UM JORNAL DOS TRABALHADORES NA LUTA PELO SOCIALISMO

sexta-feira, 2 de maio de 2025
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Encontrada ópera inédita de Shostakovich

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Perdida por mais de 70 anos, uma nova ópera do compositor soviético Dmitri Shostakovich, descoberta por sua viúva em meio a inúmeros outros documentos, foi apresentada em dezembro de 2011 pela primeira vez na história.

A ópera, chamada “Orango”, foi encomendada a Shostakovich em 1932 pelo Teatro Bolshoi, com o objetivo de comemorar os 15 anos da Revolução Russa.

Irina Antonovna Shostakovich, terceira esposa e viúva do compositor, descobriu os papeis em 2004, “muda e com as mãos e as pernas tremendo”, conforme relatou, e então contratou o compositor britânico Gerard McBurney, da Orquestra Sinfônica de Chicago, para finalizar a obra a partir de rascunhos de piano que sobreviveram.

A obra conta a história de um ser moralmente degenerado, e é uma crítica brutal ao mundo capitalista. Orango, também chamado “Jean Or”, é um homem-macaco híbrido, resultado de uma experiência genética, que se torna um violento anticomunista e dono de um jornal através de uma combinação de jornalismo de segunda categoria, fraudes na bolsa de valores e chantagens inescrupulosas – o estereótipo do burguês corrupto. Mas então sua humanidade corrompida é revertida para sua natureza animal, e ele é vendido a um circo e colocado numa jaula, sendo apresentado a todos como advertência.

Leia também: Shostakovich e Prokofiev e a música erudita da União Soviética

Segundo Gerard, nesta peça revela-se “o jovem Shostakovich, o rebelde, o sátiro, o comediante, e eu achei fascinante este seu lado”.

Uma pérola entre todos os outros documentos encontrados, Orango foi uma grande surpresa para inúmeros estudiosos que sempre duvidaram de sua existência, e até mesmo para a viúva do composistor, pois Shostakovich, segundo ela própria afirmou ao jornal Los Angeles Times, nunca nem ao menos mencionou esta obra em sua presença.

Orango reaparece, depois de tantas décadas, ecoando um passado aberto, como vestígio daquele grandioso período de florescimento das artes e da cultura soviética durante a contrução da sociedade socialista e que, como tal, urge ser resgatado.

Glauber Ataide

Nota do MLC à greve dos policiais e bombeiros militares do Ceará

Todo apoio à greve dos policiais e bombeiros militares do Ceará!

Desde 29 de dezembro de 2011, mais de 10 mil policiais e bombeiros militares cearenses estão de braços cruzados. Num ato de rebeldia e coragem, a categoria decidiu pela paralisação enfrentando a hierarquia militar, a justiça (que em pouco tempo decretou a ilegalidade da greve) e a intransigência do governo do Estado do Ceará. Na verdade esses servidores públicos estaduais tem sofrido nas mãos do Sr. Cid, que, arrogante e prepotente, durante meses não garantiu nenhum avanço das negociações, e obrigou a categoria paralisar.

Porém, não foi um privilégio dos militares. Praticamente todas as categorias do serviço público estadual paralisaram em 2011 suas atividades: professores, médicos, justiça, servidores da saúde, policiais civis. Estes últimos, após 2 meses de greve não conseguiram negociar, e foram obrigados a retornarem quando o governo cortou os salários e a justiça decretou a ilegalidade do movimento. Agora, em apoio aos militares, os policiais civis decidiram retornar a greve.

Fica mais do claro quem é o responsável por tudo isso: CID GOMES! Esse mesmo Sr., chamado de Hitler do Ceará, não possui nenhum tipo de compromisso com o serviço público de qualidade. Numa tentativa de ludibriar o povo cearense, criou diversas obras, aprovou a construção de edificios suntuosos e ainda afirma novos investimentos nas áreas de infraestrutura e turismo. Aprovou a criação de um aquário turístico no valor de 200 milhões de reais, realizado com dinheiro público mas entregue à iniciativa privada para exploração comercial. Além disso, como forma de dar uma imagem de eficiência comprou ilegalmente ‘HILUX’ no valor de 140 mil reais com bancos de couros para a polícia militar. Em outras palavras, tudo ‘para inglês ver’. Nada de melhoria de salários dos servidores, somente UM IMAGEM RENOVADA do governo.

