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terça-feira, 29 de julho de 2025
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Comissão da Verdade precisa ter ‘mais atitude’, afirma Marcelo Rubens Paiva

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Marcelo Rubens Paiva“A Comissão Nacional da Verdade é muito tímida”, disse o escritor Marcelo Rubens Paiva, 53, em entrevista à Folha, em seu apartamento em São Paulo. O filho do deputado cassado Rubens Paiva, um dos principais desaparecidos políticos da ditadura militar (1964-1985), afirmou que esperava um “pouco mais de atitude” do grupo que investiga os crimes do Estado.

Um exemplo, afirma, é o recente episódio da morte do coronel Júlio Miguel Molinas (ex-chefe do DOI-Codi do Rio), em novembro, no Rio Grande do Sul. A família de Paiva recebeu a informação de que, tão logo Molinas morreu, o Exército recolheu em sua casa caixas que conteriam documentos sobre crimes da ditadura.

A Comissão da Verdade recebeu da família do coronel documentos desse arquivo referentes aos casos Rubens Paiva e Riocentro, mas Marcelo diz acreditar que a maior parte foi escondida pelo Exército.

Ora sarcástico, ora angustiado pelos 42 anos de espera pela verdade, o escritor comentou a divulgação pela Folha, na última segunda-feira (4), de um documento inédito que indica que Rubens Paiva morreu nas dependências do DOI-Codi, em janeiro de 1971.

O autor de “Feliz Ano Velho” disse ainda que a grande personagem da família é sua mãe, Eunice, que sofre do mal de Alzheimer. Ela se tornou uma pioneira da luta pelos direitos humanos no país logo após sair da prisão, dias depois da morte do marido.

Folha – O caso do desaparecimento do seu pai está solucionado para a família?
Marcelo Rubens Paiva – Não. Até agora, o que foi revelado a gente já sabia, só não tinha o documento, o timbre. A novidade é a prova de que ele foi morto nas dependências do DOI-Codi. Mas a gente já sabia que ele morreu ali dentro.

O que falta ser descoberto?
Primeiro, quando ele realmente foi morto. Segundo, o que fizeram com o corpo, onde está, como foi essa operação. São os mesmos torturadores que torturaram todos os caras no DOI-Codi do Rio no mesmo período. Tenho muita curiosidade de ver esses caras prestando depoimento, o que parece que é um próximo passo.

A Comissão da Verdade está bem amparada em termos de informação?
A comissão é muito tímida. Vou ser bem fantasioso, como escritor eu gosto de fazer comparações absurdas, mas eu esperava um Kevin Costner, do filme “Os Intocáveis”, uma forma de caçar os verdadeiros gângsteres com um pouco mais de atitude. A comissão tinha que bater na porta dos caras que ela quer que sejam ouvidos. Contrasta um pouco com o que foi a repressão política, como as Forças Armadas se comportaram e como a comissão ataca esses objetivos de esconder a verdade.

Quando ela foi tímida?
No caso do coronel Júlio Miguel Molinas, ex-chefe do DOI-Codi do Rio, lá no RS. A gente ouviu falar que, um dia depois da morte dele [1º de novembro], houve uma operação do Exército que cercou a casa e levou caixas e caixas de documentos. A Comissão da Verdade é que deveria ter chutado a porta do cara com um grupo de investigadores de alto nível, porque afinal é uma comissão oficial do governo brasileiro. Devia ter pegado essas caixas. Se por um lado o Exército vai lá e chuta a porta, a comissão pede um ofício. É tudo muito lento.

A comissão avisa a família antes de divulgar?
Não. Foi uma queixa da família. A gente não quer mais ficar lendo as coisas pela imprensa, é muito chato. A gente prefere ser avisado antes.

Por que o seu pai incomodava a ditadura militar?
Meu pai tinha 32 anos quando foi deputado federal e se descobriu que estava um clima de pré-golpe, através do Ibad (Instituto Brasileiro de Ação Democrática), para criar um clima de que o Brasil tinha possibilidade grande de se tornar um satélite soviético. E meu pai fez essa CPI, chegou a inquirir generais que tinham recebido cheques.

