O conflito só interessa aos grandes monopólios russos e estadunidenses, que disputam entre si recursos naturais, controle de fronteiras e de territórios econômicos. Os trabalhadores, ao contrário, são as principais vítimas da guerra, perdendo suas casas, empregos e vidas.
Basta passar pela Central do Brasil e na Igreja São Jorge, ao lado do Campo do Santana, na hora do almoço, ou na esquina do Edisen, prédio da Petrobrás, no fim do dia, para vermos legiões de famintos em busca de uma refeição.
Segundo pesquisa de dezembro de 2020 da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede PENSSAN), mais da metade dos brasileiros e brasileiras, 116,8 milhões de pessoas, não tem acesso suficiente à comida, se alimentando em quantidade e/ou qualidade insuficiente.
O cancelamento do Censo atende aos interesses do governo Bolsonaro e de seu ministro da Economia, o banqueiro Paulo Guedes. Com a crise econômica se aprofundando e o desemprego batendo recordes , tudo que o governo quer é mascarar essa realidade e impedir que os trabalhadores percebam o buraco sem fundo no qual o ex-capitão colocou o país.
Apesar de realizarem um serviço essencial à população e continuarem, mesmo com a pandemia, nas ruas se expondo ao vírus e lidando com lixo contaminado, os trabalhadores da limpeza urbana do Rio de Janeiro não foram inseridos no grupo prioritário de vacinação.
O aumento é consequência da impossível política de preços da companhia, que expõe o país às flutuações do preço do petróleo no mercado internacional, à taxa de câmbio (valorização do dólar) e à inflação, levando as famílias pobres a ter que escolher entre comprar o botijão de gás ou a comida.
Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), um a cada nove fluminenses são obrigados a sobreviver com apenas R$246 mensais. Estado é o mais desigual e o quarto com o maior número de desempregados do país.
“Mesmo diante de todas as leis se verifica que diante do conflito entre capital e social, entre propriedade e moradia, entre direitos humanos e lucro, entre saúde e economia, os poderes executivo, legislativo e judiciário.”