Mas, como nada dura para sempre, a máscara já caiu. Após anos sem aumento, os policiais assim como os outros servidores decidiram LUTAR. Atualmente, centenas deles estão aquartelados, mobilizados, juntamente com suas esposas e familiares, convocando os demais para aderir à paralisação. Praticamente todas as viaturas (essas mesmas HILUX) tiveram seus pneus esvaziados e estão amontoados especialmente na 6ª companhia do 5° Batalhão de Fortaleza. O movimento já tem adesão dos principais municipios do interior: Sobral, Iguatu, Juazeiro do Norte, Barbalha, Quixadá, entre outros.

Em apenas cinco dias, esse mesmo intransigente CID GOMES foi obrigado a negociar pois a cidade de Fortaleza se tornou um caos. O medo se espalhou pela capital, a população não consegue sequer sair de casa, comércio fechado, repartições públicas com expedientes reduzidos, e, o mais importante, funcionários dos Correios paralisaram (em apoio, mas alegando insegurança); os guardas de transito do mesmo jeito, e os rodoviários provavelmente também entrarão em greve nos próximos dias. Isso prova que a solidariedade dos trabalhadores é TOTAL, mesmo sabendo que muitas categorias são reprimidas pelos policiais (e que estes cumprem a repressão por obrigação hierárquica e institucional).

Não há dúvida de que esse é o caminho de todos os trabalhadores cearenses: LUTAR, LUTAR MAIS, LUTAR SEMPRE. Parabéns aos policiais! Todo apoio e solidariedade aos que enfrentam os patrões capitalistas, seu exército, seus generais e seu Estado corrupto, governado por um capacho dos grandes empresários.

Vamos JUNTOS que a vitória é certa.

Todo apoio à pauta de reivindicações:

ANISTIA AMPLA E TOTAL PARA OS GREVISTAS!

80% DE AUMENTO PARA OS POLICIAIS CEARENSES!

REDUÇÃO DA JORNADA PARA 40 HORAS SEMANAIS!

MOVIMENTO LUTA DE CLASSES – CEARÁ

NOTA DE COMPLEMENTO

VITÓRIA: GOVERNO ATENDE À PAUTA DOS GREVISTAS!

Depois de muitas negociações, GOVERNO DO ESTADO E POLICIAIS E BOMBEIROS MILITARES redigiram um documento que, em seguida, foi levado aos manifestantes acampados na sede da 6ª Companhia do 5º BPM (Antônio Bezerra). Assinado pelas partes, garante anistia a todos os policiais e bombeiros militares que participaram do movimento, livrando-os de qualquer processo disciplinar e administrativo, bem como da instauração de inquéritos por violação ao Código Penal Militar e ao Estatuto dos Militares do Ceará.

Outro ponto acertado foi a incorporação definitiva nos salários de toda a tropa da PM e dos Bombeiros da gratificação no valor atual de R$ 920,18, que vinha sendo paga somente aos PMs que trabalham no turno C (das 6 às 22 horas). Desse modo, o salário de um soldado (posto mais baixo da corporação) será de R$ 2.634,00, retroativo ao dia 1º de janeiro de 2012.

O governo do Estado também aceitou um reajuste no valor do vale-refeição para policiais e bombeiros, que será de R$ 224,00 por mês. Os ganhos vencimentais estabelecidos no acordo serão estendidos aos inativos e pensionistas das duas corporações militares.

O documento também estabelece que a jornada de trabalho será de 40 horas semanais, podendo, de acordo com a necessidade da Corporação, serem fixadas horas-extras.

Outro item estabelecido foi a criação, no prazo de 30 dias, de uma comissão com formação paritária entre os representantes do governo e das quatro associações que congregam os militares, para formular, em 90 dias, novas regras sobre a tabela salarial, discussão de horas-extras, implantação de novo modelo para promoções e reforma no Código de Ética e Disciplina da PM, para evitar casos de assédio moral, já que os praças reclamam de constantes abusos por parte de seus superiores.

