Com um plenário lotado, principalmente por mulheres, a última segunda-feira do mês de março, 25, marcou o encerramento da agenda de audiências dedicadas às mulheres vítimas da tortura no Brasil, realizadas pela Comissão da Verdade de São Paulo, na Assembleia Legislativa do Estado.
Organizada em parceria com a Comissão Nacional da Verdade, a audiência pública Verdade e gênero: a violência da ditadura contra as mulheres contou com a presença de diversas vítimas dessa atrocidade e também de representantes dos movimentos de mulheres de várias regiões paulistas.
Na mesa presidida por Adriano Diogo, deputado estadual e presidente da Comissão Paulista, estiveram presentes Paulo Sérgio Pinheiro, Rosa Maria Cardoso e Maria Rita Kehl, membros da Comissão Nacional.
A ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, Eleonora Menicucci de Oliveira, também esteve presente e fez um emocionado discurso sobre Inês Etienne Romeu, única sobrevivente da Casa da Morte, centro de tortura e desaparecimento forçado localizado em Petrópolis, no Rio de Janeiro.
Inês, que não pôde estar presente ao ato devido a sérios problemas de saúde, foi homenageada não somente por ter suportado por 96 dias as mais terríveis torturas, sendo vítima de estupros e todo tipo de humilhação enquanto esteve sequestrada, mas também por reconhecimento ao corajoso depoimento que fez após conseguir se libertar, enganando os torturadores ao fingir que havia virado aliada da repressão, o que permitiu que viesse a público a existência da Casa da Morte e de vários companheiros de que ela presenciou a prisão e assassinato.
A filósofa Ivone Gebara proferiu uma palestra, na audiência, em quetratou do tema verdade e gênero e relatou que o ódio particular que os torturadores sentiam pelas mulheres tinha raízes da sociedade patriarcal. Era como se essas mulheres estivessem no lugar errado e sua coragem de romper com o que a sociedade esperava delas – donas de casa, dóceis e amáveis – despertasse neles uma raiva irracional.
Um dos momentos mais emocionantes do evento foi o relato da companheira Amelinha Teles sobre a tortura que ela mesma sofreu. Os filhos de Amelinha foram sequestrados junto dela, seu companheiro, César, e sua irmã grávida, Crimeia. Amelinha contou que os torturadores levaram os filhos para vê-la naquela situação: torturada, urinada, com fezes, humilhada. “Eles usaram a maternidade contra nós”, disse.
Pela primeira vez publicamente, depois de 40 anos e toda sua história de luta em busca de justiça, Amelinha descreveu a violência sexual que sofreu na prisão. Estava amarrada à cadeira do dragão (instrumento de tortura, uma cadeira à qual o prisioneiro fica amarrado enquanto toma choques elétricos), quando o torturador Lourival Gaeta, conhecido por “Mangabeira”, começou a masturbar-se na sua frente. Ao ejacular, lançou o sêmen em cima de seu corpo. Amelinha desabafou: “Não gosto de falar sobre isso, mas sei da importância de tratar desse assunto, da desigualdade entre homens e mulheres na hora da tortura. Eles usaram da desigualdade para nos torturar mais”.
Vivian Mendes,
assessora da Comissão da Verdade do Estado de São Paulo “Rubens Paiva” e militante do PCR
No último dia 15 de março, em ato realizado na Universidade de São Paulo (USP), o Governo do Estado retificou formalmente o atestado de óbito do jornalista Vladimir Herzog (ver A Verdade nº112), assassinado pela Ditadura Militar em 25 de outubro de 1975. A correção corresponde à execução da sentença do juiz Márcio Bonilha Filho, da 2ª Vara de Registros Públicos de São Paulo, que acatou pedido da viúva do jornalista, Clarice Herzog. Ao invés da versão falsificada de suicídio, agora consta no atestado: “A morte decorreu de lesões e maus-tratos sofridos em dependência do 2º Exército – SP (DOI-Codi)”.
A ministra da Secretaria Nacional de Direitos Humanos, Maria do Rosário, que entregou à família o novo documento, disse que o antigo atestado de óbito “foi escrito pela caneta dos que tinham o poder”. Para o filho de Vlado, Ivo Herzog, o reconhecimento por parte do Estado pela morte de seu pai “significa enterrar um documento mentiroso que nos humilhava”.
O Estado brasileiro foi denunciado pela Organização dos Estados Americanos (OEA), em março de 2012, por não apurar as circunstâncias da morte do jornalista (já rejeitada a tese de suicídio), bem como punir os culpados. O Governo Federal, por sua vez, defendeu-se com base na Lei da Anistia, que impede punições aos agentes estatais responsáveis pela repressão.