Houve o golpe, foi até mais rápido do que se imaginava. Meu pai foi exilado, voltou escondido e ele manteve contatos com o pessoal da esquerda, do Partido Comunista Brasileiro, com os jovens que tinham votado nele. Junto com outras centenas de brasileiros, ajudava essas pessoas. Ajudava a esconder pessoas, por exemplo. Vira e mexe, dormia uma pessoa na minha casa que eu não sabia quem era, acho que era do Partido Comunista Brasileiro.

Seus pais lhe contavam sobre o que era essa movimentação política que tinha na sua casa?
A gente sabia. A Eliana Silveira, uma grande jornalista, é uma que eventualmente dormia na minha casa, no meu quarto. Eu ficava pê da vida porque eu quem tinha que sair do meu quarto. A gente não perguntava, mas a gente sabia que era uma coisa que não se podia perguntar, não era coisa para criança. Mas não tinha dinamite, metralhadoras, nem eram guerrilheiros. Geralmente era mais o pessoal do partidão que se escondia na minha casa.

Qual é a sua lembrança do dia em que seu pai foi preso?
Eu tinha 11 anos. A casa toda cheia de militares com metralhadoras. Era patético porque eles achavam que era um “aparelho”. E era feriado, Dia de São Sebastião. Deu praia. Em frente à minha casa, tinha uma rede de vôlei famosa, que era a do Chico Buarque e da Marieta [Severo].

Ali era um point, as pessoas iam para a praia e deixavam as coisas lá em casa. Então iam chegando. Chegou o namorado da minha irmã, de 16 anos, e prenderam o cara. Chegou o neto do Caio Prado Jr., coincidentemente ideólogo comunista no Brasil, que ia para a praia, e prenderam. Era contrastante com o que aquela casa representava.

Existem algumas hipóteses para qual pode ter sido o destino do corpo do seu pai. Qual versão, na visão da família, é a mais provável?
Esse corpo eu acho que ele não foi para um lugar e está até hoje, eu acho que ele deu uma passeada. A primeira hipótese é a de que ele tenha ido para a Barra da Tijuca, que na época era um lugar ermo.

Existe a possibilidade de ele ter sido enterrado também no Corpo de Bombeiros do Alto da Tijuca, chegou até a ser aventada a possibilidade de uma grande varredura, que começou a ser operada pelo “Fantástico”, pelo Pedro Bial, dirigindo um trator, mas nunca se achou um corpo.

Você quer que os responsáveis pela morte do seu pai sejam punidos?
Tem ditador na Argentina preso, o Alberto Fujimori está preso, tem cara no Chile preso. Se isso poderia acontecer no Brasil? Seria o ideal, mas é difícil.

Será que a sociedade quer isso? As sociedades argentina, chilena e uruguaia quiseram. Eu acho que, se fôssemos realmente até o fim, o ideal seria uma punição mesmo.

Você, nesses 42 anos, já fez algum tipo de investigação pessoal dessa história?
Não. Já recebi um telefonema de um cara que participou da tortura na Aeronáutica e não tive coragem de ir atrás. Ele morava no vale do Paraíba, e eu mandei o Pedro Bial. Coitado do Pedro Bial [risos]. Ele estava no “Fantástico” na época e falou: “Deixa que eu vou”. Chegou lá e o cara tinha sofrido um derrame, olha só! Não conseguia falar.

Eu nunca fui muito atrás. Eu sei onde esses caras estão, mas o que é que eu vou fazer? Vou lá e olhar para a cara dele e dizer: “Oi, tudo bem? Por que você fez isso?”. Não, não dá.

O único livro em que você escreveu sobre o caso do seu pai foi “Feliz Ano Velho”?
Foi. Na verdade, nem nesse livro eu tinha escrito. É tão engraçado isso, porque já tinha saído tanta coisa sobre o caso, e eu queria escrever sobre o meu acidente, sobre os problemas da minha geração.

