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domingo, 16 de novembro de 2025
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Albert Einstein já havia alertado sobre o avanço do fascismo em Israel

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Albert Einstein já havia alertado, em 1948, sobre o avanço do fascismo em Israel

Contexto da denúncia de Albert Einstein sobre o avanço do fascismo em Israel

Em 1948, quando da visita do líder ultra-conservador israelense Menachem Begin aos Estados Unidos, uma série de proeminentes judeus se manifestaram sobre o avanço do ultra-conservadorismo na construção do Estado de Israel e no movimento sionista.

Já nessa época, estas importantes figuras da ciência já percebiam o que depois se tornou realidade: com o apoio dos EUA, Israel se tornou um Estado Fascista.

Com explica a carta de Einstein, Menachem Begin era uma das lideranças do Herut, o partido sionista de extrema-direita na época, na então Palestina. Begin também foi membro do Irgun, uma organização paramilitar terrorista e, como tal, um dos responsáveis pelo atentado a bomba no Hotel King David em Jerusalém, que matou 91 e feriu mais 45 pessoas.

Em 1973, o mesmo Menachem Begin ajudou a construir a aliança de vários partidos de direita, conservadores e liberais, que adotou o nome de Likud (Fusão). Em 1988 o Likud se tornou um partido político.

Em 1977 Begin se torna primeiro-ministro de Israel, pelo Likud, que teria vários de seus membros essa posição. O atual primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, também é do Likud.

Para se ter uma ideia do poder que a visão fascista ganhou dentro do governo de Israel, em 1995, uma avenida de Jerusalém recebeu o nome de “Gal”, em homenagem de Joshua “Gal” Goldschmidt, um dos autores do atentado a bomba no Hotel King David. Em 2006, o próprio Netanyahu participou de um evento para comemorar o atentado, inaugurando um placa no local do ataque em homenagem ao Irgun.

Já passou da hora de superar o fascismo no mundo. É necessário restabelecer a Palestina livre, laica, democrática e soberana, onde todos os povos da região possam viver em paz. É o único caminho.

Confira abaixo a íntegra da carta.



Carta aos editores do The New York Times

Entre os mais perturbadores fenômenos políticos de nossos tempos está a emergência do “Partido da Liberdade” (Tnuat Haherut) no recentemente criado Estado de Israel. Um partido político muito próximo em organização, métodos, filosofia política e apelo social aos partidos Nazistas e Fascistas. Ele foi formado a partir dos membros e seguidores do extinto Irgun Zvai Leumi1, uma organização terrorista, conservadora e chauvinista na Palestina.

Einstein_Letter_NYT_4_Dec_1948_0000A atual visita de Menachem Begin, líder desse partido, aos Estados Unidos é obviamente calculada para dar a impressão do apoio dos EUA a esse partido nas eleições de Israel que estão por vir e para cimentar laços políticos com os elementos Sionistas conservadores dos Estados Unidos. Vários americanos de reputação nacional tem emprestado seus nomes para acolher sua visita. É inconcebível que aqueles que se opõem ao fascismo em todo o mundo, se estão corretamente informados sobre a história política e as perspectivas do Sr. Begin, poderiam acrescentar seus nomes e apoio ao movimento que ele representa.

Antes que seja feito um dano irreparável pela via da contribuição financeira, manifestações públicas a favor de Begin e a criação na Palestina de que um grande segmento da América apóia os elementos fascistas em Israel, o público americano precisa ser informado sobre o histórico e os objetivos do Sr. Begin e seu movimento.

As promessas públicas do partido de Begin não condizem de nenhuma forma com seu caráter real. Hoje eles falam em liberdade, democracia e anti-imperialismo enquanto até recentemente pregavam abertamente a doutrina do Estado fascista. É em suas ações que esse partido terrorista denuncia o seu caráter real. A partir de suas ações do passado é que podemos julgar o que eles farão no futuro.