Sendo assim, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA, baseada em jurisprudência da Corte Interamericana, que estabelece como inadmissíveis disposições de anistia destinadas a impedir a investigação e a punição dos responsáveis por violações de direitos humanos, como a tortura, execuções sumárias, prisões e desaparecimentos forçados, anunciou oficialmente, em janeiro deste ano, que vai abrir investigação por conta própria para apurar os fatos e os responsáveis pelo assassinato.
Um novo marco jurídico pode estar sendo aberto no tocante aos crimes da Ditadura Militar no Brasil. “Essa decisão não favorece só a minha família. Beneficia muitas famílias que vivem situações semelhantes”, afirmou Ivo Herzog.
Jornalistas perseguidos, torturados e mortos
“O direito à informação foi violentado de forma brutal na Ditadura, com prisões, empastelamento de jornais, exílio e a morte de muitos companheiros jornalistas”, atestou Rose Nogueira, integrante da Comissão Nacional da Verdade dos Jornalistas, após assinar convênio de cooperação com a Comissão Nacional da Verdade (CNV), no último dia 25 de março. A Comissão foi criada pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) no Congresso da categoria, em Rio Branco, no Acre, em dezembro passado.
Rose Nogueira (ver A Verdade nº 125) é ainda diretora do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) e presidente do Grupo Tortura Nunca Mais (SP). Fazia parte da equipe de redação dirigida por Vladimir Herzog na TV Cultura, na ocasião em que foi assassinado.
Fazem parte ainda da Comissão os jornalistas Audálio Dantas (presidindo os trabalhos), ele que era presidente do SJSP há época da morte de Vlado e que foi também presidente da Fenaj e deputado federal; Carlos Alberto Oliveira, ex-presidente do Sindicato dos Jornalistas do Município Rio de Janeiro; Nilmário Miranda, ex-presidente do Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais, ex-deputado federal, ex-ministro dos Direitos Humanos e atualmente membro da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça; e Sérgio Murillo de Andrade, diretor e ex-presidente da Fenaj. Até agora, foram confirmados os nomes de 16 jornalistas desaparecidos, mas há informações de outras investigações que apontam um total de 25 jornalistas mortos.
O livro “Direito à Memória e à Verdade”, lançado em 2007 pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, traz registrados, como jornalistas, 16 companheiros que tombaram na luta contra o regime militar e que são considerados desaparecidos políticos. São eles:
EDMUR PÉRICLES CAMARGO
HIRAN DE LIMA PEREIRA
JAYME AMORIM DE MIRANDA
JOAQUIM CÂMARA FERREIRA
JOSÉ ROBERTO SPIEGNER
LINCOLN CORDEIRO OEST
LUIZ EDUARDO DA ROCHA MERLINO
LUIZ GHILARDINI
LUIZ IGNÁCIO MARANHÃO FILHO
MÁRIO ALVES DE SOUZA VIEIRA
NESTOR VERA
ORLANDO DA SILVA ROSA BONFIM JÚNIOR
PEDRO VENTURA FELIPE DE ARAÚJO POMAR
RUI OSVALDO AGUIAR PFÜTZENREUTER
THOMAZ ANTÔNIO DA SILVA MEIRELLES NETTO
WÂNIO JOSÉ DE MATTOS
A Verdade destaca a história de alguns destes jornalistas que, seja na imprensa comercial, alternativa ou partidária, combateram pela liberdade de expressão, pela derrubada da Ditadura Militar e pelo socialismo.
JAYME AMORIM DE MIRANDA
Nascido em 18 de julho de 1926, em Maceió, Alagoas, além de jornalista, foi advogado e sargento do Exército. Membro do Comitê Central do PCB, chegando a ocupar sua Secretaria de Organização. Era casado e pai de quatro filhos. Trabalhou no jornal A Voz do Povo, na Capital alagoana, até ser preso, e como tradutor clandestino de várias publicações importantes do Rio de Janeiro e São Paulo, já que era poliglota. Viajou várias vezes à União Soviética para cumprir tarefas partidárias e para tratamento da saúde. No dia 04 de fevereiro de 1975, deixou sua casa pela última vez e desapareceu. Há dúvidas se foi morto em São Paulo, Capital, ou no interior do Estado, e há relatos de que seu corpo teria sido jogado ao mar.
JOAQUIM CÂMARA FERREIRA
Nascido em 05 de setembro de 1913, em Jaboticabal, São Paulo, era mais conhecido pelo codinome Toledo, tendo assumido o comando da Ação Libertadora Nacional (ALN) após a morte de Carlos Marighella, em novembro de 1968. Foi um dos dirigentes do sequestro do então embaixador dos EUA no Brasil Charles Burke Elbrick, em fevereiro de 1969, resultando na libertação de 15 presos políticos de diversas organizações (ver os filmes O que é isso, companheiro? e Hércules 56). Antes, foi diretor de diversas publicações do PCB, até ser preso e torturado no Estado Novo de Getúlio Vargas. Depois disso, concentra sua atuação entre os trabalhadores ferroviários. É preso, antes do golpe de 1964, quando realizava palestra para os operários de São Bernardo do Campo sobre a importância da imprensa na luta pelas Reformas de Base propostas pelo presidente João Goulart. Anos depois, já na clandestinidade, foi novamente preso e morto, sob torturas, no mesmo dia, 23 de setembro de 1973, a partir do que não se tem mais registros sobre seu corpo.
