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sexta-feira, 26 de abril de 2024

Mensagem do PCR sobre os 150 anos de Lenin

 

Vivam os 150 anos de Lenin!

Nos marcos dos 150 anos de nascimento de Vladimir Ilitch Lenin, neste 22 de abril de 2020, o Partido Comunista Revolucionário (PCR) presta suas homenagens a este homem que foi, ao mesmo tempo, dirigente político e profundo teórico da Revolução Socialista. E aqui não nos referimos exclusivamente à Grande Revolução de Outubro de 1917, na Rússia. A contribuição de Lenin foi de tal forma transcendental que ele inscreveu seu nome na teoria do socialismo científico, gestada por Karl Marx e Friedrich Engels, resultando no marxismo-leninismo.

Nas palavras de Josef Stalin, continuador da obra revolucionária de Lenin na URSS, “O leninismo é o marxismo da época do imperialismo e da revolução proletária. Ou mais exatamente: o leninismo é a teoria e a tática da revolução proletária em geral, a teoria e a prática da ditadura do proletariado em particular”. (Fundamentos do Leninismo, 1924)

Neste sentido, uma das contribuições decisivas de Lenin na luta do proletariado foi sua formulação sobre a organização dos revolucionários e quais princípios organizativos ela deveria ter. De fato, Lenin foi o principal responsável pela construção do Partido Comunista Bolchevique, mesmo debaixo de uma autocracia violenta, partido que foi capaz de conduzir a classe operária russa à vitória sobre a monarquia e sobre a burguesia, em 1917. Assim, deixemos que o próprio Lenin nos fale sobre a necessidade histórica de se tomar partido.

Lenin vive! Viva o socialismo! Por um Governo Revolucionário dos Trabalhadores!

 

A quem serve o apartidarismo?

“Numa sociedade baseada em classes, a luta entre as classes hostis converte-se, de maneira infalível, numa determinada fase de seu desenvolvimento, em luta política. A luta entre os partidos é a expressão mais perfeita, completa e acabada da luta política entre as classes. A falta de cunho político significa indiferença diante da luta dos partidos. Mas essa indiferença não equivale à neutralidade, à omissão na luta, pois na luta de classes não pode haver neutros, na sociedade capitalista não é possível “abster-se” de participar da troca de produtos ou da força de trabalho. E essa troca engendra infalivelmente a luta econômica e, a seguir, a luta política. Por isso, a indiferença diante da luta não é, na realidade, inibição diante da luta, abstenção dela ou neutralidade. A indiferença é o apoio tácito ao forte, ao que domina. Quem era indiferente na Rússia diante da autocracia antes de sua queda durante a Revolução de Outubro apoiava tacitamente a autocracia. Quem é indiferente na Europa contemporânea diante do domínio da burguesia, apoia, tacitamente, a burguesia. Quem mantém uma atitude de indiferença diante da ideia do caráter burguês da luta pela liberdade, apoia, tacitamente, o domínio da burguesia nesta luta, o domínio da burguesia na nascente Rússia livre. A indiferença política não é outra coisa senão a saciedade política. Aquele que está farto é “indiferente” e “insensível” diante do problema do pão de cada dia; porém o faminto será sempre um homem “de partido” nessa questão. A “indiferença e insensibilidade” de uma pessoa diante do problema do pão de cada dia não significa que não necessite de pão, mas que o tem sempre garantido, que nunca precisa dele, que se acomodou bem no “partido” dos que estão saciados. A posição negativa diante dos partidos na sociedade burguesa não é senão uma expressão hipócrita, velada e passiva de quem pertence ao partido dos que estão empanturrados, o partido dos que dominam, o partido dos exploradores.” (O Partido Socialista e o Revolucionarismo sem Partido, 1905)

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