Foi o Luís Travassos, ex-presidente da UNE, que estava voltando do exílio e falou: “Poxa, não vai falar do seu pai?”. Eu falei: “Nossa, é mesmo, esqueci”, e retomei. Porque eu sempre achei que minha mãe que iria escrever o livro sobre o meu pai.

No restante da sua obra, tem algum livro que se aproxima deste tema?
Tem um que escrevi sobre a Guerrilha do Vale do Ribeira, que é chamado “Não És Tu Brasil”. Minha família tinha fazenda no vale do Ribeira, exatamente onde ocorreram alguns confrontos. Eu conhecia detalhes daquela história que eu poderia revelar e que a imprensa não conseguia porque eles tinham muito medo de falar. Eu conseguia falar com os caras, eram meus amigos de infância.

As pessoas que eu estava pesquisando foram presas e torturadas pelos mesmos repressores por quem meu pai foi preso e torturado. Só no final disso que eu percebi como eu estava fazendo esse caminho, como escritor-historiador, em busca do que aconteceu de fato com o meu pai. Através de um livro de ficção eu soube mais sobre o que aconteceu com o meu pai do que pesquisando exatamente o que aconteceu com ele.

“Feliz Ano Velho” se integra a uma série de outros livros daquele pós-ditadura, que é uma época de revolução de costumes culturais…

O projeto era mais focado na renovação da literatura brasileira, da linguagem mais coloquial, mais brasileira, com o cotidiano de personagens mais ligados em cultura de massa, renovando não só a literatura, mas também uma forma de combater a ditadura, uma forma de se engajar politicamente.

Uma geração posterior à de 1968, que não participou da luta armada e que tinha uma ligação forte com o rock’n’roll, a experiência com drogas, a sexualidade sendo descoberta.

O ex-deputado Fernando Gabeira foi o nosso grande mentor, o primeiro a falar em drogas na literatura brasileira, o primeiro a falar em bissexualismo, falando das suas experiências no exílio e relatando o período da luta contra a ditadura de uma forma menos engajada e mais crítica. Eu acho que foi dessa retomada literária que eu fiz parte.

Você tem intenção de escrever sobre seu pai?
Tenho um projeto que é falar da luta da minha mãe. Descobri que a minha mãe foi muito mais importante que meu pai. Meu pai foi uma vítima da ditadura, escondeu pessoas, foi um deputado importante, foi cassado, foi para o exílio, voltou escondido, foi torturado violentamente.

Mas a grande personagem da família é minha mãe, fundadora da Comissão Brasileira pela Anistia, organizadora do movimento das Diretas-Já. Foi presa no dia seguinte ao meu pai, no DOI-Codi, saiu três dias depois. Desse dia em diante, o papel que ela teve foi o de uma verdadeira combatente contra a ditadura.

Você está parecido com seu pai com esse bigode. Foi de propósito?

Não, não, foi charme. Na verdade, estava tendo o Movember, um movimento para usarmos bigode pela prevenção contra o câncer de próstata. Tem essa coisa machista do homem que não faz exame de toque, né? Que é até gostosinho. E aí eu falei, “Ah, vou deixar meu bigode mesmo para protestar”.

Patrícia Britto
Fonte: FSP

Sobre o antisemitismo, por Joseph Stalin

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Judeus na URSS

Em resposta a uma pergunta da Agência Judaica de Notícias nos EUA, Joseph Stalin deu a seguinte declaração em relação ao antisemitismo:

O chauvinismo nacional e racial é um vestígio de costumes misantrópicos característicos do período do canibalismo. O antisemitismo, como uma forma extrema do chauvinismo racial, é o vestígio mais perigoso do canibalismo.

