UM JORNAL DOS TRABALHADORES NA LUTA PELO SOCIALISMO

segunda-feira, 21 de abril de 2025
Início Site Página 703

Brasil no topo dos países que mais fazem cesarianas

0

Segundo o Ministério Público da Saúde, cerca de 52% dos partos realizados no Brasil são por cesariana, ultrapassando a porcentagem recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de 15%. A questão é que, mesmo sendo mais barato para o Ministério da Saúde, o parto normal necessita de mais tempo, e, assim, o médico não consegue atender a tantas pacientes em apenas um dia. Isso demandaria um maior contingente de médicos nos hospitais, o que, no final, ficaria mais caro.

“A escassez de tempo e o imediatismo da vida moderna levam mulheres e médicos a achar mais cômoda a cesárea do que o parto normal. Daí o aumento desse tipo de parto no Brasil e no mundo”, diz a coordenadora da área de Saúde da Mulher do Ministério da Saúde, Thereza de Lamare. Outros motivos são o medo da dor do parto, o desconhecimento dos benefícios proporcionados pelo parto normal e a falsa sensação de que a cesárea é um procedimento sem riscos. “A excessiva carga de trabalho dos profissionais de saúde os leva a preferir programar o parto. Sem contar que a formação acadêmica, muitas vezes, segue a cultura médica tradicional, que valoriza uma visão intervencionista em detrimento do processo fisiológico e natural do parto”, completa.

Uma das fases mais importantes da mulher que quer ser mãe é o parto. Esse processo pode demorar de 15 minutos a mais de 15 horas, dependendo de se for cesárea ou normal. A discussão que se deve fazer sobre isso é o que seria mais confortável para a mãe e para o bebê, já que a escolha do parto implica riscos e tempo de recuperação. Infelizmente, a lógica de alta produtividade também existente nos hospitais é uma das grandes responsáveis pelo aumento no número de partos com intervenção cirúrgica (cesárea), que muitas vezes oferece riscos para a mãe e para o bebê. Essa lógica do sistema capitalista não leva em conta a vontade da mulher nem suas necessidades reais como o tempo de sua recuperação e os riscos.

É justamente por isso que devemos lutar por um sistema de saúde que seja voltado para a preservação da saúde da mulher e não à produtividade desumana do capitalismo. Respeito é bom e nós gostamos!

Gabriela Nascimento, Rio de Janeiro

 

Passeata pede unidade de saúde em São Bernardo

0

As famílias da Vila Esperança, no município paulista de São Bernardo do Campo, não aguentando mais as péssimas condições da saúde pública, realizaram uma passeata no dia 11 de agosto, reivindicando a construção de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) no bairro. Com bandeiras, cartazes, apitos, faixas e carro de som os moradores ocuparam a principal avenida da região, em mais um dos atos organizados pelos moradores em conjunto com o MLB (Movimento de Lutas nos Bairros, Vilas e Favelas) e a ONG Reduto Social. Após a concentração no centro da Vila Esperança, as famílias deram início à passeata, que começou com muita agitação. Os moradores percorreram a principal avenida do bairro até chegar a Vila São Pedro, um bairro vizinho, e em frente à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de lá, realizaram um ato, com falas e palavras de ordem em favor da construção de uma UBS em um terreno da Vila Esperança que se encontra abandonado pela Prefeitura de São Bernardo. Durante o ato, os organizadores do movimento protocolaram um documento, o relatório da proposta de reivindicação, na UPA, que ficou encarregada de enviá-lo à Secretaria de Saúde do município.