LUIZ IGNÁCIO MARANHÃO FILHO
Nascido em 25 de janeiro de 1921, em Natal, Rio Grande do Norte, também atuou como advogado, professor universitário e chegou a se eleger deputado estadual em seu Estado, em 1958. Seu irmão, Djalma Maranhão, era prefeito da Capital potiguar quando da deposição de Jango em 1964. Colaborou com diversas publicações impressas, especialmente para o Diário de Natal e a Revista Civilização Brasileira. Preso e torturado, em 1952, na Base da Aeronáutica de Natal. Viajou a Cuba juntamente com Francisco Julião, das Ligas Camponesas, pouco antes do golpe de 1964, para se encontrar com Fidel Castro. Após seu regresso, foi preso e levado à Ilha de Itamaracá, com seu irmão e o governador de Pernambuco, Miguel Arraes, ambos com mandatos cassados. Solto, cai na clandestinidade e se fixa no Rio de Janeiro. Em maio de 1974, é morto nas dependências do DOI-Codi/RJ, estando seu corpo desaparecido até hoje.
MÁRIOS ALVES DE SOUZA VIEIRA
Nascido em 14 de junho de 1923, em Sento Sé, Bahia. Iniciou sua militância política aos 16 anos. Foi um dos fundadores da União dos Estudantes da Bahia e participou ativamente da vida da UNE durante o Estado Novo. Chegou a se formar no curso de superior de Letras, em Salvador. Em 1957, é eleito para o Comitê Central do PCB, dirigindo organismos do Partido nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Como jornalista, dirigiu os jornais Novos Rumos e Imprensa Popular. Já na clandestinidade, ficou preso por um ano pouco depois do golpe de 1964. Em 1968, formalizou sua dissidência com a linha de Prestes e do PCB, organizando o PCBR, junto com o histórico dirigente Apolônio de Carvalho. No dia 16 de janeiro de 1970, saiu de casa, à noite, e não mais voltou. Morreu no dia seguinte, nas dependências de um quartel do Exército na Rua Barão de Mesquita, na Capital Rio de Janeiro. Foi brutalmente espancado e empalado até a morte no pau-de-arara. Do seu corpo não se tem notícias. Sua esposa, Dilma Borges Vieira, foi uma das precursoras do movimento dos mortos e desaparecidos.
Rafael Freire,
presidente do Sindicato dos Jornalistas da Paraíba
“Luiz Carlos Prestes – o combate por um partido revolucionário (1958 – 1990)” é o título da recente obra lançada pela editora Expressão Popular, de autoria da historiadora e filha do líder comunista, Anita Leocádia Prestes.
Anita esteve em várias cidades do Nordeste lançando o livro, entre elas Fortaleza, Aracaju, João Pessoa (UFPB), Campina Grande (UFCG) e Recife. Na Capital pernambucana a noite de autógrafos aconteceu no auditório do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Pernambuco (CREA-PE).
Em sua palestra, a escritora traz uma abordagem geral da obra e explica que, com este livro, acredita ter terminado o levantamento de um período da política brasileira, que termina em 1990. Agora ela se voltará para a construção de uma biografia do “Cavaleiro da Esperança”. Anita é filha de Luiz Carlos Prestes e da revolucionária alemã Olga Benario.
Dando prosseguimento às pesquisas que vem empreendendo sobre o papel de Luiz Carlos Prestes na elaboração e na aplicação das políticas do PCB, a professora Anita Leocádia Prestes apresenta, neste livro, as vicissitudes enfrentadas pelo Partido através de uma documentação diversificada e abrangente.
Importante leitura sobre a organização dos comunistas no Brasil.
Em 2012, foram assassinados 32 trabalhadores e trabalhadoras na luta pela terra, um aumento de 10,3% em relação ao ano de 2011. Também aumentaram os casos em que comunidades sofrem pressão por causa da expansão dos megaempreendimentos capitalistas que disputam territórios habitados por pequenas comunidades. “As comunidades tradicionais têm uma relação diferente com a terra, com a questão da natureza e com a própria organização social. Esses espaços vão muito além do geográfico porque são também culturais. Não adianta levar essas pessoas para outra realidade”, afirma IsoleteWichinieski, da coordenação nacional da Comissão Pastoral da Terra (CPT).
