Mesmo com a maioria da população em quarentena desde que a epidemia de Covid-19 ganhou proporções incontroláveis, as centrais sindicais italianas convocaram uma greve geral em todo o país. Segundo os sindicatos, milhões de trabalhadores estão arriscando suas vidas trabalhando em empresas não essenciais, sem máscaras ou luvas de proteção. A reivindicação é de que apenas as empresas estritamente necessárias e com todas as medidas de segurança possam continuar funcionando.
A pandemia do Covid-19, doença infecciosa causada pelo coronavírus que surpreendeu Wuhan, na China, em dezembro de 2019, e que agora está presente em praticamente todos os países do mundo, colocou em xeque as políticas de saúde (entre outras) de inúmeros governos capitalistas.
Antes mesmo que prefeituras, governos estaduais e federal e os parlamentos em todo o país adotasse qualquer medida de proteção ao Coronavírus, o Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) já atuava para ajudar as famílias nas periferias de dezenas de cidades brasileira.
O Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) está organizando em todo o país uma rede de apoio às famílias que não têm condições de se manter durante a quarentena de combate ao coronavírus. A maioria dessas famílias é chefiada por trabalhadores informais e, por isso, estão sendo as primeiras a sofrerem as consequências econômicas da quarentena e da consequente paralisação da economia.
No último 14 de março, o Movimento de Luta nos Bairros, Vila e Favelas (MLB) e a Unidade Popular (UP) organizaram mutirões em diversas ocupações urbanas na Região Metropolitana de Belo Horizonte com a finalidade de promover a organização popular e ajudar as famílias das comunidades atingidas pelas fortes chuvas no início deste ano em Minas Gerais.
Neste mês de abril, completam-se 10 anos da tragédia no Morro do Bumba, em Niterói, Região Metropolitana do Rio de Janeiro, quando um deslizamento de terra tirou a vida de 267 pessoas. Até hoje, apenas 48 corpos foram encontrados. Centenas de famílias também perderam suas casas nos morros dos Prazeres, Borel, Andaraí, Cerro Corá, Cosme Velho, Macacos, entre outros. O número de desabrigados ultrapassou os 11 mil em toda a Região Metropolitana do Rio de Janeiro.
O sistema capitalista apresenta diariamente enormes fragilidades. Muitas vezes, nós que lutamos contra este sistema somos contestados com frases que apontam a impossibilidade de sua destruição e que um governo popular é puro idealismo. No entanto, a necessidade de uma alternativa popular e a total possibilidade de fazer-se real um governo que represente, de fato, a maioria da sociedade está na ordem do dia.
Milhares de estudantes universitários do Rio de Janeiro foram surpreendidos pelas alterações das normas de obtenção do Bilhete Único Universitário (BUU), que dá direito ao transporte público gratuito aos estudantes e é garantido pelo Decreto nº 38.280/2014.
O Sindlimp, o Movimento Luta de Classes, a União da Juventude Rebelião e a Unidade Popular têm travado uma luta constante contra os patrões e esse sistema de exploração e buscando a conscientização dos trabalhadores da necessidade de paralisar o trabalho até ser garantido o respeito a suas vidas e de suas famílias.
Os professores e demais trabalhadores em educação no Estado de Minas Gerais estão em meio a uma greve por tempo indeterminado. Desde o mês de fevereiro, os professores enfrentam a intransigência do governo de Romeu Zema (Novo), que continua a ignorar as reivindicações da greve. A luta é pelo cumprimento da Lei do Piso Salarial no Estado, por isonomia e pelo pagamento do 13º salário de 2019. Zema dá calote nos trabalhadores e mantém seus acordos com os mega empresários e bancos.
Com essas paralisações, outras empresas de entrega também estão sendo denunciadas pelos trabalhadores autônomos, que não podem recorrer à quarentena para sustentar suas casas. Porém, é muito importante destacar que, ao contrário do que pregam os ideólogos burgueses e socialdemocratas, que se esforçam para esconder a luta de classes e afirmam que essas novas modalidades de trabalho significam o fim da classe trabalhadora, a luta desses trabalhadores reforça a teoria revolucionária de organização da classe trabalhadora como única saída para enfrentar os capitalistas em qualquer lugar e condição.