Ataque à aldeia árabe

Um exemplo chocante foi seu comportamento na aldeia árabe de Deir Yassin. Esta aldeia, distante das principais estradas e circundada por terras judaicas, não tomou nenhuma parte na guerra e chegou a contrariar o lado árabe que queria usar a vila como sua base. Em 9 de abril2, bandos terroristas atacaram esta pacífica vila, que não era um objetivo militar na luta, matando a maioria de seus habitantes (240 homens, mulheres e crianças) e manteve alguns deles vivos para desfilar como cativos pelas ruas de Jerusalém. A maioria da comunidade judaica ficou horrorizada com a a ção e a Agência Judaica enviou um telegrama de desculpas ao Rei Abdullah, da Trans-Jordânia. Mas os terroristas, longe de se envergonharem por seu ato, ficaram orgulhosos desse massacre, divulgando-o amplamente e convidando todos os correspondentes internacionais presentes no país para dar uma olhada nos cadáveres e na devastação em Deir Yassin.

O incidente Deir Yassin exemplifica o caráter e as ações do Partido da Liberdade.

Dentro da comunidade judaica eles têm pregado uma mistura de ultra nacionalismo, misticismo religioso e superioridade racial. Como outros partidos fascistas, eles têm sido usados ​​para acabar com as greves e têm pressionado pela destruição de sindicatos livres. Em seu lugar eles têm proposto sindicatos corporativistas no modelo fascista italiano.

Durante os últimos anos de violência anti-britânica esporádica, o IZL e o grupo Stern inauguraram um reino de de terror na comunidade judaica da Palestina. Professores foram espancados por discursarem contra eles, adultos foram baleados por não deixarem seus filhos juntarem-se a eles. Pelo método dos gangsters, espancamentos, quebra de janelas e roubos em larga escala, os terroristas intimidaram a população e exigiram um pesado tributo.

As pessoas do Partido da Liberdade não tem nenhuma parte nas realizações construtivas na Palestina. Eles não reivindicam nenhuma terra, nenhuma construção de habitações e apenas depreciam a atividade defensiva judaica. Seus esforços de imigração muito propagandeados foram diminutos e devotados principalmente para atraírem compatriotas fascistas.

As discrepâncias observadas

As discrepâncias entre as afirmações arrojadas feitas agora por Begin e seu partido e o registro do seu desempenho passado na Palestina não trazem a marca de um partido qualquer. Esta é a marca inconfundível de um partido fascista, para quem o terrorismo (contra judeus, árabes e britânicos igualmente) e deturpação são meios, e um “Estado líder” é o objetivo.

À luz das considerações anteriores, é imperativo que a verdade sobre Sr. Begin e seu movimento seja conhecido neste país. É ainda mais trágico que a liderança do sionismo americano recusou-se a fazer campanha contra os esforços de Begin ou mesmo para expor aos seus elementos os perigos para Israel do apoio a Begin.

Os abaixo assinados, portanto, vem por meio desta levar a público alguns fatos notáveis a respeito de Begin e seu partido e recomendam a todos os interessados ​​a não apoiarem esta última manifestação do fascismo.

Isidore Abramowitz
Hannah Arendt
Abraham Brick
Rabbi Jessurun Cardozo
Albert Einstein
Herman Eisen, M.M.
Hayim Fineman, M. Gallen, H.D.
H.H. Harris
Zelig S. Harris
Sidney Hook
Fred Karush
Bruria Kaufman
Irma L. Lindheim
Nachman Maisel
Seymour Melman
Myer D. Mendelson, M.D.
Harry M. Oslinsky
Samuel Pitlick
Fritz Rohrlich
Louis P. Rocker
Ruth Sagis
Itzhak Sankowsky
I. J. Shoenberg
Samuel Shuman
M. Singer
Irma Wolfe
Stefan Wolfe