O antisemitismo é vantajoso para os exploradores como um para-raios, pois desvia os golpes destinados pelos trabalhadores ao capitalismo. O antisemitismo é perigoso para os trabalhadores como sendo um falso caminho que os tira do caminho correto e os leva para a selva. Os comunistas, portanto, como internacionalistas consequentes, só podem ser inimigos jurados e irreconciliáveis do antisemitismo.

Na União Soviética o antisemitismo é punível com a maior severidade da lei como um fenômeno profundamente hostil ao sistema soviético. Sob a lei da URSS antisemitas ativos são passíveis de pena de morte.

Joseph Stalin
Fonte: Obras Completas de J. Stalin, vol. XIII

Casos de trabalho escravo aumentam em 20 estados do Brasil

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Trabalho escravo no BrasilDe acordo com pesquisa da Comissão Pastoral da Terra (CPT), com dados ainda incompletos de 2012, já se constataram 189 ocorrências de trabalho escravo no País, com a libertação de 2.723 trabalhadores. O número de trabalhadores resgatados aumentou 11% em relação ao ano anterior e ainda pode ser alterado para mais, já que os resultados definitivos só serão divulgados em fevereiro, pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

Ficam à frente na lista das atividades com trabalho escravo as lavouras e canaviais: foram 646 trabalhadores libertados em 36 ocorrências, mas continuam aumentando as ocorrências de trabalho escravo em atividades não agrícolas: 25 casos em 2012, dos quais 16 apenas na construção civil, em nove Estados, com 627 trabalhadores resgatados.

Em 2012, o Pará voltou ao topo do ranking em todos os critérios: número de casos (50), número de trabalhadores envolvidos (1.244) e número de libertados (519). O Tocantins vem logo em seguida com 22 casos, 360 envolvidos e 321 libertados; vêm depois Minas Gerais (287 trabalhadores resgatados), Paraná (246), Goiás (201), Amazonas (171), Alagoas (110), Piauí (97), Rondônia (46), Santa Catarina (45), além de outros. No conjunto, verifica-se o resgate de trabalhadores em 20 Estados do País, o que demonstra que essa prática criminosa persiste de Norte a Sul, mesmo diante das ações de órgãos do governo e de organizações sociais que lutam pelo seu fim.

Alguns casos merecem destaque, por terem ocorrido em locais ligados à família da senadora Kátia Abreu (PSD-TO), onde o irmão, André Luiz de Castro Abreu, foi apontado pela Superintendência Regional de Trabalho e Emprego do Tocantins como coproprietário da fazenda Água Amarela (plantio de eucalipto e produção de carvão). Aí foram resgatados 56 trabalhadores. Em São Félix do Xingu (PA), foram libertados quatro trabalhadores na fazenda de parentes do banqueiro Daniel Dantas, cuja irmã, Verônica Dantas, e o ex-cunhado, Carlos Bernardo Torres Rodenburg, são proprietários da Agropecuária Santa Bárbara.

Por fim, vale relembrar a ação realizada em agosto de 2012 na fazenda de gado Alô Brasil, em Marabá (PA), que foi acompanhada por quatro deputados da CPI do Trabalho Escravo e resultou na libertação de oito trabalhadores. Na ocasião, o insuspeito deputado federal Giovanni Queiroz (PDT/PA), integrante da bancada ruralista (que costuma contestar a existência de trabalho escravo no País) considerou a situação “vergonhosa e constrangedora”.

Ato em Brasília denuncia Acordo Coletivo Especial

Ato em Brasília denuncia Acordo Coletivo EspecialRepresentantes do Movimento Luta de Classes (MLC) marcaram presença no ato realizado em Brasília contra a flexibilização dos direitos trabalhistas.

Numa grande tenda armada na Esplanada dos Ministérios, cerca de 800 trabalhadores e entidades vindas de 17 estados do Brasil participaram do ato contra o chamado ACE – Acordo Coletivo Especial e contra os ataques a aposentadoria. Várias lideranças sindicais fizeram críticas a possibilidade de adoção do ACE e suas consequencias para os trabalhadores. Na parte da tarde um grupo foi até a Câmara dos Deputados, acompanhada de diversas entidades, cobrar dos deputados o fim do fator previdenciário e defender as reivindicações históricas do movimento sindical.