Os moradores dessa região sofrem toda vez que precisam utilizar a UBS do bairro vizinho, pois além de a Unidade de Saúde ser distante do local em que eles residem, o posto atende a cinco bairros, tendo que dar suporte para uma demanda de mais de 100.000 habitantes, gerando vários problemas para a população. Um exemplo: a demora de mais de três meses para o retorno de uma consulta agendada.  A prefeitura de São Bernardo está executando várias obras nos bairros de classe média e no Centro da cidade, porém nos locais à margem da cidade as coisas demoram, como sempre, para acontecer, e as pessoas desses lugares penam com as migalhas das políticas públicas de baixa qualidade. Um fato incoerente é que a prefeitura pretende construir uma UBS em um bairro de classe média, distante do local dessas famílias, afirmando que irá resolver esse problema da altíssima demanda, mas tem resistência em atender à reivindicação da população periférica. Ao final da passeata, os moradores elegeram uma coordenação para continuar o movimento.

Geovane Barbosa Santos, membro do MLB e da ONG Reduto Social

Ocupação Margarida Alves conquista vitória

0
Luta garantiu moradias para as famílias

Cerca de 300 famílias organizadas pelo Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas do Ceará ocuparam, no dia 28 de julho, terreno abandonado da Universidade Estadual do Ceará (Uece) localizado no bairro Dendê. A ação teve início às 4h da manhã, saindo das comunidades do Henrique Jorge, Antônio Bezerra, Pan-Americano, Curió e Mucuripe. Ao amanhecer, a barraca da cozinha coletiva já estava montada e a comissão de alimentação servia o café da manhã para as famílias organizadas. Com o sorriso no rosto, cada uma delas trabalhava na coletividade, confiando na vitória, com a perspectiva e a certeza de que a luta conquista.

O movimento contou com o apoio do reitor da Uece, Jackson Sampaio, que esteve sempre dialogando conosco. Por intermédio dele conseguimos uma audiência com o secretário das Cidades, Camilo Santana. A audiência se deu no dia 1º de agosto, com a presença de representantes da Secretaria das Cidades, o secretário e os técnicos, da Defensoria Pública do Núcleo de Habitantes e Moradia e do MLB, para tratar da situação das 300 famílias necessitadas ocupantes do terreno. Chegou-se a um acordo segundo o qual o governo do Estado, através da Secretaria das Cidades, aportaria recursos para a construção de 150 unidades habitacionais para as famílias cadastradas pelo MLB e contemplaria 150 famílias indicadas pelo MLB nos empreendimentos contratados e em execução no município de Fortaleza em que o governo do Estado atua como interveniente.

No dia 4 seguinte, as 300 famílias desocuparam o terreno e voltaram às suas comunidades. Essas famílias continuam a assistir às reuniões semanais, cumprindo o regimento e as normas do movimento e com a certeza da vitória conquistada através da organização e da luta.

Elieuda do Nascimento, coordenação MLB-CE

Famílias da Eliana Silva unem-se por moradia e vida nova

0

Após inúmeras evasivas da prefeitura e da Urbel – órgão responsável pela habitação –, do completo descaso com as pessoas, pois nem mesmo aluguel social ou outra medida paliativa foram apresentados, o MLB deu continuidade às reuniões e assembleias, uma nova ocupação foi realizada em Belo Horizonte pelo Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB). A ocupação reúne as famílias remanescentes da última ação ocorrida em abril passado e despejada em 11 de maio.

Com as barracas erguidas, muita coragem e disposição, a nova ocupação Eliana Silva renasce, mais organizada e mais forte num terreno localizada na mesma avenida da ocupação anterior.

Truculência, repressão e resistência

No sábado, dia 25 de agosto, centenas de famílias e um grande grupo de apoiadores do MLB foram até a nova ocupação. Lá enfrentaram o forte aparato policial, a truculência e a repressão da PM de Minas Gerais. Houve Tropa de Choque, Gate, helicóptero e o destempero completo do comandante da ação, o Capitão Natan, que agrediu várias pessoas, prendeu dois advogados do movimento e de integrantes do MLB, sacou armas e queria retirar a ocupação com tiros, entre outras ameaças e agressões verbais, inclusive de baixo calão. Porém nada disso foi capaz de deter a determinação das famílias da ocupação Eliana Silva de manter-se no terreno e lutar pelo direito de morar dignamente.