Nova Iorque, 2 de dezembro de 1948

Fonte: Livre Pensamento

Encontro Internacional da Juventude Antifascista tem início na Turquia

EIJAATeve início no dia 02 de agosto o 24º Encontro Internacional da Juventude Antifacista e Antiimperialista (EIJAA), no distrito de Dikili, na cidade de Izmir, na Turquia. O evento, que ocorre a cada dois anos, tem a participação de 16 países de diferentes continentes, como Alemanha, Brasil, Equador, Inglaterra, Dinamarca, Síria, França, Paquistão, México, Grécia, Curdistão, etc, além de quase 2 mil jovens turcos. Como membro do Comitê de Preparação Internacional, a União da Juventude Rebelião (UJR) é responsável por representar o Brasil.

Durante todo o dia chegaram diversas delegações e à noite houve uma grande plenária geral, com saudações de vários países, da juventude do Partido do Trabalho da Turquia e de sua presidente. Em seguida ocorreu a parte cultural, com apresentação de bandas de música turca e curda.

Bruno Melo,  delegação brasileira no EIJAA

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Edições CCML lança livro “A Unidade Operária Contra o Fascismo”

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Livro Dimitrov - A Unidade Operária contra o fascismo
Capa do livro “A unidade operária contra o fascismo”, de G. Dimitrov

As Edições Manoel Lisboa acabam de lançar o livro A Unidade Operária Contra o Fascismo. Trata-se do histórico informe apresentado pelo camarada George Dimitrov, secretário-geral do Partido Comunista da Bulgária, no 7º congresso da III Internacional, em 2 de agosto de 1935.

Dimitrov inicia sua exposição apresentando o avanço da ofensiva do fascismo no mundo como resultado da profunda crise do capitalismo e do interesse da burguesia em preparar uma guerra imperialista e barrar o desenvolvimento do movimento revolucionário dos trabalhadores contra o capitalismo.

A análise de Dimitrov sobre a preparação de uma guerra imperialista se confirma poucos anos depois com a Segunda Guerra Mundial, cujo objetivo, por parte das potências imperialistas, era o de conquistar novos mercados e colonizar povos, partilhando todo o globo e descarregando sobre os trabalhadores o peso de sua crise.

O caráter de classe do fascismo também é revelado por Dimitrov, que o caracteriza como o ajuste terrorista do capital financeiro contra a classe operária. Resultado do temor das revoluções proletárias, o setor mais reacionário da burguesia rompe com a democracia burguesa e o parlamentarismo e instaura o poder por meio do terror, do exercício da bestialidade contra os povos.

Apontando as diversas expressões do fascismo, Dimitrov coloca que este regime apresenta formas diferentes em diversos países e nem sempre é instalado a partir de uma ruptura imediata com a democracia burguesa; em muitos casos, há uma combinação de aparente legalidade com a instauração do terror.

Essa aparência democrática do fascismo foi endossada até mesmo pelos chefes da socialdemocracia, que, muitas vezes, negaram-se a combater as medidas mais reacionárias apresentadas no Parlamento, ocultando, assim, o verdadeiro caráter de classe do fascismo. Dimitrov alerta ainda para a forma como o fascismo surge e conquista influência sobre as massas, destacando o apelo demagógico sobre as necessidades mais candentes dos trabalhadores, bem como pela incitação aos antigos preconceitos alimentados pela ideologia burguesa sobre o proletariado, utilizando-se, inclusive, do termo socialismo, como foi no caso do Partido nazista alemão, que se chamava Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães.

O fascismo, destaca Dimitrov, é demagógico, está a serviço do imperialismo e consegue unificar os setores mais reacionários da burguesia para instaurar a corrupção, chamando a atenção pela violência cínica do seu discurso em defesa de um governo honrado e contra a corrupção. Promete às massas melhores condições de vida, mas proporciona, na realidade, o aumento da sua exploração, empurrando a classe trabalhadora para a sarjeta.

