frente da gestão de um dos maiores DCEs do Brasil. Isso só é possível com o apoio dos milhares de estudantes que confiaram e votaram nesse projeto e das centenas de estudantes que organizam seus Centros e Diretórios Acadêmicos. O trabalho da UFRJ é referência para o Movimento Correnteza a nível nacional e seguiremos aprofundado nosso trabalho de base que nos fortalece para essa construção geral e, inclusive, é indispensável para a disputa da UNE que viveremos no ano que vem!”