Na nova mobilização do MLB, reuniram-se, além de um grupo de advogados populares, integrantes de várias entidades, padres, lideranças sindicais, professores, estudantes, militantes de partidos e organizações de esquerda, unificados na defesa da ocupação e da luta pela moradia em BH. Foi uma batalha, vencida nesse momento pelo MLB. A rede de apoiadores continua crescendo a cada dia e tem ajudado a fortalecer a ocupação. Agora, a Ocupação Eliana Silva avança com a instalação de luz e água, a construção da creche e da cozinha comunitária, além do funcionamento de várias comissões de trabalho.

Desigualdade social e injustiça

Belo Horizonte é uma das cidades mais injustas e desiguais, não apenas do Brasil, mas de toda a América Latina. É o que comprova recente estudo apresentado pela Organização das Nações Unidas (ONU), divulgado no dia 21 de agosto, que classifica a América Latina como a região mais urbanizada e desigual do mundo. O estudo destaca um panorama do desenvolvimento de cidades e regiões latino-americanas e escancara as deficiências no processo de urbanização e ocupação dos grandes centros urbanos. Das 24 cidades pesquisadas, Belo Horizonte amarga o título de quarta cidade mais injusta e desigual da América Latina e Caribe, sendo a quarta metrópole com pior distribuição de renda do continente, atrás apenas de Bogotá, Goiânia e Fortaleza.

Por outro lado, nem o governo demotucano de Antônio Anastasia nem o prefeito de BH, Márcio Lacerda, apresentam soluções para essas e outras famílias que não têm o direito de morar dignamente na capital mineira. Além de Eliana Silva, existem ainda as ocupações Dandara, Camilo Torres, Irmã Dorothy 1 e 2, Helena Grecco-Zilah Spósito, entre outras dezenas realizadas espontaneamente na cidade. E o pior é que nem mesmo os programas de moradia popular são promovidos para diminuir o enorme déficit habitacional de Belo Horizonte, que é um dos maiores do país. Até mesmo o Programa Minha Casa, Minha Vida para famílias de baixa renda é ignorado e nenhuma casa foi construída por esse programa na capital. O número de inscritos nele é de 198 mil famílias, ou seja, cerca de 1 milhão de pessoas, mas a prefeitura, ao invés de promover um convênio com o governo federal, prefere tratar as ocupações urbanas como caso de polícia. Além disso, existem 70 mil imóveis ociosos que são utilizados pela especulação imobiliária, porque a prefeitura não aplica as leis vigentes e não dá destinação social a eles.

Uma comissão de famílias da ocupação foi até um comício realizado por Márcio Lacerda, na Praça da Febem, no Barreiro, para cobrar uma audiência que resolveria definitivamente a situação da construção das moradias. Lacerda ficou sem reação e nervoso.

Solidariedade

No evento Duelo Nacional de MCs, que reuniu milhares de pessoas debaixo do Viaduto Santa Tereza, houve mais  apoio à ocupação Eliana Silva.

A primeira foi de Leonardo Bicalho: “Nós estamos lutando pela cidade, para ocupar a cidade, fazer dela algo nosso. Por isso, nós nos solidarizamos com todas as ocupações urbanas, com todas as comunidades em luta nessa cidade!!! Somos todos Eliana Silva!!!” E, numa aparição surpresa no evento, o rapper Emicida arrematou, abrindo a bandeira do MLB bem alto e falando: “Esse lugar é nosso, nós construímos isso aqui, enquanto eles deixam abandonado, nós damos vida, enquanto eles abandonam, nós ocupamos e fazemos cultura!”

Um grupo de arquitetos da UFMG que desenvolve projetos e moradias populares também reuniu-se com o MLB e apresentou propostas para a construção de habitações populares na ocupação. O grupo é composto, principalmente, por professores sensibilizados com a luta urbana. Com a nova ocupação Eliana Silva cresce a luta popular em Minas e no Brasil.

Redação Minas Gerais

Estudantes de Belém contra aumento de passagem

0

No final de julho, o Conselho de Transporte de Belém aprovou reajuste no valor da passagem do transporte público, que passou de R$ 2 para R$ 2,20, fato que gerou grande revolta da população da capital paraense. O aumento representou quase o dobro do reajuste do salário mínimo.

Uma grande frente estudantil foi formada, incluindo a Uesb, Fepet, DCEs, UJR e outras organizações políticas, e levou às ruas mais de mil manifestantes até a sede da Prefeitura, no dia 9 de agosto. O ato, até então pacífico, foi recebido pela Guarda Municipal de Belém com spray de pimenta, bombas de efeito moral e balas de borracha, ferindo dezenas de estudantes, entre eles a aluna do IFPA Jaquelliny Lopes, diretora da Fenet, que ficou com o pé ferido.

A truculência da Prefeitura, que ganhou destaque na imprensa nacional, aumentou ainda mais o ânimo da juventude que, no dia 14, voltou às ruas contando, desta vez, com a solidariedade de categorias profissionais do Município, a exemplo dos servidores da Saúde que se encontravam em greve.

Com as mobilizações, o movimento arrancou o compromisso de uma audiência com o prefeito, onde reivindicou: revogação do aumento; audiência pública sobre a condição do transporte; meia-passagem para alunos de cursos pré-vestibulares; passe-livre aos estudantes; gratuidade, num domingo por mês, nos ônibus; fim da taxa de R$ 22 para emissão da segunda via da meia-passagem; e a garantia de que qualquer outra proposta de aumento seja submetida a audiência pública com a sociedade civil. O prefeito só acatou a proposta de abolição da taxa da segunda via da meia-passagem.

Um calendário de lutas já está marcado para continuar as manifestações no mês de setembro, pelo congelamento por tempo indeterminado da tarifa, pela meia-passagem aos estudantes de cursinhos e pelo passe-livre aos estudantes.

Matheus Tavares, presidente da Federação Paraense dos Estudantes de Escolas Técnicas e membro da UJR

Agosto rebelde em Caruaru

0

No dia 10 de agosto, mais de 500 jovens de escolas  estaduais saíram em caminhada até o Marco Zero da cidade de Caruaru, no Agreste pernambucano, e lá entregaram uma pauta de reivindicações da juventude a um dos candidatos a prefeito do Município. A passeata foi organizada pela União dos Estudantes Secundaristas de Caruaru (Uesc) e pela União dos Estudantes Secundaristas de Pernambuco (Uespe), que têm como bandeiras de luta a reivindicação de implantação imediata de 10 % do PIB para educação, eleições diretas para a diretoria das escolas, passe-livre nos transportes urbanos e meia-passagem intermunicipal.

Segundo o diretor-executivo da Uesc, Gleison dos Santos, “a lista tríplice para indicação de diretor de escola é uma múmia morta e enterrada, que agora o governador Eduardo Campos quer ressuscitar para poder indicar os diretores e, assim, esconder da sociedade o descaso com a educação pública”.

Redação PE

Educação Pública x Educação Privada

0

O Brasil ocupa o 53º lugar em educação, entre 65 países avaliados no mundo. Sabemos bem que a educação não é prioridade para os governos, e prova disso é que aumenta a cada dia o grau de sucateamento das escolas. O pior de tudo é que rios de dinheiro são desviados dos cofres públicos para empresas privadas do setor da educação, a exemplo do sistema S (Senai, Sesi, Senac), ainda o ProUni e o Pronatec, aos quais o governo federal repassa enormes quantias de verbas públicas sob pretexto de dar oportunidade às pessoas que não conseguiram uma vaga em instituições públicas. O fato é que todo esse dinheiro, se investido no setor público, ampliaria o número de novos estudantes do ensino técnico.