Fonte: Diario do Nordeste 4/01/12

Juventude norte-americana prefere o socialismo

De acordo com pesquisa realizada pelo instituto Pew Research Center, publicada na última quarta-feira (28/12), a maioria dos jovens estadunidenses com idade entre 18 e 29 anos tem uma visão positiva do socialismo.

Apesar da diferença ainda não ser larga – 49% tem uma visão positiva do socialismo, enquanto 43% ainda tem uma visão negativa -, os números apresentados se inverteram em apenas 20 meses. Na pesquisa anterior, 49% tinham uma visão negativa.

Os números mostram também que a diferença é pequena no estrato de baixa renda pesquisada ($30.000,00 anuais), com 43% tendo uma visão positiva do socialismo, contra 46% com uma visão negativa.

Entre os negros o socialismo leva ainda maior vantagem: 55% tem uma visão positiva, contra apenas 36% afirmando o contrário.

Glauber Ataide

Fonte: Pew Research Center

Sócrates: “Fidel representa o meu sonho de sociedade”

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Neste trecho do programa De frente com Gabi, exibido pelo SBT, Sócrates fala sobre Cuba, Fidel, o bloqueio econômico e afirma que Cuba tem o sistema político que mais se aproxima do que ele acredita ser o ideal. O ex-médico e jogador também contra-argumenta a dupla moral da mídia burguesa questionando a apresentadora sobre as barbáries do imperialismo perante as quais eles se calam.

“Não existe sociedade perfeita, mas existem algumas que se aproximam daquilo que eu acredito, e Cuba é exatamente isso.” (Sócrates)

 

Iraque: o fim de uma guerra injusta, ilegal e covarde

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No último dia 15 de dezembro o governo norte-americano anunciou o encerramento oficial da guerra do Iraque e a retirada do país dos últimos soldados da coalisão imperialista encabeçada pelos Estados Unidos e a Inglaterra, dando fim a uma guerra injusta, ilegal e covarde cujo único objetivo era a conquista e a escravização do Iraque e de seu povo.

Oficialmente, a decisão foi tomada depois que o parlamento iraquiano rejeitou a proposta dos Estados Unidos para que fosse concedida total imunidade jurídica e criminal aos soldados norte-americanos dentro do país. Entretanto, o enorme desgaste internacional provocado pela guerra, a impotência das forças invasoras frente à resistência iraquiana e a necessidade de se focar na preparação de uma possível invasão do Irã foram os verdadeiros motivos que levaram o imperialismo a “teoricamente” saírem do Iraque.

“Teoricamente” porque mesmo com a retirada das tropas milhares de “civis” norte-americanos permanecerão no Iraque para, supostamente, ajudarem na reconstrução do país que eles mesmos destruíram.

Tentando confundir a opinião pública dos reais motivos que levaram à retirada, o secretário de Defesa dos EUA, Leon Panetta, disse durante a cerimônia de anúncio da decisão que “depois de muito sangue derramado por americanos e iraquianos, a missão de chegar a um Iraque que pode se governar e garantir sua segurança se tornou real. O custo foi alto, em sangue e recursos do Tesouro dos EUA, e para o povo iraquiano. Mas essas vidas não foram perdidas em vão”.

Uma farsa, pois, o Iraque deixado pelos imperialistas após a guerra está longe de ser um país “que pode se governar e garantir sua segurança”. De fato, de acordo com o levantamento feito por Michael O’Hanlon, da ONG BrookingsInstitution, o número de civis iraquianos mortos em 2011 foi até agora de 1.215, o que não é o que se espera de um país onde supostamente a guerra acabou. Além disso, ainda são registrados por mês mais de 200 ataques armados promovidos por rebeldes em várias regiões do país.

Entretanto, o que não se pode negar é que o custo da guerra foi alto, principalmente para os iraquianos.Para estes, a fatura a ser paga depois de anos de invasão é composta pela morte de centenas de milhares de pessoas ea mutilação de outros milhares, pelo pesadelo das torturas e humilhações, pela insegurança, o desemprego, a fome e a falta de água potável e outros serviços básicos. Ao contrário do que pregou o imperialismo, a democracia e o desenvolvimento não chegaram juntos com as bombas e os tanques.