O ACE é um projeto construído e defendido pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC/SP, filiado a CUT, e pelas grandes empresas multinacionais como a Volksvagen e a Mercedes Benz, por exemplo.

Na verdade o ACE é uma proposta de conciliação de classes, retirada e flexibilização dos direitos, a proposta pretende que o negociado prevaleça sobre o legislado, ou seja, que os sindicatos possam fecharf acordos com as empresas que valham sobre os direitos contidos na Convenção Coletiva do Trabalho (CLT). Dessa forma, se aprovado este projeto, estariam legalizados acordos que, por exemplo, permitem a divisão das férias em mais de dois períodos; o pagamento parcelado do 13º salário, até mesmo em parcelas mensais; a ampliação do banco de horas sem limites; contratação temporária; a terceirização dentro das empresas sem nenhum limite, além de outras manobras. Assim, os sindicatos e os patrões negociariam com os direitos dos trabalhadores e não para melhorarem os mesmos.
“…infelizmente essa posição é defendida por um sindicato com uma historia de luta tão grande como o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC paulista.

Principalmente numa conjuntura de crise do sistema capitalista no qual a metalurgía é um dos setores mais afetados, com ameaças e demissões em massa como, por exemplo, na GM, na Mercedes Benz e na ArceloMittal, com uma política de terceirização do trabalho, de péssimas condições de trabalho, segurança, arrocho salárial e mortes de trabalhadores. Quem está mais feliz com essa proposta são os patrões. É necessário e união de todos os sindicatos para barrar qualquer tentaiva de sacrifício aos trabalhadores”, declarou Leonardo Zegarra, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Mário Campos, Brumadinho e Região.

Com a ofensiva patronal sobre os trabalhadores é dever de todo sindicato lutar pela regulamentação da Convenção 158, da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que proíbe a dispensa imotivada, que seria garantia de emprego. Apresentadas como se fosse proposta dos trabalhadores, tanto o ACE quanto a proposta de substituição do Fator Previdenciário, em trâmite no Congresso, o Fator 85/95, são formas de retirada de direitos dos trabalhadores. Em 2013 é preciso unir forças e combater mais esse ataque do capital contra os trabalhadores. Não podemos permitir que isso seja aprovado.

Entre as iniciativas indicadas em Brasília durante as disucssões sobre o ACE está a de realização de uma marcha nacional que deverá ser convocada para a primeira quinzena de abril.

Movimento Luta de Classes – MG

Senhores da mentira

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Mixagem intercalando as condenações dos EUA contra outros países (Síria, Líbia, Iran), e as cenas de guerra campal entre a polícia americana e o movimento Occupy Wall Street.

Mostrando que o governo dos EUA viola todas as coisas que eles cobram dos outros países, e fazem muito pior, são o país que mais faz guerra e que mais violam os direitos humanos no mundo.

Há sempre propaganda para manter o povo americano com medo de ataque.

Como todos os velhos filmes e jogos, vemos que os EUA estão sob ataque.

Foi o mesmo tipo de propaganda sionista feita para estabelecer o novo estado de Israel.

Eles sempre afirmam que estão sob ataque e opressão.

Então eles usam isso para legitimar tudo o que fazem de errado.

Homenagem a Victor Jara

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Trechos do DVD “Homenaje a Víctor Jara”, do grupo Quilapayún. O repertório deste concerto foi totalmente dedicado ao ex-integrante do grupo Victor Jara.

Desemprego na Itália bate recordes e atinge quase três milhões de pessoas

Desemprego na ItáliaO desemprego oficial na Itália atingiu 11,2 por cento em dezembro de 2012, 1,8 pontos percentuais a mais do que no mesmo período de 2011, atingindo agora 2,87 milhões de pessoas, o pior registro desde o primeiro trimestre de 1999.

