Entre os presos estão a ex-presidente golpista Jeanine Añez, o Almirante Flavio Arce San Martín e os ex-ministros Álvaro Coimbra (Justiça) e Álvaro Guzmán (Energia). Maioria da população recebeu com entusiasmo a notícia das prisões, que servem de exemplo de como devem ser tratados os golpistas na América Latina.
Desde que Jeanine Añez e as milícias fascistas tomaram o poder no golpe de novembro de 2019 a Bolívia tem passado por uma profunda crise econômica. O desemprego aumentou e o governo começou a aplicar a cartilha neoliberal defendida pela Embaixada dos EUA, que deu amplo apoio ao movimento golpista. Na pandemia, além de superfaturar itens de saúde, o governo golpista impôs uma gestão desastrosa que levou à morte de 8,4 mil pessoas. Nas grandes cidades, as milícias fascistas organizadas por apoiadores de Camacho e Añez começaram a perseguir militantes de esquerda. Mas, mesmo nesse quadro, os trabalhadores da cidade e do campo na Bolívia não pararam sua mobilização. Foram meses com greves, bloqueios de estradas mobilizações sociais reivindicando a saída do governo golpista. Nas eleições deste dia 18 isso se refletiu com um comparecimento acima dos 80%, o que pode ter consolidado a virtual vitória de Arce.
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Oposição de direita, com apoio dos Estados Unidos, promove ações violentas para derrubar presidente Evo Morales, após sua reeleição.
Paulo Henrique Rodrigues
Rio de Janeiro
Foto: Reprodução/Reuters
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