O mais recente assassinato ocorreu no dia 16 de março. O agricultor Gilzan Teixeira Lima, uma das lideranças do Projeto de Assentamento Brasília, em Castelo de Sonhos, município de Altamira-PA, foi assassinado na zona urbana com uma facada no pescoço. Ele era esposo de Izabel de Oliveira, presidente da Associação do Assentamento, e vinha denunciando ameaça de morte contra ela. “Gilzan foi assassinado, como irmã Dorothy e Brasília, com requintes de crueldade, visando calar a voz dos que se opõem ao latifúndio na região”, afirma nota de movimentos sociais do Pará publicada pela CPT.
Bartolomeu Moraes da Silva, ou “Brasília”, morto em Altamira, era um dos principais líderes na luta contra a violenta pressão de madeireiros e fazendeiros sobre pequenos produtores rurais do sul do Pará. O corpo de Bartolomeu apresentava sinais de tortura, estrangulamento e fraturas nas pernas, e estava perfurado com doze tiros. Ninguém foi condenado pelo assassinato de Brasília nem de outros trabalhadores anônimos que tiveram suas vidas ceifadas na luta pela terra.
A violência rural é histórica, no sentido de que é praticada pelas elites fundiárias contra os camponeses. As políticas do governo federal de combate à violência rural têm sido pouco eficazes, enquanto a resistência dos ruralistas e da bancada ruralista no Congresso Nacional tem sido eficiente na obstrução das propostas e políticas públicas que se propõemerradicar a violência.
Embora para este ano estejam previstos alguns julgamentos – como o do assassinato dos quatro fiscais da Delegacia Regional do Ministério do Trabalho perto da Fazenda Bocaina, município de Unaí-MG –, a maioria dos crimes ocorridos neste contexto continua impune. Pesquisa feita pela Comissão Pastoral da Terra até 2011 aponta que apenas 8% dos casos de assassinato ocorridos em conflitos agrários desde 1985 foram julgados, dos 1.186 casos monitorados pela organização, e que 94 pessoas foram condenadas pelo menos em primeira instância, entre elas 21 mandantes e 73 executores dos homicídios. São as exceções para confirmar a regra de impunidade dos latifundiários e da burguesia.
Nos dias 21 e 22 de março, no Complexo das Comissões da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará, foi realizado o Seminário de Direitos Humanos promovido pelo Movimento de Lutas nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB), em parceria com a Associação dos Defensores Públicos do Estado do Ceará (ADPEC), e apoio da Secretaria de Justiça do Ceará, da deputada estadual Eliane Novais (PSB-CE), da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia e da Coordenadoria de Direitos Humanos.
Com uma programação bem diversificada, o seminário debateu a igualdade de gênero, a violência urbana, a memória e a justiça, cidade e moradia, tendo como debatedores defensores públicos, lideranças populares, juízes e professores universitários.
O público foi composto por 40 lideranças do MLB e de diversos movimentos populares e sociais, a exemplo do Movimento População de Rua, Federação de Bairros e Favelas de Fortaleza, Movimento Olga Benário e Movimento de Pessoas com Deficiência, entre outros.
Em clima de atenção, o debate sobre as violações dos direitos humanos provocado pelo sistema capitalista concluiu que era necessário lutar contra essas injustiças. Já o painel sobre moradia denunciou a violência nas desocupações forçadas e lançou uma proposta para a criação de um Grupo de Trabalho para acompanhar a situação.
Ao final, houve um debate sobre Memória, Verdade e Justiça, com a participação de Sílvio Mota (ex-militante da ALN e coordenador do Comitê da Verdade do Ceará), que reafirmou o dever e a tarefa, de cada militante, de empunhar essa bandeira e dar continuidade à luta pelo socialismo.
Virgínia Ferreira, coordenadora nacional do Movimento de Lutas nos Bairros, Vilas e Favelas-MLB
O crescimento do número de simpatizantes neonazistas tem se tornado uma tendência internacional. É o que aponta um monitoramento da internet realizado pela antropóloga e pesquisadora da Unicamp, Adriana Dias. De 2002 a 2009, o número de sites que veiculam informações de interesse neonazistas subiu 170%, saltando de 7.600 para 20.502. No mesmo período, os comentários em fóruns sobre o tema cresceram 42.585%.
Nas redes sociais, os dados são igualmente alarmantes. Existem comunidades neonazistas, antissemitas e negacionistas em 91% das 250 redes sociais analisadas pela antropóloga. E nos últimos 9 anos, o número de blogs sobre o assunto cresceu mais de 550%.
Adriana Dias trabalha há 11 anos mapeando grupos neonazistas que atuam na internet e também no mundo não virtual. Devido ao conhecimento construído, a pesquisadora já prestou consultoria para a Polícia Federal e para serviços de inteligência de Portugal, Espanha e outros países.
