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quarta-feira, 1 de maio de 2024

Assassinatos de médicos mostram domínio político das milícias no RJ

Informações de que os criminosos suspeitos de terem executados os médicos foram mortos pela própria milícia mostram poder da indústria da morte no estado.

Redação


BRASIL – A Polícia Civil do Rio de Janeiro informou, nesta sexta-feira (06), que encontrou os corpos dos suspeitos de terem assassinado os três médicos na Barra da Tijuca, na madrugada de quinta (05). Segundo informações divulgadas na imprensa, o próprio crime organizado teria executado os suspeitos.

A principal linha de investigação proposta pela Polícia é de que o alvo dos criminosos era, na verdade, uma liderança da milícia de Rio das Pedras, na Zona Oeste do Rio, e não os médicos.

Diante da repercussão do caso, a própria facção que, segundo a Polícia, encomendou a morte do miliciano, teria sentenciado a “queima de arquivo”.

Marcos de Andrade Corsato, 62 anos, Perseu Ribeiro de Almeida, 33, e Diego Ralf de Souza Bomfim, de 35, foram brutalmente executados na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Fotos: reprodução

Um dos médicos assassinados é irmão da deputada Sâmia Bonfim (PSOL-SP) e cunhado do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ). Segundo nota divulgada, o casal está “devastado” com o brutal assassinato e exige solução e investigação rigorosa para o crime.

O Estado do Rio de Janeiro vive sob o controle de uma indústria da morte, com assassinatos encomendados, chacinas e alta violência policial. Toda essa estrutura é controlada direto dos presídios, dos batalhões da PM e dos gabinetes de vários políticos da extrema direita. Segundo dados do Instituto de Segurança Pública, apenas 11% dos homicídios no estado são solucionados.

Na prática, o Governo Estadual assistiu sentado a todo o desenrolar do caso. O crime organizado cometeu os assassinatos dos médicos e depois julgou e sentenciou à morte os executores.

Em que pesem todos os investimentos milionários feitos na segurança pública do Rio de Janeiro, a verdade é que o estado não é capaz de conter a escalada da violência. Ao contrário, toda a política de segurança é voltada para reprimir a população pobre e as organizações que lutam pelos direitos da classe trabalhadora. Tal situação só terá fim quando os trabalhadores construírem seu próprio governo, livre dos patrões, da oligarquia financeira, do tráfico de drogas e da máfia que hoje controla o Estado.

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