Os motivos e as mentiras da guerra

Durante os meses que antecederam a invasão do Iraque uma gigantesca campanha de mentiras e falsificações foi promovida pela imprensa burguesa e pelos governos imperialistas para justificar perante a opinião pública internacional uma nova guerra e esconder dos trabalhadores e dos povos seus verdadeiros objetivos. A principal e mais famosa dessas mentiras era a de que o Iraque possuía armas químicas e biológicas de destruição em massa e que, portanto, era preciso desarmá-lo.

Entretanto, nas mais de 700 inspeções realizadas pela ONU no país nenhuma dessas poderosas armas foi encontrada, pois como sabemos, se há um lugar no mundo onde podemos encontrar armas de grande poder de destruição esse lugar são os Estados Unidos, que não apenas as possui em grande quantidade, como também as usam frequentemente contra pessoas inocentes, como provam os covardes bombardeios contra Hiroshima, Nagasaki, Vietnã, Afeganistão, Líbia e Iraque.

Mas, mesmo sem argumentos convincentes que “justificassem” a guerra contra o Iraque, a sede de dinheiro e de petróleo dos imperialistas falou mais alto.

Passados oito anos e nove meses, até hoje não se tem com certeza a dimensão dos estragos causados pelos bombardeios imperialistas no país. Segundo dados do Departamento Defesa dos Estados Unidos, dos mais de 150 mil soldados enviados ao Iraque durante a guerra, 4.487 morreram e quase 32 mil foram feridos. A Inglaterra perdeu 179 militares e os demais países que fizeram parte da invasão somaram 139 mortes.

Entretanto, os números de vítimas entre os civis iraquianos são os que mais impressionam e revelam com clareza a crueldade e a covardia dessa guerra.De acordo com a organização IraqBodyCount (IBC)ocorreram entre 97.461 e 106.348 iraquianos morreram até julho de 2010.Outros relatórios e pesquisas apresentaram estimativas diferentes. A pesquisa sobre a Saúde da Família Iraquiana, que contou com o apoio da ONU, estimou que ocorreram 151 mil mortes violentas apenas no período entre março de 2003 e junho de 2006. Já a revista The Lancet publicou em 2006 uma estimativa de 654.965 mortes entre iraquianos relacionadas à guerra, das quais 601.027 foram causadas por violência.

Toda essa violência levou milhares de famílias iraquianas a abandonar suas casas e fugir do país. De acordo com a Organização Internacional de Migração, que monitora o número de famílias que abandonaram suas casas, nos quatro anos entre 2006 e 2010, mais de 1,6 milhão de iraquianos tiveram que deixar seus domicílios.

Bilhões de dólares foram gastos com a guerra, recurso esse várias vezes maior do que o necessário para acabar com a fome e com dezenas de epidemias no mundo. Segundo o Serviço de Pesquisa do Congresso dos EUA,o país gastou quase US$ 802 bilhões para financiar a guerra. No entanto, o economista vencedor do prêmio Nobel Joseph Stiglitzafirma que o custo real chega a US$ 3 trilhões se os impactos adicionais no orçamento e na economia dos Estados Unidos forem levados em conta.

Guerra destruiu o Iraque

Durante nove anos o Iraque e seu povo foram vítimas de uma guerra injusta, ilegal e covarde promovida pelas maiores potências do mundo.

Injusta porque se tratou de uma guerra imperialista, uma guerra de pilhagem cujo objetivo era tomar posse das riquezas iraquianas e explorar seu povo.Ilegal, pois desrespeitou os mais básicos princípios do direito internacional e da livre determinação e soberania dos povos, passando por cima de várias resoluções da ONU e da vontade da opinião pública mundial. E covarde porque se tratou de uma guerra dos maiores exércitos do mundo contra um país que durante anos foi vítima de um bloqueio econômico que, entre outras coisas, proibia-o de comprar qualquer tipo de material militar.

O resultado é que hoje o Iraque é um país arrasado. A economia está praticamente destruída, não há liberdade para o povo e o desemprego, a violência e a pobreza são maiores do que antes da guerra. De fato, enquanto que, antes de 2003, aproximadamente um em cada dez iraquianos vivia na pobreza, hoje a cifra é de um em cada quatro.