– Veja as estatísticas do crescimento de sites com assuntos neonazistas:
Brasil
Segunda Adriana, os grupos neonazistas eram predominantes no sul do país, mas nos últimos anos têm crescido vertiginosamente no Distrito Federal, em Minas Gerais e em São Paulo. Ela vem mapeando o número de internautas que baixam arquivos de sites neonazistas e considera simpatizantes aqueles que já fizeram mais de 100 downloads. Por esse critério, seus dados de 2013 apontam que há aproximadamente 105 mil neonazistas na região Sul.
– Estados com maior número de internautas que baixaram mais de 100 arquivos de sites neonazistas (clique nos estados)
No caso de Minas Gerais, os movimentos parecem ter ganhado fôlego em 2009, como forma de responder ao assassinato de Bernardo Dayrell Pedroso. Fundador da revista digital “O Martelo”, ele era uma referência do movimento neonazista na cidade. Acabou morto em um evento no município de Quatro Barras (PR), por uma outra gangue de skinheads neonazistas que via em Bernardo uma barreira para sua ascenção.
Organização
Não é possível descrever um único percurso para ingresso no movimento neonazista. Mas há uma trajetória mais comum: “Geralmente, eles atendem ao proselitismo na juventude. O jovem em busca de uma causa acaba recebido pelo grupo, que o convencem de que o negro ou o judeu tomou seu espaço no mercado de trabalho, na universidade, etc”, explica Adriana Dias.
Os líderes dos grupos geralmente não participam das ações violentas. “São pessoas que já possuem uma condição financeira melhor e geralmente possuem curso superior. Eles conduzem o movimento e leem muito material antissemita. Possuem um alto grau de instrução e buscam se resguardar de eventuais ações judiciais”, descreve a pesquisadora.
Em 12 de abril de 1961, o soviético Yuri Gagárin foi o primeiro homem a viajar pelo espaço, a bordo da nave Vostok-1. A missão, lançada do Cosmódromo de Baikonur, durou 1 hora e 48 minutos, e consistiu de uma volta em órbita da Terra a 315 km de altitude. A frase de Gagárin “A Terra é azul!” entrou para a história.
A tecnologia espacial soviética impressionou o mundo. Em 4 de outubro de 1957 a União Soviética lançou o satélite Sputnik 1. Poucas semanas mais tarde, a cadela Laika foi enviada ao espaço. Os Estados Unidos reagiram em 1958, com o envio da sonda Explorer 1 e a criação da Nasa.
Três semanas depois do feito histórico de Gagárin, os EUA enviaram o astronauta Alan Shepard como primeiro norte-americano ao espaço, só que num vôo balístico e que durou apenas 15 minutos.
Em maio de 1961, o então presidente John Kennedy prometeu que, até o final da década, um norte-americano pisaria na Lua. O passo seguinte foi de John Glenn, a 20 de fevereiro de 1962, com três voltas em torno da Terra.
Enquanto isso, os técnicos e engenheiros soviéticos continuavam impressionando o mundo com uma série de recordes. Em 1963, Valentina Tereshkova foi a primeira mulher no espaço sideral; dois anos depois, o cosmonauta Alexei Leonov foi o primeiro a flutuar por dez minutos fora de sua cápsula; e, no ano seguinte, o módulo Luna 9 pousou na Lua.
Confira abaixo alguns dos feitos espaciais soviéticos:
· 1957: Lançamento do R-7 Semyorka. O Primeiro Míssil Balístico Intercontinental.
· 1957: Lançamento do Primeiro Satélite da história: Sputnik 1.
· 1957: Primeiro ser vivo em órbita: a cadela Laika, no Sputnik 2.
· 1959: Lançamento de um míssil, o primeiro objeto feito pelo homem a sair da órbita da terra, Luna 1
· 1959: Primeiro objeto a passar próximo da lua, e o primeiro objeto a orbitar a Lua, Luna 1.
· 1959: Primeiro satélite a atingir a Lua, Luna 2
· 1959: Primeiras imagens do Lado Negro da Lua, Luna 3
· 1960: Lançamento do Marsnik 1, primeiro satélite a ser lançado para Marte.
· 1961: Primeiro Satélite a Vênus, Venera 1
· 1961: Primeira pessoa a entrar em órbita na Terra, Yuri Gagarinno Vostok 1.
· 1961: Primeira pessoa a passar um dia em órbita, Gherman Titov no Vostok 2
· 1962: Primeiro vôo de dois cosmonautas, nos Vostok 3 e 4.
· 1963: Primeira mulher no espaço, Valentina Tereshkova, Vostok 6.
· 1964: Primeiro vôo de vários cosmonautas, Voskhod 1
· 1965: Primeira pessoa a andar no espaço, Aleksei Leonov, Voskhod 2.
