No momento em que escrevo este texto, faltam apenas dez dias para as eleições, dez dias em que veremos nossos próprios rostos estampados nas urnas eletrônicas. Esse é um dos frutos do trabalho abnegado de centenas de militantes nos últimos anos para a construção de um partido de novo tipo – o Unidade Popular pelo Socialismo.
Michael Rocha – Diretório Municipal da Unidade Popular em Mauá
MAUÁ – No momento em que escrevo este texto, faltam apenas dez dias para as eleições, dez dias em que veremos nossos próprios rostos estampados nas urnas eletrônicas. Esse é um dos frutos do trabalho abnegado de centenas de militantes nos últimos anos para a construção de um partido de novo tipo – o Unidade Popular pelo Socialismo.
Nesses últimos 35 dias de campanha eleitoral nossa militância atestou na prática a ousadia de um partido que lançou para o cargo mais importante do nosso país a candidatura de um homem negro, contra polarização que torna a eleição à presidência uma dinâmica de votar no menos pior.
E atestamos essa ousadia em cada momento que andamos mais longe, panfletamos por mais horas e que decidimos ficar de pé apesar do cansaço. É o que vejo em nossos companheiros e companheiras.
Muitos são os relatos que me emocionam de pessoas reconhecendo nossas candidaturas nos panfletos, dizendo que viram na televisão, declarando voto e confiando no programa do nosso Partido para a mudança do Brasil.
Vi pessoas que há muito já haviam perdido as esperanças com a política no país se animando com as potentes falas de nossos candidatos. Pessoas que, ao passarem na rua, paravam o trajeto para ouvir mais nossos companheiros a agitar e saíam convencidos de que há possibilidade de mudança.
Camaradas, devolvemos ao nosso povo a vontade de sonhar. E enxergo em cada militante, ao segurar um panfleto, o mesmo ímpeto daqueles que, em 1966, decidiram lutar até o fim contra a ditadura militar e pelo socialismo.
Vivemos e damos continuidade ao legado dos camaradas que tombaram para que a nossa luta seguisse viva; que aguentaram as piores condições em que pode se deixar uma pessoa, abrindo a boca apenas para gritar de dor. Suas ideias seguem vivas e seu sangue derramado se tornou o adubo que gerou meus camaradas.
Pois nesses últimos dias, cada vez em que uma companheira decidiu economizar a passagem do ônibus e ir à atividade a pé, camaradas, ela foi como Manoel Lisboa de Moura! Quando alguém deixou de comparecer no dia de campanha e um camarada teve que panfletar como dois, esse camarada foi como Manoel Aleixo da Silva!
Quando operamos politicamente como máquinas, sem descanso, aos domingos e feriados, garantindo que cada panfleto se encontrasse nas mãos de um trabalhador inconformado, fomos como Amaro Luiz de Carvalho organizando o povo brasileiro para a luta!
A atribuição de incansável, que é constantemente dada à nossa aguerrida militância, se provou e se prova hoje quando vamos dormir mais tarde depois de um longo dia de atividades e acordamos mais cedo para nos encontrar com nosso povo no momento em que se deslocam para o trabalho.
Os últimos 35 dias e os próximos dez atestam, ao mesmo tempo, a dedicação revolucionária dada pelo convencimento político e a justeza de nossa linha política, registrada em textos de quase 200 anos e aceita e confiada pelo povo brasileiro de portão em portão, nos bairros mais afastados; em cada filiação à Unidade Popular; em cada pessoa que se enxerga em nossas candidaturas e decide depositar seu voto e se organizar no nosso partido.
Então sigamos, camaradas, até a vitória, sempre!