Combatendo a política de divisão da socialdemocracia, Dimitrov defende a unidade sindical dos trabalhadores por meio dos sindicatos únicos para cada ramo de produção, através de uma única central sindical por país e de uma única central sindical mundial. Desta forma, ensina Dimitrov, os revolucionários devem desenvolver uma política classista que unifique os trabalhadores para desmascarar e deter os ataques burgueses em todos os sentidos.

Na mesma direção, orienta a criação de Associações Antifascistas para o trabalho da juventude e de mulheres. Os jovens e as mulheres estão entre os que mais sofrem com a crise econômica, com o desemprego e a miséria em que são lançados. Por outro lado, por seu espírito de combatividade rebelde, cumprem um papel decisivo na luta de classes, assim como as mulheres, que demonstram grande disposição para lutar por seus direitos sempre que são convocadas.

Os comunistas, ensina, não podem abandonar jamais a luta ideológica contra o fascismo. Não podem vacilar em defender as tradições de lutas dos povos, tampouco podem deixar passar sem luta ideológica qualquer sentimento de nacionalismo, comumente convertido pelos fascistas em retórica para ludibriar os trabalhadores. É preciso deixar claro para o proletariado que os comunistas são os maiores defensores da pátria e que os interesses do proletariado não são apenas nacionais, mas internacionais.

Diante da atual conjuntura política, marcada pela maior crise econômica do capitalismo em décadas, pelo acirramento da luta de classes, pelo avanço das mobilizações dos trabalhadores em todo o mundo e pela contraofensiva fascista, esta obra de Dimitrov apresenta uma enorme atualidade e traz vários ensinamentos que devem ser seguidos por todos os comunistas revolucionários. Nisto reside a grande importância da leitura desta obra.

Magno Francisco, Maceió

Fim do jornal italiano l’Unità, fundado por Antonio Gramsci em 1924

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No dia 30 de julho circulou na Itália a última edição do jornal l’Unità. Fundado por Antonio Gramsci em 12 de fevereiro de 1924 e órgão oficial do Partido Comunista Italiano, l’Unità passou nos meses anteriores por sua última crise, 90 anos após sua primeira edição.

Fundado apenas um ano depois que Mussolini chegou ao poder na Itália, l’Unità sobreviveu ao período fascista como um jornal clandestino, e então conseguiu se estabelecer na nova república italiana após a Segunda Guerra Mundial. Mesmo quando o Partido Comunista Italiano mudou de nome e o jornal se tornou órfão, l’Unità conseguiu se reestruturar e continuou sua publicação diária.

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Edição histórica de 1953, noticiando a morte de Stálin (clique para ampliar)

Na década de 1990 o jornal atravessou outra grande crise, quando o refluxo do movimento socialista no leste europeu não oferecia um ambiente favorável às publicações de esquerda. Ainda assim o jornal seguiu em frente.

Mas dessa vez, no entanto, a situação financeira se tornou insustentável. Vários jornalistas trabalharam sem salários nos últimos três meses. O jornal acumula uma dívida de 20 milhões de libras, segundo o jornal britânico The Independent. Sua última edição teve apenas três páginas impressas, com a seguinte manchete: “Fim da linha. Depois de três meses de batalha, eles conseguiram. Mataram l’Unità.”

Mário Lopes

Exército remodela centro de inteligência para monitorar movimentos sociais

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O ministro da Defesa, Celso Amorim (CE), visita com o comandante do Exército, Enzo Peri (E) e oficiais o Centro de Guerra Cibernética, no último dia 10. Foto: ABr

Por ordem do Alto Comando, o Centro de Informações do Exército (CIE) vai se reestruturar por completo. Já começou a reforçar as áreas de inteligência e de contra-inteligência e, o mais relevante, volta a ter papel a área de operações. O alvo prioritário do novo CIE são os monitoramentos de movimentos sociais em ebulição nas ruas.

Outra decisão do Alto Comando é que haverá também investimento em tecnologia no Centro de Guerra Cibernética, cuja sede é em Sobradinho (DF), diante da ameaça de terrorismo virtual na conjuntura atual.