O Estado do Piauí vem se destacando pelo fato de suas escolas receberem títulos tão diferentes como a Escola Dom Barreto, em Teresina, que está entre uma das melhores do Brasil, enquanto a Escola Municipal Francisco José dos Santos, em Santa Rosa do Piauí, é considerada a terceira pior do país. Atualmente as Secretarias de Educação do Estado e da cidade de Teresina são administradas por empresários, donos de escolas e universidades particulares, e uma de suas estratégias é sucatear cada vez mais a educação pública para aumentar seus lucros.

E como é o povo que sempre fica com o ônus, o Estado continua em segundo lugar no ranking dos Estados brasileiros com o maior número de jovens e adultos analfabetos, totalizando 563 mil pessoas.

Natália Santos, estudante do Liceu Piauiense e militante da UJR

Estudantes debatem recursos energéticos na Fumec

0

Um debate sobre o tema dos recursos energéticos ocorreu na Faculdade de Engenharia da Fumec, em Minas Gerais, como parte da programação de calourada dos estudantes da universidade. O auditório lotado e a grande participação estudantil mostrou o quanto é importante debater temas como esse na universidade.

Cerca de 300 estudantes participaram do debate “Os Recursos Energéticos no Brasil”, realizado pelo Diretório Acadêmico de Engenharia da Fumec em conjunto com o Diretório Central dos Estudantes e a Converge-Jr., no dia 22 de agosto. Como palestrantes participaram o professor Wladmir Coelho, responsável pela coluna Petróleo e Política no portal Diário Liberdade e mestre em direito; o engenheiro Cláudio Homero, doutor em Engenharia Química pela Universidade Federal de Uberlândia; o professor Nilo Sérgio, ex-presidente do Sindicato dos Engenheiros (MG); e o professor Gustavo Isaia, coordenador do curso de Engenharia Bioenergética da Fumec, além de representantes do Crea-RJ.

A discussão sobre os recursos energéticos está cada vez mais presente na sociedade porque a disputa pelo petróleo tem causado guerras e conflitos em várias regiões do mundo, onde a soberania nacional e interesses econômicos têm se colocado em campos opostos. Todos os palestrantes destacaram o caráter privatista da política energética adotada no Brasil, especialmente através dos leilões organizados pela Agência Nacional do Petróleo (ANP).

Outro debate abordou o fim dos contratos de concessão das hidrelétricas e a descoberta do pré-sal. Do ponto de vista dos que pensam na soberania nacional, no equilíbrio da natureza e numa política voltada para a melhoria das condições sociais da população, essas riquezas devem servir para melhorar as condições vida do povo, aplicando-se uma política de tarifas mais acessíveis e o controle social.

Ana Gabriela Santana, estudante da Fumec

Passeata relembra luta de Emmanuel Bezerra

0

A União dos Estudantes Secundaristas Potiguares (Uesp) e a União da Juventude Rebelião (UJR) organizaram, no último dia 16, em Natal, uma manifestação que ocupou a Secretaria Estadual de Educação do RN.

O ato teve como objetivo relembrar a história de luta de tantos estudantes e jovens que deram suas vidas defendendo o povo brasileiro no período da ditadura militar. Um deles foi Emmanuel Bezerra dos Santos, estudante secundarista e universitário na cidade de Natal, que foi perseguido e barbaramente assassinado.

Os estudantes denunciaram os cortes e os poucos investimentos na educação pública e o descaso com que são tratadas as escolas do Estado. Cobraram um quadro completo de professores e a construção ou reforma das quadras esportivas, apontando como absurdos os enormes gastos com as obras de um novo estádio de futebol para a Copa 2014. Exigiram ainda estrutura para os laboratórios de química e informática, climatização das salas de aula e acessibilidade aos portadores de deficiências.

