Atas de contagem fraudadas, principalmente na região de Guayaquil, retiraram o candidato Yaku Perez e colocaram o banqueiro Guillermo Lasso no segundo turno. Partidários de Rafael Correa e da direita respaldam a fraude eleitoral.
Os esforços da classe dominante – apoiados nas máquinas eleitorais e nos grandes meios de comunicação – não conseguiram levar os dois candidatos dos capitalistas (Arauz e Lasso) para o segundo turno. Mais de 70% dos equatorianos rejeitam o candidato de Rafael Correa e suas armadilhas demagógicas.
Yaku Perez, candidato indígena da coalizão de esquerda, tem chances reais de chegar ao segundo turno nas próximas eleições presidenciais do dia 7 de fevereiro; Equador expressa nas urnas a continuidade do levantamento popular de outubro de 2019.
“A agitação política mais ampla e a organização de grandes campanhas políticas constituem uma tarefa absolutamente necessária, a tarefa mais imperiosamente necessária à atividade, se esta atividade for verdadeiramente socialista.” – Vladimir Lênin: O Que Fazer?
“A Unidade Popular pelo Socialismo (UP) tem uma posição muito clara, combater o crescimento do Fascismo e a direita. Combater o racismo, machismo, homofobia em todos os momentos, construir o poder popular e o Socialismo.”
Certamente vivemos uma vitória, mas ao mesmo tempo ainda temos grandes batalhas a serem travadas. A luta mais urgente para nosso povo atualmente é a derrubada do governo Bolsonaro, a retirada do fascismo do poder e a defesa da democracia. Ao mesmo tempo precisamos lutar por um mundo verdadeiramente livre das explorações que nós trabalhadoras, trabalhadores, jovens, mulheres, negras e negros vivemos. Nosso povo somente se libertará quando construirmos o socialismo e para isso a organização do poder popular em cada bairro de Mauá crescerá. Não tenhamos dúvidas de que, nesse próximo período, virão fortes enfrentamentos. A UP está certa de que esses desafios encontrarão um povo disposto a lutar para construir um país e uma cidade dignos, sem a exploração dos trabalhadores a que hoje estamos submetidos.
O resultado das eleições municipais mostram como é errado o caminho trilhado por parte dos partidos de esquerda com representação no Congresso Nacional desde a ascensão de Bolsonaro. Há anos esses partidos subordinam todas as lutas do movimento social, sindical e estudantil à lógica eleitoral, na ilusão de que o avanço do fascismo será derrotado nas urnas. O caminho para derrotar o fascismo é na rua, as urnas serão consequência.
A falta de recursos não impediu a UP de colocar seu programa de propostas nas ruas. Feita de madeira reciclada, canos, megafone e caixa de som, a Tribuna Popular foi o palco de denúncias, agitação e propaganda do partido.
Gabriela Torres foi a mulher mais bem votada para vereança, tendo inclusive mais votos do que 3 vereadores que de fato ocuparão as cadeiras. Injustamente, Gabriela não poderá exercer seu mandato como vereadora e a câmara municipal continuará sem mulheres ocupando o espaço de poder.
“No fim do dia, o eleitor norte-americano escolhe entre dois lados da mesma moeda, visto que as eleições não apresentam propostas concretas de mudança na sociedade, mas são, em sua maioria, de revisão de reformas já aprovadas e de emendas à constituição.”
Com o lema “Chega de sufoco! Por uma Mauá dos trabalhadores!”, a Unidade Popular lançou a candidatura de Amanda Bispo a prefeita da cidade do ABC Paulista, tendo Felipe Galisteo como seu vice. A chapa ainda conta com duas candidaturas à Câmara: Gabriela Torres, coordenadora da Casa de Referência Helenira Preta e militante do Movimento de Mulheres Olga Benario, e Matheus Troilo, coordenador da Ocupação Manoel Aleixo e militante do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB).