Movimento Luta de Classes
Núcleo MGS
BELO HORIZONTE (MG) – O governo do Estado de Minas Gerais, representado por nada mais que o milionário Zema, conjuntamente com a prefeitura de Belo Horizonte têm mantido relações desumanas com os empregados públicos da Minas Gerais Administração e Serviços S.A. (MGS). A Associação dos Empregados Públicos Estaduais da MGS (ASSEPEMGS), associação sindical dos trabalhadores, e o Movimento Luta de Classes (MLC) protocolaram na terça-feira, dia 02 de junho, um documento denunciando e propondo soluções para a empresa. Pois, desde o fim das férias coletivas pairava entre os trabalhadores da MGS uma incerteza cega sobre o prato de amanhã. Aguardavam notícias sobre uma parte importante de sua renda: o vale alimentação (VA). Porém, foram surpreendidos no dia 28 de maio, 3 dias antes da data do recebimento com um comunicado da empresa informando não só que não receberiam, mas que o VA concedido no final do mês de abril seria descontado dos trabalhadores com a justificativa de que o “benefício” é disponibilizado mediante dias efetivamente trabalhados.
Enquanto os governantes Romeu Zema (NOVO) e Alexandre Kalil (PSD) tentam se diferenciar um do outro com suas políticas e ideologias vemos que ao tratarem os funcionários públicos mais pobres os dois agem da mesma maneira. E por conta desses “gestores da miséria” mais de 1.700 trabalhadores e trabalhadoras passarão o mês de junho inteiro com menos de R$500,00.
Fizemos uma pergunta às trabalhadoras de como será viver com esse valor. “Marcela” disse: “Sou mãe solteira, dependo muito do ticket para alimentar minha filha, me alimentar. Não está sendo nada fácil, não podemos trabalhar. Como faremos?”. Fabrícia respondeu: “Eu tenho dois filhos, sou separada e não tem como sobreviver com isso quando você é pai ou mãe. Com certeza a fome vai bater na porta”. Quézia completa: ”Temos que decidir entre pagar aluguel ou comer”.
O prefeito não se manifestou sobre a fome de seus funcionários e a empresa parece mais um papagaio repetindo as mesmas desculpas, sempre. Ela alega que o pagamento do ticket foi acordado com o sindicato da categoria no final de 2019. Seria impossível prever esse período de pandemia antes da assinatura do Acordo Coletivo. E nada impede que a MGS e o sindicato da categoria revejam pontos no acordo coletivo. Lembrando que nesse momento as famílias são orientadas a ficarem em casa, as crianças não estão indo à escola, ou seja, todos em casa com 50% de um salário mínimo brasileiro. Apesar de estarmos falando de uma empresa milionária, não há nenhuma preocupação com os seus “queridos colaboradores”.
Os governos da fome devem dar lugar aos governos populares. Agora mais do que nunca devemos desmascarar a hipocrisia mórbida de Alexandre Kalil e combater o neoliberalismo de Romeu Zema! Fora Kalil! Fora Zema!