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quinta-feira, 12 de dezembro de 2024

Fortes provas de corrupção com jóias envolvem coronel assessor de Bolsonaro

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E-mails de Mauro Cid com negociação de venda de relógio Rolex, ganho de presente da Arábia Saudita, expõem novamente esquema de corrupção no governo Bolsonaro.

Redação SP


BRASIL – A CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) que investiga os atos golpistas de 8 de janeiro descobriu e-mails em que o coronel assessor de Bolsonaro, Mauro Cid, negociava a venda de um relógio Rolex – recebido em viagem oficial – por 300 mil reais, trazendo mais um caso de corrupção do governo Bolsonaro.

No e-mail, recebido em 6 de junho de 2022 pelo militar, consta a mensagem: “Obrigado pelo interesse em vender seu Rolex. Tentei falar por telefone, mas não consegui. Quanto você espera receber por ele? O mercado de Rolex usados está em baixa, especialmente para os relógios cravejados de platina e diamante, já que o valor é tão alto. Eu só quero ter certeza que estamos na mesma linha antes de fazermos tanta pesquisa”.

Sem detalhar o contexto da aquisição do relógio, Cid responde somente que não possui certificado pois foi um “presente recebido durante uma viagem oficial” e que pretendia vender a peça por 60 mil euros – cerca de 300 mil reais.

O polêmico relógio faz parte de um conjunto de jóias que o governo da Arábia Saudita deu de presente ao governo brasileiro em outubro de 2019, e que Bolsonaro e seus apoiadores golpistas tentaram de tudo para roubar.

Em outubro de 2021, diamantes avaliados em mais de 16 milhões de reais – outro presente do ditatorial governo da Arábia Saudita – ficaram interditados no aeroporto de Guarulhos devido à tentativa irregular de entrar com eles escondidos na mala de um ministro. Ao se aproximar do fim do mandato, em dezembro de 2022, Bolsonaro fez de tudo para reaver as joias apreendidas.

Mauro Cid também é investigado pela Polícia Federal por arquitetar um golpe militar no país. Em seu celular foram encontradas conversas com outros membros das Forças Armadas, cúmplices golpistas, além de um documento detalhando todos os passos do golpe fascista, que teria funcionado se não fossem as forças populares marchando para impedir. 

Fica claro que o governo Bolsonaro foi atravessado por corrupção, como o caso das rachadinhas, do orçamento secreto, da mansão de R$ 6 milhões comprada em dinheiro por Flávio Bolsonaro, o esquema de compra das vacinas – lucrando com a vida de milhões de brasileiros –, entre vários outros. 

Além disso, a relação direta entre o Bolsonaro e a tentativa de golpe no dia 8 de janeiro são mais evidentes a cada dia que passa, tornando embaraçoso para a nossa justiça que o ex-presidente e seus cúmplices continuem em liberdade até hoje. Os ataques à democracia não podem passar impunemente, bem como os escândalos de corrupção e o genocídio sobre o nosso povo. É preciso continuar pressionando para que esses bandidos golpistas sejam punidos.

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