Neste mês de abril, completam-se 10 anos da tragédia no Morro do Bumba, em Niterói, Região Metropolitana do Rio de Janeiro, quando um deslizamento de terra tirou a vida de 267 pessoas. Até hoje, apenas 48 corpos foram encontrados. Centenas de famílias também perderam suas casas nos morros dos Prazeres, Borel, Andaraí, Cerro Corá, Cosme Velho, Macacos, entre outros. O número de desabrigados ultrapassou os 11 mil em toda a Região Metropolitana do Rio de Janeiro.
“Eles tentaram nos matar, mas a gente ‘combinamos’ de não morrer”, disse Conceição Evaristo, em seu livro Olhos D’água. Esse espírito exemplifica bem a luta de nós negros pelo direito à vida da nossa raça. Nossos ancestrais foram sequestrados pelos ancestrais dos atuais brancos bilionários de seus territórios em África. Dez milhões de vidas foram jogadas dentro dos mais de nove mil navios negreiros em direção ao Brasil para impor um trabalho explorado, escravizado, compulsório e miserável… até hoje.
Que Bolsonaro é um presidente fraco e incompetente já não é novidade para ninguém, em que pese alguns setores da “esquerda” – assustados e temerosos – continuarem associando a grande presença de generais no Planalto a uma demonstração de força de seu governo.
Nem culpa do povo, nem tampouco da natureza. Os verdadeiros responsáveis por todo esse desastre é o Estado capitalista e sua ganância que faz com que vidas valham menos que o lucro deles.
Neste fim de semana, militantes do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas e da Unidade Popular começarão a distribuir as cestas entre as famílias cadastradas pelo movimento no Rio de Janeiro.
O Governos Bolsonaro e Romeu Zema (Partido Novo) são fascistas. Aumentam o desemprego, impulsionam uma grave crise habitacional, aumentam severamente o número de moradores de rua e usam a Polícia Militar para defender a propriedade privada dos ricos e para assassinar o povo pobre que luta por moradia digna.
A região da divisa é um ponto onde se convergem três cidades do Alto Tietê: Mogi das Cruzes, Suzano e Itaquaquecetuba. Mesmo tão bem cercada, as três prefeituras fazem questão de abandonar os moradores. Por este abandono, o povo acostumou-se a insurgir-se.
A grande mídia jogou uma pá de cal no Massacre do Parque Oeste Industrial. Nós, no entanto, não nos esqueceremos jamais. Seguiremos a luta do Sonho Real. Essa, que fora a maior ocupação urbana da América Latina, só fortalece nossa ousadia e, mais que esperança, certeza de que, sim, é possível construir um mundo mais justo, onde nenhuma família se veja privada do furtada do direito ao teto.
O patrimônio público investido na construção das linhas e estações a disposição na região metropolitana de São Paulo não podem ser doados ao capital privado nacional ou internacional.
As chuvas de ontem (10) revelaram a incapacidade do governo do estado na administração hídrica da cidade. Os bairros pobres, entre eles a região do Jaguaré, foram os mais afetados.