Os elementos foram divulgados sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (Istat). De acordo com os dados oficiais, de novembro para dezembro de 2012 o desemprego continuou a crescer, neste caso 0,1 por cento, apesar de as condições da época serem normalmente propícias à diminuição.

Em número de desempregados oficiais, 2,87 milhões em 31 de dezembro de 2012, esse valor representa um aumento de quatro mil pessoas em relação a novembro e um aumento de 19,7 por cento em comparação com dezembro de 2012.

O crescimento do desemprego juvenil, cidadãos com menos de 24 anos, é ainda mais acelerado na Itália. Atingiu em 31 de dezembro de 2012 o valor de 36,6 por cento, 4,9 pontos  a mais do que no mesmo mês de 2011.

A taxa italiana oficial de desemprego é maior entre as mulheres, 12,1 por cento, do que entre os homens, 10,6 por cento.

Fonte: BE Internacional

Evento: Os 70 anos da batalha de Stalingrado – A batalha que salvou o mundo

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O Jornal A Verdade promove evento em dois dias para celebrar os 70 anos da vitória soviética em Stalingrado, na batalha mais sangrenta da história e que foi o ponto de virada na II Guerra Mundial.

O primeiro dia será de exposições, intervenções e debate. No segundo dia será exibido o filme soviético A queda de Berlim (1949), nunca lançado no Brasil. As legendas para o português foram realizadas em 2011 pelo Centro Cultural Manoel Lisboa, e por ainda não estarem disponíveis na internet ou à venda esta é uma oportunidade única de assistir a este grande clássico, o qual mostra a guerra de uma perspectiva soviética, não-hollywoodiana.

Stalingrado 2

Dias: 06 e 07 de fevereiro, às 19hs
Local: Affemg – Rua Sergipe, 893, Funcionários, Belo Horizonte, Minas Gerais

Sobre o filme A queda de Berlim

A queda de Berlim tem direção de Mikhail Chiaureli, e apresenta uma recriação soviética da II Guerra Mundial. O filme foi produzido num momento de extremo prestígio de Stalin para com o povo soviético e os trabalhadores de todo o mundo devido aos grandes avanços da URSS e da vitória sobre o nazismo.

O próprio Stalin trabalhou no roteiro deste filme, refinando os bastidores da guerra e sua própria participação.

Para sua produção nada foi poupado: foram usados 5 divisões de artilharia e de infantaria, 4 batalhões de tanques, 193 aviões e 45 troféus Panzer alemães, assim como 1,5 milhão de litros decombustível para encenar as batalhas panorâmicas.

A memorável recriação da Batalha de Berlim, alcançando seu clímax na encarniçada batalha sobre o Reichstag, impressionou até mesmo os críticos ocidentais devido ao seu intenso realismo e belo espetáculo.

Igualmente memorável é o retrato de Hitler e seu círculo interno apresentado no filme, cuja insensatez e intrigas acontecem em um ambiente que recria a grandiosidade da Chancelaria do Führer e da claustrofobia de seu bunker com uma intensidade surrealista.

Stalin, Kalinin, Churchill, Roosevelt e Goebbels, entre vários outros líderes, são interpretados por atores incrivelmente semelhantes em sua aparência física, o que reforça o realismo deste épico.

O ator que interpreta Stalin, Mikhail Gelovani, por exemplo, é um georgiano que vinha se especializando em interpretar o grande líder soviético desde 1930, e que ficou famoso pela precisão com que reproduzia seus gestos e seu sotaque georgiano.

Um enredo secundário é o romance entre Aliosha, um metalúrgico stakhanovista que deixa a fábrica para lutar na guerra, e Natasha, uma bela e jovem professora, que é capturada pelos nazistas.

Este filme foi oferecido como um presente a Stalin pelo seu septuagésimo aniversário. Foi visto em seu lançamento inicial por mais de 38 milhões de soviéticos e venceu todos os conceituados prêmios Stalin imagináveis. Sua trilha sonora ficou a cargo do famoso compositor soviético Shostakovich.

