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quarta-feira, 20 de novembro de 2024

Estudantes ocupam a Secretaria Estadual do Rio Grande do Norte

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Estudantes ocupam a Secretaria Estadual do Rio Grande do NorteO direito à educação pública de qualidade é constitucional, porém, o que se vê no Rio Grande do Norte e em vários estados do país é uma realidade extremamente precária. Faltam laboratórios, bibliotecas, quadras esportivas, salas de aula com estrutura adequada e principalmente professores. Não são raros os estudantes que passam de um ano para o outro sem ter tido sequer uma aula de determinada disciplina por falta de professores.

Cansados de tudo isso, estudantes das escolas EE. Instituto Pe. Miguelinho e do Centro Estadual de Educação Profissional Senador Jessé Pinto Freire – CENEP, ocuparam a Secretaria de Educação do Governo do Estado, nos dias 19 e 20 de setembro, respectivamente. A ação foi organizada pelos grêmios das escolas e coordenada pela União dos Estudantes secundaristas Potiguares – UESP/RN e pela UJR. Os estudantes estavam empolgados e puxavam palavras de ordem. No primeiro dia, na ocasião em que a EE. Padre Miguelinho ocupou a secretaria, os estudantes foram barrados pelo segurança e responderam: “Queremos entrar, queremos entrar, a casa é do povo, não viemos pra quebrar!!”

Apesar do medo dos estudantes, nas duas ocasiões os manifestantes foram recebidos e suas reivindicações debatidas com representantes da Secretaria. A principal pauta do Miguelinho era a falta de 11 professores e a do CENEP a eleição direta para diretor (o que ocorre em todas as escolas públicas do país). O subsecretário Oswaldo Neto, que recebeu as duas escolas, representando a secretária de educação, Betânia Ramalho, disse em entrevista ao Jornal de Hoje: “Nós sempre estivemos dispostos a ouvir os estudantes. Apesar da ausência da secretária, nós iremos receber a pauta e ver o que poderá ser feito”. De acordo com ele, o quadro de professores do Estado ainda está passando por uma reformulação, em função da redução da carga horária de trabalho – de 30h para 20h em sala de aula – conforme orienta a Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Apesar do compromisso assumido pela Secretaria em atender as reivindicações estudantis, a avaliação da representante da UESP/RN é que “o objetivo foi alcançado, mas é preciso continuarmos mobilizados para garantir que seja cumprido o que foi acordado. Sabemos também que a luta é pela educação em todo o estado e não apenas em algumas escolas. A luta continua!”

Lúcia de Fátima Crisante dos Santos – Presidente do grêmio da EE Padre Miguelinho e da UESP RN e militante da UJR

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