Com a ocupação, uma comissão de estudantil foi recebida pela secretária de Educação Betânia Carvalho, e por seu adjunto, Joaquim Juraci de Oliveira. A secretária se comprometeu a visitar prioritariamente as dez escolas ali representadas até o fim de setembro, para falar com os estudantes, professores, funcionário e direções, levando com ela uma equipe de engenheiros e técnicos com a finalidade tratar da situação das unidades, diante da pauta de reivindicações apresentada.

Samara Martins,
presidente da Uesp e militante da UJR

Manifestação encerra Eijaa em Caracas

0

Entre os dias 4 e 10 de agosto, na cidade de Caracas, capital da Venezuela, aconteceu a 23ª edição do Encontro Internacional da Juventude Antifascista e Anti-imperialista (EIJAA), que a cada dois anos reúne jovens revolucionários de diversos países na luta por um mundo novo e contra as intervenções imperialistas contra os povos e a juventude.

Estiveram presentes na Universidade Bolivariana da Venezuela delegações da Alemanha, Argentina, Áustria, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, França, Inglaterra, Líbano, País Basco, Peru, República Dominicana, Turquia, Venezuela e Brasil. Temas como cultura, educação, meio-ambiente, lutas da juventude no mundo e a repressão aos movimentos sociais foram abordados, sempre tendo em vista a crise econômica do capitalismo que assola o mundo.

Muitas consequências da crise são comuns aos jovens destes diversos países: desemprego, aumento da repressão policial, queda na qualidade da educação, perda de perspectiva de futuro; aumentando consequentemente os índices de alcoolismo, consumo de drogas e de suicídios.

Contra tudo isso, uma grande quantidade de lutas tem sido protagonizada pela juventude nos últimos anos: greves pelo aumento nos investimentos da educação, lutas contra os cortes das áreas sociais, protestos contra as demissões e, de uma forma mais clara e decidida, a denúncia do imperialismo como o grande responsável pelos problemas sociais que assolam o mundo.

A delegação brasileira, formada por treze pessoas, se fez presente em todos os espaços do acampamento, levando questões importantes da conjuntura política do país: a campanha pela punição dos torturadores e assassinos da Ditadura Militar; a denúncia dos mais de 90 dias de greves das universidades federais; a mobilização crescente do movimento estudantil pelos 10% do PIB para a educação, etc.

As atividades culturais organizadas pelos próprios participantes dos diversos países foram uma grande oportunidade para apresentar a cultura popular, mostrando que também na cultura é preciso e possível combater o massacre da cultura imperialista que tenta anular a participação do povo nas manifestações artísticas.

O término do acampamento aconteceu com uma combativa manifestação que tomou as ruas de Caracas com palavras de ordem e muitas denúncias contra o imperialismo, somando-se ao espírito do povo venezuelano, que nos últimos anos vem travando uma grande luta pela soberania nacional com várias mudanças sociais promovidas pela grande mobilização popular e pelas ações do Governo de Hugo Chávez.

Rafael Pires,
coordenação da UJR

A importância da divulgação do jornal A Verdade

0

Hoje as atividades do jornal A Verdade servem de estímulo aos seus admiradores, aliados e assinantes, e é principalmente nas brigadas e assembleias que o jornal concentra todos, com o intuito de divulgar e propagandear a impressa que defende o interesse dos trabalhadores. Exemplo disso são os companheiros da cidade de Carpina, em Pernambuco, que mensalmente realizam assembleias nas associações de moradores, creches, escolas, etc., além de brigadas nas fábricas, comércio e faculdades.

Nas assembleias realizadas nas escolas são dezenas de alunos que leem e debatem um tema que, muitas vezes, tem a ver com a sua realidade e conhecem mais o nosso jornal. Diante disso, temos que intensificar nossa agitação política em todos os lugares e, onde não estão sendo realizadas essas atividades, devemos retomá-las com ânimo novo. Se, em todo começo de mês, realizarmos assembleias e brigadas, teremos um jornal quinzenal como todos queremos e, em breve, diário, para defender mais fortemente o socialismo em nosso país.

Marcelo Pessoa, Carpina