· 1965: Primeira Sonda a outro planeta (Vênus), Venera 3.
· 1966: Primeira Sonda a descer na Lua, Luna 9
· 1966: Primeira Sonda a orbitar a Lua, Luna 10.
· 1967: Primeira vez em que duas naves (Kosmos 186 e Kosmos 188, ambas sem tripulação) se encontram em órbita (Este feito não seria imitado pelos EUA até 2006).
· 1969: Pela primeira vez, a nave Soyuz 4 se encontra com aSoyuz 5 e sua tripulação vai para ela e volta á Terra.
· 1970:. Primeiros sinais enviados á Lua pela Luna 16.
· 1970: Primeiro robô móvel, Lunokhod 1.
· 1970: Primeiros dados envviados de uma sonda de outro planeta (Venus), Venera 7.
· 1971: Primeira estação espacial, Salyut 1.
· 1975: Primeiro satélite a orbitar Vênus e enviar dados á terra,Venera 9
· 1984: Primeira mulher a andar no espaço Svetlana Savitskaja(Salyut 7)
· 1986: Primeira equipe a visitar duas estações espaciais, Salyut eMir.
· 1986: Primeira estação espacial permanente na órbita da Terra, oMIR, de 1986 a 2001.
· 1987: Primeira equipe a passar mais de um ano a bordo da Mir,Vladimir Titov e Musa Manarov.
No último dia 10 de abril, o movimento estudantil secundarista de João Pessoa, Capital da Paraíba, obteve um grande avanço na luta pelo passe-livre estudantil. O prefeito Luciano Cartaxo (PT) anunciou a implementação deste direito para os alunos da rede municipal de ensino (cerca de 22 mil) a partir de um fundo específico da Secretaria de Educação (R$ 2,4 milhões ao ano). Serão duas passagens por dia, exclusivamente para ir à escola.
A Associação Paraibana dos Estudantes Secundaristas (Apes) esteve presente na mesa da cerimônia: “Esta é uma vitória muito importante para os estudantes de João Pessoa, pois o passe-livre é uma bandeira histórica do movimento estudantil brasileiro. Entendemos que a Prefeitura está de parabéns pela sensibilidade em perceber isto. Porém, para nós ainda não é suficiente. Esta vitória é um incentivo para continuarmos na luta para garantir o passe-livre para todos os estudantes, inclusive da rede estadual e federal, abrangendo toda a Região Metropolitana da Capital. Vamos não só manter este diálogo com a Prefeitura, para avançar na proposta apresentada hoje, mas também cobrar do Governo Estadual e dos empresários sua parcela. O transporte coletivo na nossa cidade é uma concessão pública, e as empresas de ônibus lucram muito com isso”, declarou Athamir Araújo, tesoureiro da Apes.
No último dia 27 de março, a Apes organizou uma passeata, com destino à Prefeitura de João Pessoa, para comemorar o Dia Nacional de Luta dos Estudantes e cobrar o passe-livre estudantil. Na ocasião, a entidade já havia questionado as limitações do projeto, uma vez que está sendo encarada apenas do ponto de vista da educação, mas que precisa contemplar também todas as demandas de mobilidade urbana da juventude.
Peritos do Ministério das Finanças da Grécia elaboraram um relatório no qual concluem que as dívidas da Alemanha para com o povo grego, ainda não saldadas, ascendem a cerca de 162 bilhões de euros, valor quase igual ao dos resgates da troika.
As autoridades gregas sob a direção do primeiro ministro conservador Antonis Samaras têm mantido o relatório secreto, mas o documento acabou por ser divulgado durante o fim de semana pelo jornal ateniense To Vima.
Nos termos do documento, a dívida decorre de empréstimos que o regime nazi forçou a Grécia a fazer durante a Segunda Guerra Mundial e que ascendem a 54 bilhões de euros a valores atuais; e dos cálculos sobre os encargos com a reconstrução do país, que esteve ocupado pelas tropas do Reich, na ordem dos 108 bilhões de euros. A dívida total de 162 bilhões de euros fica apenas dez bilhões de euros abaixo do valor dos resgates da troika à Grécia, acompanhados por imposições econômicas e políticas que geraram o caos social no país e cujas responsabilidades pertencem, em grande parte, ao regime alemão da Srª Merkel.
As notícias sobre as dívidas de Berlim a Atenas foram reproduzidas no site do semanário alemão Der Spiegel, mas não mereceram, até agora, comentários das autoridades. A Alemanha tem-se recusado sempre a admitir que tem dívidas para com a Grécia relacionadas com a guerra.