A readequação era planejada há anos e surge na esteira da convulsão de atuações de black-blocs, sem-teto e sem-terra com atividades similares a guerrilhas urbanas e rurais, diante de provas de ligações destes grupos com organizações criminosas das grandes capitais.

Antigos oficiais de inteligência e de operações especiais, hoje na reserva, estão sendo convocados para treinar nos novos quadros do CIE.

CLIPPING

Há mais de 20 anos, segundo fontes, a atuação do CIE vinha se limitando a clippagem de notícias e investigações internas do Exército. Durante a ditadura militar, o CIE tinha total autonomia operacional na caçada aos adversários políticos do regime, formando uma espécie de governo paralelo.

DETALHES, NÃO

A assessoria do Exército confirma a reestruturação do Centro de Informações, mas, por motivos óbvios, não informa detalhes nem de como vai atuar daqui para a frente.

Fonte: Coluna Esplanada

Epidemia do vírus Ebola se agrava na áfrica ocidental

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Dr. Umar Khan
Dr. Umar Khan

Um boletim divulgado hoje pela Organização Mundial de Saúde – OMS relata o agravamento da epidemia do vírus Ebola na Libéria, Serra Leoa, Guiné e Nigéria. Já são 729 mortos e mais de 1300 casos confirmados do vírus que é altamente letal.

As péssimas condições de saúde pública nos países afetados têm provocado a rápida propagação do vírus e dificuldades para mapear o potência de propagação para outros países e, inclusive, outros continentes. O médico de Serra Leoa Umar Khan, 39 anos, um dos especialistas mais destacados no combate ao vírus em seu país, morreu ontem vítima da contaminação.

É de estranhar a pouca cobertura que vem sendo dada a essa epidemia na mídia internacional. Trata-se de uma tragédia humanitária de grande importância e um potencial de contaminação mais grave até do que a epidemia de gripe suína que se originou nos países asiáticos há alguns anos.

O Ebola é transmitido entre os humanos por meio do contato com fluídos corporais, mas mesmo pessoas que já se curaram da doença continuam a transmiti-la por por algumas semanas.

A OMS divulgou em seu site um vídeo informativo sobre o trabalho de combate ao vírus na Guiné:

https://www.youtube.com/watch?v=LRUA50yjTIg

Fonte:  Site da OMS

Da Redação

Historiador brasileiro lança livro sobre vitória soviética na 2ª Guerra Mundial

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Aço Vermelho: Os Segredos da Vitória Soviética na Segunda Guerra
Aço Vermelho: Os Segredos da Vitória Soviética na Segunda Guerra

João Claudio Platenik Pitillo pesquisa a participação soviética na Segunda Guerra Mundial há mais de 15 anos. Seu livro Aço Vermelho: os segredos da vitória soviética na Segunda Guerra Mundial é o primeiro escrito por um brasileiro ao longo dos 75 anos do início da 2ª Guerra Mundial. O livro revelará aos brasileiros os segredos da vitória soviética, omitidos pela “Guerra Fria”. Repleto de informações e curiosidades que demonstram o grandioso esforço dos soviéticos para derrotarem o nazismo. Foi escrito a partir de materiais soviéticos inéditos em nosso país. O mesmo é prefaciado pelo professor Francisco Carlos Teixeira da Silva (UFRJ) e apresentado pelo professor Celso Péricles Thompson (UERJ) e tem comentários do professor Luiz Edmundo Tavares (UERJ). O Livro será lançado no dia 22 de julho às 18:30 no auditório 91, 9º andar UERJ.

