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domingo, 8 de dezembro de 2024

Atos marcam o Dia Internacional de Solidariedade ao Povo Palestino

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Data rememora a criminosa partição do território do povo palestino, aprovada em 29 de novembro de 1947 pela ONU. No Brasil, manifestação popular exige o rompimento das relações diplomáticas e comerciais com Israel

Guilherme Arruda | Redação SP


Manifestações de massa tomaram as ruas das principais cidades do mundo nesta sexta-feira (29/11), que marca o Dia Internacional de Solidariedade ao Povo Palestino. Capitais como Bagdá (Iraque), Londres (Reino Unido) e Sanaá (Iêmen), além de várias cidades no Brasil, registraram protestos com milhares de participantes.

A data marca o aniversário da criminosa partição do território palestino pela ocupação sionista, que foi aprovada pelas Nações Unidas em 29 de novembro de 1947. Neste ano, em nosso país, os atos denunciaram a continuidade do genocídio perpetrado na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, a violação do cessar-fogo no Líbano pelas tropas israelenses e o não-rompimento das relações diplomáticas do Brasil com Israel pelo Governo Federal.

Órgãos internacionais condenam Israel

Como destaca a edição impressa nº 303 do jornal A Verdade, as manifestações do fim de semana ocorrem poucos dias após o Tribunal Penal Internacional (TPI) pedir a prisão do primeiro-ministro de Israel, o fascista Benjamin Netanyahu, e de seu ex-ministro da Defesa, o general Yoav Gallant, por crimes de guerra. No mandado de prisão, a corte de Haia afirma ter reunido evidências incontestáveis de que, sob as ordens dos dois, as tropas israelenses em Gaza deliberadamente atacaram civis e utilizaram a fome como método de guerra.

Apesar de serem obrigados pelo tratado que criou o TPI a cumprir as sentenças da corte, as potências capitalistas que reconhecem o Tribunal já afirmaram que não vão prender Netanyahu em seu território. As declarações nesse sentido dos chefes de governo da França, da Alemanha e da Inglaterra escancaram a fragilidade das chamadas instituições internacionais em um momento de crise imperialista e crescente ameaça de guerra no mundo.

Apesar do papel das Nações Unidas na criação de Israel, o secretário-geral da ONU, António Guterres, fez uma declaração oficial sobre o Dia Internacional de Solidariedade ao Povo Palestino. Nela, ele reconhece que o último ano viu enormes retrocessos “para a dignidade, os direitos, a justiça e a autodeterminação do povo palestino”, e afirma: “Mais de um ano depois, Gaza está em ruínas, mais de 43 mil palestinos – a maioria, mulheres e crianças – foram mortos e a crise humanitária se torna pior a cada dia. Isso é terrível e indesculpável”.

No entanto, a ONU tem se mostrado impotente frente à violência generalizada da gangue de Netanyahu, que segue destruindo hospitais, perseguindo jornalistas e promovendo a completa destruição do território palestino. Neste mês, pela quarta vez em um ano, o governo dos Estados Unidos vetou uma proposta de cessar-fogo em Gaza no Conselho de Segurança da ONU, demonstrando que a maior potência imperialista do mundo apoia incondicionalmente a barbárie sionista.

Por sua vez, o governo do Brasil segue se recusando a tomar medidas mais firmes contra Israel, como o rompimento das relações diplomáticas e comerciais, mesmo após as tropas de ocupação matarem crianças brasileiras no Líbano e submeterem os palestinos a uma miséria extrema.

Manifestações no Brasil

Em São Paulo, a manifestação de solidariedade ao povo palestino ocorreu no sábado (30/11), na Avenida Paulista. O protesto envolveu a numerosa população árabe-palestina da cidade e suas entidades, além de contar com a participação da Unidade Popular (UP) e de movimentos sociais. Rawa Alsagheer, coordenadora da Rede Samidoun de Solidariedade aos Prisioneiros Palestinos, conversou com o jornal A Verdade no ato.

“A estratégia de Israel é se afundar cada vez mais na guerra. Nessa semana, o Netanyahu abriu outra frente, dessa vez na Síria. No Líbano, eles falam de cessar-fogo, mas já fizeram mais três bombardeios. Em Gaza, continuam atacando hospitais. É um colonialismo com obsessão pelos hospitais, eles querem destruir tudo e tomar todos como reféns. Não esqueceremos nem desses reféns, e nem dos mais de 15 mil que estão nas prisões de Israel sendo torturados”, afirmou.

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