A baronesa Thatcher “morreu em paz”, anunciou o porta-voz da família da antiga primeira ministra britânica na manhã de segunda-feira. Desapareceu uma das “grandes estadistas” do séc. XX, comentam dirigentes políticos da atualidade e do seu tempo através da Europa e dos Estados Unidos. Na realidade, o legado da “dama de ferro” que durante 11 anos (1979-1990) governou o Reino Unido está à vista de todos nos tempos que passam: a guerra social contra os trabalhadores imposta pelo regime neoliberal globalizado.
A par de Augusto Pinochet, no Chile, e de Ronald Reagan, nos Estados Unidos, Margaret Thatcher foi uma das dirigentes que contribuiu de maneira decisiva para a implantação do regime neoliberal e consequente desmantelamento do papel dos Estados na sociedade, aplicando as teses de Milton Friedman e da chamada “Escola de Chicago”, na linha de Friedrich Von Hayek, o “guru” da “dama de ferro”.
Gerry Adams, o presidente do Sinn Féin e histórico lutador republicano irlandês, declarou a seguir à morte de Thatcher que a ex-primeira ministra britânica “provocou grandes feridas entre os irlandeses e os britânicos” durante o seu consulado. O dirigente irlandês acrescentou que devido à política da ex-primeira ministra, “as comunidades da classe trabalhadora foram devastadas” no Reino Unido. E também a nível internacional, disse, “o seu papel foi igualmente beligerante através do apoio ao ditador chileno Pinochet, da sua oposição às sanções contra o apartheid na África do Sul e do apoio aos Khmeres Vermelhos” no Cambodja.
A guerra contra a greve dos mineiros em 1981 e 1982, para a qual mobilizou efetivos policiais nunca vistos, o combate feroz contra os sindicatos desenvolvido a partir dessa vitória, e a sintonia com a administração Reagan nos Estados Unidos contribuíram para transformar radicalmente a economia mundial no sentido do poder absoluto dos mercados e a minimização do papel dos Estados. A génese da guerra social contra os trabalhadores que caracteriza a situação atual, em que a austeridade é o único meio de combate contra a crise, está no consulado de Margaret Thatcher. O seu “euroceticismo” não evitou que as políticas monetaristas e as teses fundamentalistas neoliberais fossem adotadas na União Europeia na fase do alargamento que seguiu à queda da União Soviética e durante a qual foi lançado o euro. A Srª Merkel é a versão alemã e pan-europeia da Srª Thatcher três décadas depois.
“A Constituição da Liberdade”, de Friedrich Van Hayek, foi a “bíblia” da Srª Thatcher. Van Hayek tinha opiniões com grande atualidade sobre a relação entre a democracia e as crises económicas. “As restrições à democracia podem ser necessárias num período de transição”, declarou o “guru” de Thatcher numa entrevista dada por sinal a um jornal chileno durante a ditadura neoliberal de Pinochet. Dizia ainda Van Hayek que “se a opção totalitária é a única oportunidade que existe num determinado momento, então pode ser a melhor solução”.
Para a História fica uma carta da Srª Thatcher ao seu mentor explicando as razões pelas quais não poderia seguir passo a passo a experiência chilena. “Estou segura (…) de que concorda que no Reino Unido, com as nossas instituições democráticas e a necessidade de elevado grau de consenso, algumas medidas adotadas no Chile são inaceitáveis”. Por vezes, explicava a “dama de ferro”, “o processo poderá parecer dolorosamente lento, mas estou certo de que o concretizaremos à nossa maneira e no nosso tempo. Então ficará para durar”.
Margaret Thatcher também teve a sua guerra de cariz imperial ao impedir a Argentina de assumir o controlo sobre o Arquipélago das Malvinas, conhecido também por Falkland na versão colonial. O conflito permitiu-lhe associar a vertente populista e nacionalista às transformações neoliberais, inventando então o chamado “capitalismo popular”. Por exemplo, a privatização das casas de renda social, tornando cada ocupante um proprietário, fez com que cada família tivesse que pagar mensalmente a um banco várias vezes a verba que até então entregava ao Estado.
Portugal teve o seu papel nessa guerra, ao lado da “dama de ferro”, ao permitir que aviões britânicos utilizassem os Açores à sombra da “velha aliança”, de que os governantes portugueses se esqueceram, por exemplo, durante grande parte da Segunda Guerra Mundial. A confissão dessa colaboração numa guerra de índole colonial foi feita segunda-feira pelo primeiro ministro de então, Francisco Pinto Balsemão, uma das vozes que elegeu Margaret Thatcher como “grande estadista” do séc. XX.
“Aqui na Irlanda”, lembra Gerry Adams, o culto de Thatcher “pelas velhas políticas militaristas draconianas prolongou a guerra e causou grande sofrimento. Recorreu à censura, ao ataque e à morte de cidadãos através de operações secretas, incluindo advogados como Pat Finucane, juntamente com operações militares mais abertas, e recusou-se a reconhecer o direito de voto dos cidadãos nos partidos por eles escolhidos”.