Aço Vermelho: Os Segredos da Vitória Soviética na Segunda Guerra

João Cláudio Platenik Pitillo revela com absoluta clareza, a contribuição fundamental do Exército Soviético para a vitória dos aliados na 2ª Guerra Mundial. Ao longo do tempo essa apreciável importância tem sido ignorada pelo Ocidente, mercê, entre outros aspectos, da profunda inuência dos Estados Unidos da América do Norte e dos seus seguidores sobre os meios de divulgação. A ‘’Guerra Fria‘’, sem dúvida, contribuiu para a manutenção desse ‘’equívoco‘’; que a ‘’Détente‘’ a ‘’Entente‘’ não conseguiram eliminar, exceto para pesquisadores da categoria de João Cláudio, incansável estudioso sobre o assunto, qualidade que o levou a produzir singular e necessária obra. Luiz Edmundo Tavares, professor de História da UERJ.

O livro de João Claudio Platenik Pitillo, é uma pesquisa profunda, detalhada, e extremamente bem documentada da participação da URSS na Segunda Guerra Mundial. A ausência dos estudos militares sobre a participação soviética, trata-se, entre nós, de uma tradição, oriunda da Guerra Fria, onde o papel da URSS deveria ser diminuído em função dos aspectos ideológicos. A obra de Platenik Pitillo, de boa leitura e com amplíssimo controle bibliográfico, devolve, tanto tempo depois do fim da Guerra Fria, o papel de direito de um dos seus atores centrais. Francisco Carlos Teixeira Da Silva Professor, Titular de História Moderna e Contemporânea/UFRJ/IUPE RJ, Professor Emérito da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército.

João Claudio Platenik Pitillo tem 40 anos e nasceu na cidade do Rio de Janeiro. Licenciado em História pela UERJ e mestrando em História pela UFRJ, há mais de 15 anos se dedica a pesquisar a participação soviética na Segunda Guerra Mundial.

Para ver o livro no site da editora, clique aqui

Abelardo da Hora completa 90 anos nesta quinta

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O artista e comunista Abelardo da Hora, residente em Recife, completa hoje 90 anos de luta e arte. Em 2010 ele mandou uma mensagem ao Jornal A Verdade sobre o papel da mídia alternativa e independente.

Carta do EPL da Colômbia pela efetiva negociação de paz

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Carta do Exército Popular de Libertação (EPL) – Clamor pela Paz

Colômbia, Julho de 2014

Organizações e pessoas

Processo “Clamor pela Paz”

Germán Roncancio, Rota Social pela paz.

Luis Guillermo Pérez, Coletivo de Advogados “José Alvear Restrepo”.

Luis Sandoval, Redepaz.

Omar Fernández, Comosoc.

Y demais integrantes.

E. S. M.

Saudações fraternas e patrióticas

Compartilhamos o ânimo derivado d abertura da fase exploratória para os diálogos do governo com o Exército de Libertação Nacional (ELN). É um logro da persistência dos elenos e uma conquista dos setores sociais e políticos que pressionam e se esforçam por defender os direitos humanos.

Acreditamos que com esforço e ação política também se concretizará a abertura de diálogos com o EPL, para não dar espaço à ideia que, desde o Estado, se aplica uma estratégia de oposição à saída política ao conflito ao transformar o diálogo com partes da insurgência em um salvo conduto para impôr essas conclusões parciais ao resto das guerrilhas utilizando bombas e baionetas, perseguições, assassinatos e detenções, quando realmente o único que tem poder decisório é o povo e deve contar com as mais amplas e completas informações para debater e decidir.

Consideramos que podemos coincidir na decisão de exigir do Presidente Juan Manuel Santos o cumprimento do compromisso com a paz e justiça social proclamado no dia 15 de junho ante a pressão de muitos eleitores que votaram por Juan Manuel desesperados por lograr a paz, assim como em consignas e vozes pela paz de muitíssimos milhões de colombianos que, aspirando a contar com um país em paz, mas com outra visão de como alcançá-la, votaram em branco ou nulo, ou se abstiveram de chegar às urnas.

Destacamos a importância de seus esforços unitários pela paz desde o perfil social de suas atividades, algumas de larga trajetória e reconhecimento internacional. Esperamos que as sigam desenvolvendo com independência e autonomia frente ao Estado e às forças que o sustentam para fortalecer sua autoridade frente a Colômbia e a comunidade mundial de nações e povos.