Os únicos beneficiados pela guerra foram as grandes companhias petrolíferas do mundo, que explorarão o petróleo iraquiano por longas décadas, e o imperialismo norte-americano, que assegurou ainda mais o seu controle das maiores reservas de petróleo do mundo, além de ampliar sua presença militar no Oriente Médio, preparando-se desde já para a próxima agressão, desta vez contra o Irã, como demonstram as inúmeras ameaças e sanções impostas ao país pelos Estados Unidos.

Há anos a economia capitalista atravessa uma profunda crise, resultado da concentração de riquezas nas mãos de uma minoria, enquanto a grande maioria da população vive com baixos salários. Assim, com a perda crescente de sua força econômica, resta ao imperialismo norte-americano o uso do seu poderio militar para impor seus interesses ao restante do mundo e conquistar mercados e matérias-primas estratégicas.

A guerra contra o Iraque foi uma importante experiência para os trabalhadores e os povos do mundo, que aos poucos compreendem que o imperialismo constitui, pela sua natureza, uma fonte de guerras, e queenquanto existir o imperialismo, mantém-se a base econômica das guerras de agressão e o perigo do seu surgimento. E mais importante: percebem que a única maneira de se conquistar o fim das guerras, a paz entre os povos, o fim das pilhagens e violências é lutando contra esse odioso sistema capitalista e pela edificação do socialismo.

Heron Barroso

MLB realiza Campanha Natal Sem Fome e conquista cestas básicas no Piaui

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No dia 23 de Dezembro de 2011, o Movimento de Luta Nos Bairros, Vilas e Favelas- MLB realizou na cidade de Teresina-Piauí, a Campanha Nacional Por um Natal Sem Fome e Sem Miséria.  A atividade teve como objetivo principal denunciar a fome e a exploração a que estão submetidas milhões de famílias no Brasil, não pela baixa produção de alimentos em nosso país, mas principalmente por conta da concentração de riquezas produzidas pela maioria do povo nas mãos de uma minoria de pessoas, enquanto essa maioria nada possui.

A manifestação ocorreu em frente a uma das principais lojas do Comercial Carvalho, maior rede de supermercados da cidade, aproveitando o natal, uma época de solidariedade e de amor ao próximo, para desmascarar o sistema capitalista que transforma essa importante ocasião em apenas mais uma oportunidade para vender seus produtos e gerar ainda mais lucro, e exigir as cestas básicas para que as famílias pudessem ter um natal sem fome . A manifestação recebeu apoio do Sindicato dos Urbanitários do Piauí e da União da Juventude Rebelião (UJR), além das demonstrações de apoio das pessoas que passavam pelo local, e após duas horas de muitas denúncias e indignação, uma comissão de cinco pessoas foi recebida pela administração da loja, que minutos seguintes anunciou que iria fazer a doação de trinta cestas básicas para as famílias presentes.

Isac ferreira, Teresina

 

Festa de A Verdade em São Paulo

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No dia 10 de dezembro, dezenas de pessoas se reuniram em São Paulo para comemorar os 12 anos do jornal A Verdade.

Com muito entusiasmo, participaram das atividades militantes do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas, do Movimento Luta de Classes, do Movimento de Mulheres Olga Benário, da Associação Regional dos Estudantes do ABC paulista, da Associação Comunitária Olga Benário, da União da Juventude Rebelião e do Partido Comunista Revolucionário.

Com o tema “Pela abertura dos arquivos da ditadura”, vários militantes falaram da importância de manter o jornal A Verdade, comprometido com  a classe trabalhadora e o socialismo e de fortalecer a luta pela verdade, pela justiça e pela abertura dos arquivos da ditadura. Foi feito um breve balanço dos avanços dos trabalhos políticos realizados durante o ano e das importantes perspectivas que se apresentam para 2012.

Depois do ato político houve uma confraternização com muita música e animação.

Redação São Paulo

Congresso Extraordinário da UJR: o orgulho de ser comunista

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Nos dias 17 e 18 de dezembro de 2011 foi realizado o 1° Congresso Extraordinário da UJR de Pernambuco. O Congresso teve como objetivo aprofundar o nível de organização e avançar  entendimento da realidade política que ora se apresenta aos jovens do Brasil e do mundo.

