Dentro do Estado capitalista, as instituições de educação, universidades, escolas, institutos de pesquisa são espaços de poder político que tem como dever atuar, em última análise, para a manutenção do sistema capitalista. Esse também é o caso dos espaços parlamentares, tribunais, órgãos públicos no geral. Porém, é necessária a disputa de todos eles por parte dos comunistas. Quem busca a construção de um mundo novo, mais justo e com uma educação emancipadora, deve entender que a disputa de poder dentro do capitalismo é necessária enquanto ferramenta tática do movimento popular. E em nossa atualidade, todos os espaços são válidos. Portanto, é preciso que estudemos, e muito, mas sem esquecer que o conhecimento deve ser um resultado da relação dialética entre teoria e prática.
Mas, felizmente, a luta muda a vida! Depois da pressão social organizada, o Senado aprovou o adiamento do Enem 2020, mesmo com um voto contra, da família Bolsonaro. Mesmo que parcial, pois ainda exige votação na Câmara dos Deputados, essa vitória se deve à organização popular e à luta conjunta.
Após pressão do movimento estudantil, o Senado aprovou, no último dia 19/05, um projeto (agora em tramitação na Câmara dos Deputados) que adia o Exame Nacional do Ensino Médio em decorrência da pandemia do coronavírus. No dia seguinte (20/05), o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão ligado ao Ministério da Educação responsável pela realização da prova, divulgou nota oficial sobre o adiamento do exame por um prazo de 30 a 60 dias em relação ao que estava previsto nos editais.
Ao tentar implementar o ensino remoto como fez, Zema quer criar uma aparência de bons resultados, de cumprimento de metas e de sucesso na educação. O problema é que o Governo Zema é incompetente e só governa para os ricos. Está se lixando para a educação pública, para os professores e os estudantes, adotando de todas as formas as políticas do ministro Paulo Guedes de retirada de direitos dos servidores públicos estaduais.
No mês de março, com o avanço da pandemia causada pela Covid-19, o governador do Estado de São Paulo João Doria (PSDB) e seu secretário da Educação Rossieli Soares modificaram o calendário escolar, adiantando os recessos de professores e alunos e implantando o ensino a distância.
O Morro do Pantanal, bairro de Florianópolis, Santa Catarina, tem contado, desde abril, com a campanha de solidariedade do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas. A entrega das cestas básicas, acompanhadas sempre do jornal A Verdade e de debates a respeito da conjuntura nacional, ao longo das semanas foi se tornando um espaço de reivindicações de direitos daquela população, a começar pela falta de água, saneamento básico, coleta de lixo e acessibilidade.
A Rede Solidária do MLB seguirá mesmo após o fim do isolamento. Passada a quarentena, o Movimento pretende iniciar uma segunda fase com a construção de cozinhas e bancos de alimentos em alguns dos territórios onde atua. “A intenção é tornar a Rede Solidária do MLB permanente, produzindo alimentos e mobilizando as comunidades para lutar pelo direito à segurança alimentar na periferia”, explica Poliana. São sementes do poder popular que estão sendo plantadas hoje para serem colhidas em breve.
O momento exige um forte e organizado movimento de massas, que vá às ruas e exija o impeachment de Jair Bolsonaro e todo o seu governo, convoque eleições e lute por um governo da classe trabalhadora, comprometido com os interesses da classe trabalhadora e dos pobres, acabe com o desemprego, defenda a soberania nacional reestatizando as empresas estatais privatizadas, decrete a moratória e auditoria da dívida pública, garanta a verdadeira liberdade de expressão e julgue e prenda os assassinos e torturadores da ditadura militar. Além disso, criar programas de emprego e renda, investimentos em educação e saúde públicas, em ciência e tecnologia e na cultura nacional, construa moradias populares, acabe com o agronegócio e a destruição do meio ambiente. São algumas das medidas a tomar. Derrotar as ameaças fascistas e os golpistas, avançar e preparar as condições para um governo popular e o Socialismo!
O presidente Jair Bolsonaro, autoproclamado PR, chamou de gripezinha o vírus da Covid-19 que já matou mais de 30 mil brasileiros. Até agosto, a Organização Mundial de Saúde (OMS) estima, infelizmente, que o número de mortes no Brasil pode atingir 90 mil. O PR teve três meses para evitar essa tragédia, mas preferiu fazer piadas.