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quinta-feira, 26 de dezembro de 2024

Ônibus em BH tem aumento de 33% no valor da tarifa

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A Prefeitura de Belo Horizonte decretou na ultima semana o aumento de 33% no valor da tarifa de ônibus, que passou de R$4,50 para R$6,00, tornando BH a capital com a passagem mais cara do Brasil. Movimentos sociais, partidos e organizações políticas articulam manifestações. 

Redação JAV 


MINAS GERAIS – Ônibus cada vez mais cheios, em situações precárias, sem a presença de cobradores e com horários irregulares, além de uma passagem cara. Esse é o cenário do transporte público em Belo Horizonte desde 2019, com a diferença de que, desde o dia 23 de abril, a tarifa aumentou de R$ 4,50 para R$ 6.

No início do mês, a Prefeitura de Belo Horizonte anunciou o preço de r$ 6,90 para os ônibus, gerando revolta na classe trabalhadora. A medida foi suspensa pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais, e anunciou-se a abertura de um processo com o objetivo de sustar os contratos de concessão do transporte público firmados entre a prefeitura e as empresas de ônibus. Isso não impediu que a Prefeitura cedesse às chantagens dos empresários e decretasse o aumento tarifário.

Não é a primeira vez que o SETRA-BH, sindicato patronal, pressiona a Prefeitura. Nos últimos anos, houve greves puxadas pelos patrões, reduzindo a circulação de ônibus em lugares estratégicos, como nas periferias da cidade. Além disso, a cidade conta com uma rede metroviária com cobertura pequena, e que com a recente privatização a preço de banana, não deve aumentar sua malha.

Vale lembrar que segundo um levantamento do Tarifa Zero, Belo Horizonte possui a lei 11.458, que aprova a destinação de subsídios para garantir que os ônibus não sejam pagos apenas pelos passageiros, datada de março deste ano.

O que falta para que esse subsídio se torne realidade?

Falta a aprovação, pela Câmara, de um novo PL que destine os recursos para pagar pelas viagens de ônibus, e que o PL seja transparente e que possa garantir qualidade na oferta do transporte público.

No dia 25 de abril, movimentos sociais saíram às ruas para protestar contra essa medida inimiga da classe trabalhadora e cobrar passe livre. O ato contou com a presença de distintas categorias, movimentos de moradia, de mulheres, secundaristas, juventudes e sindicatos.

Estudantes secundaristas organizados pela Associação Metropolitana dos Estudantes Secundaristas no ato do dia 25 de abril. Imagem: Arthur Quadra/JAV MG

E na terça, dia 02, dará prosseguimento às lutas nas ruas em um ato na porta da Prefeitura, localizada na avenida Afonso Pena, 1212. Pelo fim das chantagens dos patrões e por um transporte público, gratuito e de qualidade para a população belorizontina!

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