Esta realidade está impregnada da indignação e da tomada de consciência dos povos, que não suportam mais viver explorados. Desde as passeatas contra o aumento de passagem em Recife até as quedas dos ditadores no Oriente Médio, passando por Wall Street e por uma Europa de pé ante as medidas dos governos capitalistas, fica escancarado o aprofundamento da luta de classes, uma luta que teve início quando do advento da propriedade privada e, consequentemente, terá seu fim com a derrubada desta forma de organização social.

Frente a este cenário político, a UJR cumpre o papel fundamental de ser a trincheira dos jovens trabalhadores do nosso país em sua luta contra a burguesia nacional e internacional e pela socialização dos meios de produção e a consequente libertação do povo brasileiro daquele que, segundo Lênin, é o único mal: a exploração do homem pelo homem.

Fortalecer os núcleos da UJR e crescer a nossa juventude é tarefa que está na ordem do dia dos jovens revolucionários do Brasil. Para tanto, precisamos crescer nosso trabalho de massas, chegar às escolas e universidades em que ainda não chegamos, dirigir os grêmios e DCEs que ainda não dirigimos, otimizar nosso trabalho com o jornal A Verdade e com as finanças, aumentar nossa campanha de recrutamentos, libertando cada vez mais jovens da ilusão na sociedade burguesa.

  É preciso também crescer nosso trabalho de cultura, visto que uma cultura revolucionária é uma arma poderosíssima na educação do povo. Tivemos oportunidade de assistir a peças, ouvir poemas e músicas de autoria de nossos companheiros que ora agitaram e até fizeram chorar de emoção vários companheiros. Isso só prova o poder da arte de despertar no ser humano aquilo que a ideologia burguesa tenta reprimir em nós, mas não consegue – o amor pelo ser humano e a confiança na sua capacidade de transformar a realidade.

   Reafirmamos os princípios do Programa da Revolução Socialista Brasileira, o Programa do PCR, e nossa decisão pela causa revolucionária. Nossas palavras de ordem ressaltaram, como sempre, nossa admiração pelos nossos herois: Marx, Engels, Lênin, Stálin, Che, Olga Benário, Manoel Lisboa e tantos outros dos quais somos herdeiros de luta e de ideal. Aprovamos o apoio ao recém-fundado Movimento de Mulheres Olga Benário e elegemos a nova Coordenação Estadual. Saímos do Congresso felizes e orgulhosos de fazer parte da UJR, conscientes de que, como disse Che, “o que mais deve orgulhar um jovem comunista é ser um jovem comunista”.

Abaixo uma poesia recitada para o plenário numa das intervenções culturais do congresso. Ela, por acaso, é de minha autoria, espero que gostem!

Sobre a beleza

O que existe de mais bonito em mim

é a minha indignação,

é a minha raiva,

é o meu choro crítico,

é a minha firmeza crítica,

é a minha esperança na vinda do novo, na certeza da mudança geral,

é o meu amor pelo que há de bonito nas pessoas e na natureza –

pelo que as pessoas produzem na natureza e vice-versa.

 

Estive notando que

uma maçã é tão mais bonita e saborosa

quando você imagina a chuva irrigando o chão em que ela se desenvolve,

as mãos do agricultor na enxada desde bem cedo até tarde,

a hora do almoço dele, na sombra, saboreando a quentinha já fria como fosse um verdadeiro banquete,

o tempo de espera pela maçã, as crianças correndo em torno da casa,

as crianças correndo em torno da casa pobre enquanto esperam,

a chaleira esquentando água pro café de tardezinha,

as panelas poucas, o barro

o vestido da mulher,

a alegria do agricultor ao constatar o sucesso da safra

suas mãos – sua alegria, sua esperança, medos, dor, seus amores – em contato com a maçã,

o caminho na carroça de burro até a feira,

o assobio do condutor do burro até, seus pensamentos pelo caminho

a maçã em contato com a madeira da barraca,

a maçã tocada, medida, apreciada, pelas mãos dos trabalhadores,

a maçã com o cheiro da manhã e das vozes dos vendedores, dos seus lamentos

a maçã que tem o preço do trabalho do homem –

que carrega, também, inocente, o sujo da mais-valia. Sim, porque nem a mais inocente maçã escapa às leis econômicas de seu tempo. –

 

E, enquanto pensava, me ocorreu que,

assim como as maçãs e as tesouras,

eu, também produto de meu meio e de minha biologia,

eu também posso ser bonita:

 

Por exemplo, minha boca pode ser muito bonita quando fala das qualidades humanas, quando diz a verdade, seja sobre arte ou sobre política – neste caso quando denuncia porque os senhores do mundo esforçam-se tanto para distanciar o povo da arte, financiando a produção de obras tão pobres de sentido que ininteligíveis.