A queda de Berlim foi abruptamente retirado de circulação por Kruschev, durante as campanhas de “desestalinização” iniciadas em 1953, após a morte de Stalin.

Tendo recentemente ganhado os direitos sobre os negativos originais, a International Historical Films oferece este épico há tanto tempo censurado em uma versão digitalmente restaurada, com legendas em inglês. A presente tradução para o português foi realizada pelo Centro Cultural Manoel Lisboa.

Abaixo screenshots de A queda de Berlim (1949)

Violência em São Paulo: Capão Redondo quer apoio de Haddad no combate à violência

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Com medo da violência em São Paulo e do genocídio da juventude negra, pobre e periférica, moradores do Capão Redondo, na zona sul do estado, pedem ajuda à prefeitura.

Movimento de Luta nos Bairros faz passeata em Diadema por moradia

Trabalhadores ligados ao movimento MLB (Movimento de luta nos Bairros, Vilas e Favelas) realizaram uma passeata pelas rua de Diadema para acelerar a prefeitura no andamento do processo da ocupação Lucélia Xavier.300 famílias aguardam há 2 anos resolução do processo.

Brasil: um país sem infância

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Brasil: um país sem infânciaDesde 2002, a Organização Internacional do Trabalho (OIT), reconheceu a data de 12 de junho como o Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil, cuja iniciativa, em parceria com instituições governamentais brasileiras, tem propagado o ideal de fim do trabalho infantil. Vários programas governamentais de benefício foram então criados, a exemplo do mais recente “Brasil Carinhoso”, na tentativa de reduzir o trabalho infantil e incentivar as crianças a frequentarem a escola. Porém, o que se observa na realidade é o oposto.

O número de crianças entre 10 e 13 anos que trabalham aumentou, do ano de 2000 para 2010, de 699 mil para 710 mil, segundo dados oficiais do IBGE divulgados no final do ano passado. O acréscimo, de 1,5% em números absolutos, só demonstra a fragilidade existente nas políticas populistas dirigidas pela presidência da república, ditas de cunho social.

Além do dano à saúde causado pelas condições de trabalho, muitas vezes desumana, o trabalho infantil ainda é responsável pelo prejuízo da educação, causando inclusive o afastamento da criança da escola. Dos 710 mil ocupados de 10 a 13 anos, 90% realizam jornada dupla, trabalhando e estudando, enquanto 70,5 mil deles não estudam.

A situação atual reflete a política capitalista dos empregadores, que buscam a mão de obra infantil por ser mais barata e pela criança “reclamar menos”, segundo fala de um pesquisador da Organização das Nações Unidas (ONU). A busca cada vez maior por lucro leva os empregadores a deixar de lado questões sociais e humanitárias, reforçando as desigualdades, seja no campo ou na cidade.

Empresários, comerciantes e até políticos chegam a lucrar com o trabalho infantil. Isso se multiplica a cada dia por trás da mídia alienante que esconde os fatos. Assim, os dados do IBGE são transformados em algo superficial e numérico, pois, a triste realidade da vida desses meninos e meninas é muito mais que números. Mas, o que fazer para mudar essa situação catastrófica? Programas como o “Brasil carinhoso” podem amenizar a situação. Porém, é preciso mais que uma parca tentativa de distribuição de renda. A resposta é simples, embora seja algo que, o capitalismo não tem interesse algum em colocar em prática: Igualdade social irrestrita; educação de qualidade para todos, sem exceção e respeito ao ser humano antes de tudo. E quando isso será possível? Quando o socialismo invadir o mundo. E não está longe. Só assim a verdadeira educação transformará vidas e as pessoas serão respeitadas e terão seu valor para a sociedade, pois serão o que são e não o que têm ou podem dar de lucro.

Ludmila Outtes e Lene Correia, Recife
Fontes: IBGE; Sites:brasil.gov.br; OIT(Organização Internacional do Trabalho)