Insistiremos junto a vocês no clamor popular por um imediato cessar-fogo bilateral e a aplicação cabal do Direito Internacional Humanitário, para deter de imediato a sangria e abrir credibilidade a uma agenda comum pela paz que não se circunscreva aos diálogos governo-guerrilha.

Confiamos em seguir coincidindo com vocês nos esforços para fazer com que os diálogos com toda a insurgência se converta em uma realidade convergente que ajude a canalizar todos os aportes surgidos desde o seio popular para lograr uma ideia de paz que necessitamos e os passos para alcançá-las, que conte com ampla aceitação e assim lograr a convocatória democrática de uma Assembleia Nacional Constituinte que plasme aos derrotistas do futuro país e permita suprimir as especulações sobre o ‘pós-conflito’.

Não sendo outras as motivações destas linhas, nos despedimos abrigando o desejo de estabelecer um diálogo estável e fluído com ‘Clamor pela Paz’ para manter uma iniciativa pela paz que cresça como um CLAMOR ORGANIZADO dos diferentes setores do campo popular.

Êxitos em suas tarefas pela paz com justiça social.

Comitê Executivo Central

Partido Comunista da Colombia (marxista-leninista)

Mando Central

Ejército Popular de Libertação – EPL 

Com cópia:

– Estado Maior Central das FARC-EP

– Comando Central do ELN

– Governo Nacional da Colômbia

Israel ataca escola da ONU em campo de refugiados e mata crianças que dormiam

General Pierre Krähenbühl
General Pierre Krähenbühl

O comissário da Agência da ONU de Assistência aos Refugiados Palestinos (UNRWA, pela sigla em inglês), divulgou no dia de hoje uma nota condenando de forma veemente o ataque promovido por Israel a uma escola situada no interior de um campo de refugiados.

Diz a nota:

Na noite passada, crianças foram mortas enquanto dormiam junto aos seus parentes no chão de uma sala de aula em um campo de refugiados da ONU em Gaza. Crianças assassinadas enquanto dormiam! Isso é uma afronta para todos nós, uma verdadeira vergonha universal. Hoje, o mundo está em desgraça!

Nós visitamos o local e coletamos evidências. Analisamos os fragmentos, examinamos crateras e outros danos. Em um levantamento inicial, não há dúvidas de que foi a artilharia israelense que atingiu nossa escola, em um local onde 3.300 pessoas se refugiam. Acreditamos que aconteceram ao menos três impactos. Ainda é cedo para confirmar o número total de mortos. Mas sabemos de vários civis mortos e feridos, incluindo mulheres e crianças e os guardas da UNRWA estão tentando proteger o lugar. Isso aconteceu com as pessoas que foram instruídas por Israel a abandonar suas casas.

A localização precisa da Escola de Ensino Fundamental para garotas e fato de que o prédio estava abrigando milhares de refugiados foram comunicados ao exército de Israel dezessete vezes, para garantir sua proteção; o último aviso foi feito às 9:50h da noite passada, algumas horas antes do bombardeio fatal.

Eu condeno, nos termos mais fortes possíveis, esta séria violação da lei internacional pelas forças israelenses!

Essa é a sexta vez que uma de nossas escolas foi atacada. Nossos funcionários, a maioria pessoas dedicadas às causas humanitárias está sendo assassinado. Nossos assentados estão fugindo. Dezenas de milhares provavelmente estão vagando pelas ruas de Gaza, sem comida, água e sem teto se o ataque nessas áreas continuar.

Nós ultrapassamos a fronteira da questão humanitária apenas. Estamos vivendo uma situação de prestação de contas. Faço um chamado a toda comunidade internacional para que ponha as leis em ação para pôr um fim imediato nessa carnificina.

Fonte: http://www.unrwa.org/