Por exemplo, minhas mãos podem ser muito bonitas quando afagam uma criança ou acodem um passarinho na chuva e quando escrevem a verdade, seja sobre cultura ou sobre política – nesse caso quando denunciam quem são os que impedem o acesso a cultura ao povo pobre.

Ocorreu-me, pois, que todos os homens e mulheres podem ser muito bonitos. Quando comem maçãs, quando deslizam a faca sobre a manteiga, quando enfiam as mãos nos bolsos, quando enamorados, quando compram sabão, quando abotoam a camisa e calçam sandálias, quando trabalham e quando discutem política – nesse caso perguntando-se e respondendo-se uns aos outros com quem fica a riqueza que com suas mãos produz o povo -, desde que o façam com o genuíno amor dos indignados, dos que não se contentam, com a altivez dos que preocupam-se com a demora da mudança mas que não desistem de engendrar o mundo novo. E não desistem porque, assim como as xícaras, mesmo as mais finas, perdem a sua nobreza de coisa se uma mulher ou homem não lhe derrama e lhe sorve café, completando-lhe assim de significado, realizando-lhe a função de xícara, Assim também os homens, mesmo os mais elegantes, perdem a sua nobreza de pessoa  se as coisas bonitas do mundo não lhe tocam profundamente o espírito, fazendo-o deveras feliz, ou se, da mesma forma, não lhe corre nas veias profunda indignação com o que é reprovável e injusto. De forma que cheguei à conclusão de que, assim como cabe às xícaras comportar líquidos, é função última do homem o amor à justiça. E a beleza de seus membros e palavras está contida, portanto, em sua entrega à causa da justiça. Perguntar se um homem é justo é pergunta idêntica a inquirir sobre sua beleza.

Thaynnara Queiroz, militante da UJR.

MLB entrega cestas básicas em Belém

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Foi com muita animação que o Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) realizou no dia 23 em Belém, Pará, o ato de entrega das cestas básicas.

O ato aconteceu na sede do movimento e participaram 150 famílias beneficiadas com as cestas conquistadas pela luta das famílias esquecidas pelos poderes públicos.

Durante o evento varias pessoas se manifestaram. Dona Izaura Miranda disse: “O MLB me ensinou que coletivamente é possível garantir nossos direitos, viva o MLB!”

Fernanda Lopes, representando o Movimento ressaltou que foi uma vitória muito importante, mais que a luta precisa continuar não só para garantir as cestas básicas para 150 famílias, mais para garantir que todos os homens e mulheres do mundo possam ter seus direitos em especial o direito de se alimentar.

Redação Pará

MLB denuncia fome no país e conquista cestas básicas

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Sem comida, aguardam liberação de cestas

A jornada nacional do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) por um Natal sem fome e sem miséria, em Pernambuco, ocorreu no Shopping Center Recife, maior centro de compras da cidade, localizado em Boa Viagem, bairro nobre da capital.

O ato teve inicio às 10:30h do dia 23 de dezembro quando cerca de 300 pessoas se aglomeraram em frente a loja do Bompreço (WalMart) do shopping, onde foi feito o ato com distribuição de panfleto e intervenções dos coordenadores e coordenadoras. Falando na manifestação Serginaldo Santos afirmou “ .. é uma denúncia da situação da população pobre nesse período de compra que não pode comprar”. O panfleto do MLB denunciava o capitalismo em que “ De fato, no Brasil, os pobres pagam mais imposto que os ricos. Entre os anos 2000 e 2006, os bancos recolheram somente R$ 51,9 bilhões de Imposto de Renda sobre Pessoa Jurídica, enquanto os trabalhadores pagaram R$ 233,8 bilhões.”

