Hospital Municipal do Campo Limpo (SP) enfrenta crise devido ao fechamento do seu banco de sangue, prejudicando o atendimento médico local.
Vinícius Basílio e Luís Cardoso* | São Paulo
SAÚDE – O Hospital Municipal do Campo Limpo, localizado na Zona Sul de São Paulo, está enfrentando um grave desafio desde o fechamento do seu banco de sangue, que era administrado pela COLSAN – Associação Beneficente de Coleta de Sangue. Essa medida gera uma série de consequências alarmantes para o atendimento médico local.
Atendendo uma das regiões mais populosas da cidade, o hospital tem sido referência na região. No entanto, o recente fechamento do banco de sangue, desde o dia 19 de junho, dificulta o tratamento de pacientes para a realização de cirurgias, tratamentos de doenças graves e o atendimento em casos de traumas e acidentes.
Pacientes que necessitam de transfusões sanguíneas estão sendo prejudicados pela falta desse recurso fundamental, o que pode resultar em agravamento de quadros clínicos e até mesmo em óbitos evitáveis.
Outra consequência preocupante é a sobrecarga em hospitais e unidades de saúde vizinhas. Com o fechamento do banco de sangue, os pacientes que necessitam de transfusões e outros tratamentos específicos são encaminhados para outras instituições médicas, aumentando a demanda e sobrecarregando ainda mais o sistema de saúde.
Essa situação dificulta o acesso a atendimento médico de qualidade e prolonga os tempos de espera, colocando em risco a saúde e a vida dos pacientes.
Fechamento sem justificativa
Diante dessas consequências, é urgente que sejam tomadas medidas para reverter a situação do banco de sangue do Hospital Campo Limpo. É essencial que as autoridades competentes e os órgãos responsáveis pela saúde pública atuem de forma efetiva, buscando alternativas viáveis para restabelecer o serviço.
Considerando que não houve uma explicação para o encerramento do posto de coleta de sangue, observamos que apesar de exercer atividade essencial para o pleno funcionamento do Hospital Campo Limpo e outros da região, a Associação Privada – COLSAN, não está preocupada em atender as demandas da saúde da população.
Podemos perceber então que a única atividade que as entidades privadas visam – mesmo aquelas que exercem função pública e vital para saúde – é a obtenção de lucro. Pouco se importando com as vidas que serão perdidas neste processo.
Enquanto aguardam por medidas efetivas, o Hospital Campo Limpo e a população local estão enfrentando um cenário preocupante. A saúde é um direito básico e fundamental, e é dever das autoridades garantir que nenhum paciente seja prejudicado pela falta de recursos tão essenciais como o sangue.
Porém, apesar de termos direitos que obrigam os entes públicos a garantirem saúde de qualidade e eficiente para todos, observamos aqui que o governo estadual de São Paulo e, principalmente a prefeitura – de Ricardo Nunes (PDB) – estão omissos diante dos compromissos constitucionais e legais das quais seus mandatos lhes impõem.
Nesse momento, é crucial unir esforços para resolver essa questão urgente e garantir que o Hospital Campo Limpo possa oferecer um atendimento adequado e salvar vidas e seus administradores sejam punidos por suas negligências. A saúde e o bem-estar da comunidade dependem disso.
*Militantes da UP