“Margaret Thatcher será especialmente recordada pelo seu vergonhoso papel durante as épicas greves da fome em 1980 e 1981”. Às mãos da “dama de ferro” morreram, nesse episódio, bravos militantes republicanos como Bobby Sands.
Centenas de pessoas se reuniram em diversas partes da Inglaterra para festejar a morte de Margaret Thatcher, uma das mais ferozes inimigas da classe trabalhadora das últimas décadas.
Conhecida principalmente por suas privatizações, pelos cortes e pela repressão aos trabalhadores, a mídia burguesa a tem apresentado como uma figura que “divide opiniões”. No entanto, para colocar claramente como são “divididas” as opiniões sobre Thatcher, basta lembrar que em seu governo 10% dos mais ricos passaram a deter 97% das riquezas do país. Tal é a “divisão de opiniões” sobre a “dama de ferro”.
No vídeo abaixo podemos ver parte de uma manifestação, na qual o letreiro de um cinema é alterado por um manifestante para a frase “Margaret Thatcher está morta”. Abaixo dessa frase é formada a sigla LOL, muito comum na internet, que significa Laughing out loud (“rindo muito alto”).
Durante as manifestações puderam ser ouvidas canções que diziam “Quem odeia a Thatcher bata palmas”, e diversas pessoas carregavam cartazes pelas ruas com dizeres como “Alegre-se, a Thatcher morreu” ou “Tin Ton! A bruxa morreu!”
Outro manifestante gritava no megafone “Leite gratuito para todos!”, numa referência a uma medida de Thatcher que retirou o leite gratuito das escolas.
Um website criado há três anos com o nome “Margaret Thatcher já morreu?” (http://www.isthatcherdeadyet.co.uk/) foi atualizado ontem pela primeira vez com a palavra “YES”.
Mas para mostrar o por que de tanta impopularidade de Thatcher com a classe trabalhadora citamos algumas de suas odiosas medidas que foram compiladas num artigo de Neil Harding, intitulado 20 reasons why I hate Thatcher (“20 razões por que eu odeio a Thatcher”).
1. Como secretária de Educação Thatcher retirou o leite da merenda escolar, desregulando posteriormente o cardápio de forma que tudo o que havia no menu era chips e hambúrguer.
2. Na primeira das duas recessões de seu governo (a pior desde 1930), um quinto da produção industrial foi destruído e o desemprego duplicou.
3. Entrou em guerra contra a Argentina pelas Ilhas Malvinas, com o objetivo claro de distrair a atenção da população para os graves problemas econômicos domésticos através da guerra estrangeira.
4. Aumentou o abismo entre ricos e pobres. Quando assumiu o governo os 50% mais ricos do país detinham 97% de toda a riqueza do país. Thatcher fez com que apenas os 10% mais ricos do país detivessem 97% da riqueza.
Thatcher e Pinochet
5. Os jovens mendigos foi uma invenção de Thatcher. O legado do desemprego massivo para a juventude e regiões com altos índices de criminalidade são uma herança de seu governo.
6. O mito da “líder forte”: isso foi uma invenção total da imprensa. A única força de Thatcher era não ter princípio algum, como mostra suas flutuantes posições sobre o tabagismo e o federalismo, por exemplo.
7. Degradação das profissões sociais: assistentes sociais foram praticamente chamados de criminosos em seu governo. O salário dos professores foi tão degradado que a profissão quase desapareceu enquanto tal.
8. “Não existe sociedade”, ela disse. Será que Thatcher previu a geração “playstation”? O egoísmo como virtude é o que parece resumir todo o senso de moralidade de Thatcher.
9. Privatização e corrupção. Thatcher privatizou seviços essenciais à população como água, gás, eletricidade, transporte urbano e rodovias.
10. A taxa de criminalidade duplicou sob Thatcher. Essa talvez seja a estatística mais surpreendente, considerando sua ênfase na “lei” e na “ordem”.
Além disso, um memorável episódio do governo Thatcher foi a feroz repressão à greve dos mineiros que durou de 5 de março de 1984 a 3 de março de 1985. Para vencer a greve Thatcher passou a importar carvão e usou de muita força policial e repressão contra os trabalhadores.
Sobre a greve dos mineiros, Thatcher escreveu em suas memórias: “Eu nunca tive dúvidas sobre o verdadeiro objetivo da esquerda ‘dura’ (hard left). Eles eram revolucionários que procuravam impor um sistema marxista na Grã-Bretanha, quaisquer fossem os meios e os custos. […] O que a derrota da greve demonstrou é que a Grã-Bretanha não podia ser tornada ingovernável pela esquerda fascista.” E completou: “Os marxistas quiseram desafiar a lei do país com o objetivo de desafiar as leis da economia. Eles falharam.”
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