Imediatamente, a administração do Shopping acionou os seguranças e o Batalhão de Choque da Policia Militar, mas como as famílias se mostraram firmes e decididas a só saírem com as cestas básicas, a administração do Shopping recuou e providenciou as cestas, uma vez que devido o tumulto algumas lojas estavam fechando e avaliaram que seria mais barato pagar as cestas do que tentar tirar as famílias à força.

Em entrevista à imprensa, o presidente da CDL, Eduardo Catão”…acho que esse tipo de movimento deve ter sido orquestrado por alguém que sabe das coisas. Ele foi estratégico e planejado para isso”.  Assim por volta das 13:00h após a garantia da administração do shopping de doar as cestas, as famílias concordaram em aguardar as cestas na área do estacionamento do shopping, que só entregou 250 cestas básicas por volta das 16:30h.

Nesta ação do MLB participaram as famílias das ocupações Mércia de Albuquerque I e II, de Jaboatão dos Guararapes, Mulheres de Tejucupapo, campo grande e do condomínio Dom Helder Camara, em Recife, além das famílias de Olinda das ocupações Fernando Santa Cruz e Padre Henrique.

Hinamar Araújo, Recife

A Verdade comemora 12 anos no Ceará

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Em um clima de muita combatividade e rebeldia cerca de 180 trabalhadores, jovens, adultos, crianças, mulheres, realizaram um ATO POLÍTICO-CULTURAL no Auditório da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Ceará (FACED/UFC). O evento contou com diversas representações da sociedade civil, em especial o Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB); a Central dos Movimentos Populares (CMP); o Movimento de Luta Índigena, o Movimento Luta de Classes, o Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Federal no Ceará; a Associação de Professores do Ceará (APEC), o Sindicato dos Petroleiros CE/PI, entre outros.

A mesa foi presidida pelo coordenador do Jornal ‘A Verdade’ no Ceará, Francisco Correia (Bita), que, de imediato abriu o evento com a Internacional Comunista, hino dos trabalhadores de todo o mundo. Logo após, uma apresentação do estudante Alisson Silva, do Instituto Federal do Ceará, abordou na forma de ‘teatro mudo’ a necessidade de abrir os arquivos da ditadura fascista.

Em seguida foi composta a mesa de debate na qual  foram chamados o advogado Márcio Aguiar, representando a Rede Nacional de Advogados e Advogadas Populares (RENAP), a Defensora Pública do Estado do Ceará Amélia Rocha, o diretor da Associação Anistia 64/68 (jurídico e memória) Mário Albuquerque, o presidente do Centro Cultural Manoel Lisboa de Pernambuco, Edival Nunes Cajá, membro também do Partido Comunista Revolucionário (PCR), e o Membro da Comissão de Direito Sindical OAB/CE Clovis Renato Costa Farias.

Todas as intervenções reafirmaram a necessidade de transformar a atual Comissão da Verdade num instrumento de luta pela justiça, não apenas da memória e verdade. Foi também ressaltado o fato do nosso país ter sido condenado na Corte Interamericana de Direitos Humanos da OEA em relação aos mortos da Guerrilha do Araguaia e até hoje a maioria dos mortos não terem sido encontrados. Para Cajá, nossa luta é muito importante: “Nós já fomos julgados e condenados nos tribunais deles, militares fascistas. O que nós queremos não é vingança. O que queremos é que os criminosos sejam julgados na forma da lei desse país e dos tratados internacionais. Não queremos colocar os generais no pau-de-arara, nem dar choques elétricos em todo o corpo. Mas, que paguem pelos crimes que cometeram. Eles sequestraram, torturaram, assassinaram e ainda ocultaram os cadáveres desses jovens revolucionários. São vários crimes. Que sejam julgados”.

Várias intervenções do plenário reforçaram essa luta. Em todas ficou claro ainda a necessidade do nosso povo conhecer sua história e dar um passo em frente à sua luta por democracia verdadeira. Ao final, foram chamados nomes de alguns companheiros assassinatos, em especial alguns ceareses, que honraram com seu sangue o dever de lutar por um país melhor.

Bergson Gurjão Farias- PRESENTE

David Capistrano – PRESENTE

José Montenegro de Lima – PRESENTE

Jana Barroso – PRESENTE

AGORA E SEMPRE!!

Francisco Correa e Serley Leal, Fortaleza