UM JORNAL DOS TRABALHADORES NA LUTA PELO SOCIALISMO

domingo, 16 de novembro de 2025
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Seminário Internacional de Quito teve abertura ontem

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10553577_322469547919917_4096525205711923305_nNa casa do professor da Cidade de Quito, ocorreu no dia de ontem – 28 de julho – a abertura do 18o Seminário Internacional da Revolução na América Latina. Este ano, é tema do seminário “O atual cenário internacional e as tarefas dos revolucionários” e certa de 400 pessoas se somaram às atividades.

O evento tem o propósito de analisar a situação do movimento social e entender como a esquerda revolucionária pode avançar, enriquecendo-se ao compartilhar experiências das distintas organizações presentes no encontro.

Oswaldo Palácios, porta-voz do Partido Comunista Marxista-Leninista do Equador – PCMLE, uma das organizações organizadoras do seminário, declarou que no evento estão presentes representantes de 15 países, com delegações de várias organizações sociais e populares de cada um destes.

Fonte:  http://ecuadorlibrered.tk/

Em congresso, MLB\MG reafirma luta pela reforma urbana e o socialismo

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MLB-MG realiza seu 3º congresso e reafirma luta pela Reforma urbana e o Socialismo 04

No dia 27 de julho, mesmo com a intensa chuva que já castigava por três dias a cidade de Belo Horizonte, 300 delegados e delegadas participaram do 3º Congresso Estadual do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas – MLB – de Minas Gerais. A atividade faz parte da etapa preparatória ao 4º Congresso Nacional do movimento que acontecerá em São Bernardo do Campo, São Paulo, no final de Agosto.

A mesa de abertura teve a presença de Frei Gilvander (Comissão Pastoral da Terra – CPT), Isabella Gonçalves (Brigadas Populares), Gonzaguinha Almeida (Sindicato dos Eletricitários de MG – Sindieletro) e da AMES-BH (Associação Metropolitana dos Estudantes Secundaristas). Também participaram da mesa Marc Brito (União da Juventude Rebelião – UJR), Glauberth Reis, Raphaella Mendes (Movimento de Mulheres Olga Benário e Partido Comunista Revolucionário – PCR) e Juliete Pantoja, do Rio de Janeiro (Coordenação Nacional do MLB).

O Congresso homenageou o morador da ocupação Eliana Silva Dinei Delfino, que durante uma manifestação das ocupações, foi agredido por um Policial Militar com um golpe de espada que o deixou desacordado e com um corte no rosto, para o qual foram necessários 16 pontos. A firmeza na luta de Dinei emocionou todos os presentes.

Após a abertura, foi feita divisão em grupos para que todos os presentes pudessem estudar a tese formulada pela Coordenação Nacional do movimento ao seu 4º Congresso. “Essa tese é uma síntese do acúmulo que o movimento vem tendo nos últimos 15 anos sobre a luta pela reforma Urbana e o Socialismo e o papel do movimento popular para sua realização”, afirmou Juliete Pantoja.

MLB-MG realiza seu 3º congresso e reafirma luta pela Reforma urbana e o Socialismo 02

Para Poliana Souza, os debates foram bastante produtivos. “O estudo nos grupos foi importante para que todos os militantes do movimento possam ter maior formação política para poder enfrentar todos os desafios que se coloquem ao movimento no dia a dia”, afirma.

Com o resultado das discussões nos grupos, as propostas foram lidas e aprovadas pelo conjunto dos delegados e delegadas. Logo após, foi organizada uma animada mesa da qual participaram representantes de diversas ocupações da região metropolitana e do interior do estado, para apresentar a situação de cada lugar e propostas para atuação prática. Foi aprovado também um plano de lutas do MLB para os próximos meses.

O congresso indicou os nomes dos delegados para o congresso nacional, aprovou a tese do movimento e, com a mesa formada pelos militantes do movimento que mais se destacaram nos últimos meses, foi eleita uma nova coordenação estadual do MLB com 33 membros.

Redação MG

Projeto em votação no congresso quer isentar as dívidas dos clubes de futebol

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Paulo André
Paulo André

Está em discussão no congresso nacional o projeto de lei de Responsabilidade Fiscal no Esporte – LRFE que pode isentar até R$ 4 bilhões em dívidas dos clubes de futebol brasileiro. De tempos em tempos, os clubes brasileiros, que em sua maioria têm contas nada transparentes e acumulam uma séria de dívidas fiscais, batem as portas do governo solicitando ajuda pública. A última medida foi a implantação da Timemania, que tem parte de suas rendas revertidas aos clubes.

Reproduzimos abaixo o artigo de Paulo André, ex-jogador do Corinthians e um dos coordenadores do Bom Senso Futebol Clube:

Vou explicar porque sou CONTRA o projeto de lei de responsabilidade fiscal do esporte que propõe parcelar a dívida dos clubes. Do jeito que está, ele exige apenas a apresentação da CND (Certidão Negativa de Débito), uma vez por ano, como garantia “inquestionável” de uma gestão transparente no futebol nacional. Isso é uma vergonha e justifica o desespero dos dirigentes e a pressão da “bancada da bola” para aprová-lo urgentemente, como ficou claro na última sexta feira, quando os presidentes de clubes se encontraram com a Presidente Dilma.

Além disso, dói só de pensar que mais de R$ 4 bilhões sumiram no futebol e nenhuma alma será punida (exceção aos torcedores que são punidos diariamente por verem seus times capengando por aí). No caso específico dos débitos de que trata a LRFE, se o Governo aceitar parcelar a dívida, os dirigentes que cometeram irregularidades não mais poderão ser acionados por crime de apropriação indébita. Traduzindo burramente, se alguém deve dinheiro ao banco e a entidade, sabendo da dificuldade do devedor em quitar a dívida, resolver parcela-la, assunto encerrado. Basta a pessoa cumprir as condições propostas e o pagamento em dia que ninguém poderá acusá-la posteriormente.

Então é essa a discussão que você precisa entender.

Se o Congresso Nacional e a Presidente Dilma, que representam o povo nesse debate, optarem por tomar o caminho de parcelar a dívida e consequentemente isentar os dirigentes pela infração, que a decisão seja tomada pela certeza da GARANTIA de contrapartidas claras e severas, cuja fiscalização seja eficaz e a punição aos clubes e aos dirigentes seja direta.

Não caiam no papo do Sr. Vilson de Andrade, espertalhão, que diz que eles (dirigentes de clubes) defendem uma punição mais dura do que a que propõe o Bom Senso. “90% da proposta deles (jogadores) está incluída na dos clubes. Eles falam em perda de pontos, nós falamos em rebaixamento. Essa é a grande diferença”, disse, com gigantesca cara de pau, o atual presidente do Coritiba. Ele sabe que, do jeito que está, a LRFE não punirá ninguém. Dizer que há severidade em apresentar a CND uma vez por ano para garantir que os clubes que não pagarem em dia as parcelas do “financiamento” sejam rebaixados de divisão é coisa de quem está mal intencionado. E achar que isso é suficiente para moralizar o futebol brasileiro é uma ofensa à inteligência alheia.

Sr. Vilson, cadê o controle de déficit sob pena de punição esportiva? Cadê a garantia do cumprimento dos contratos de trabalho sob pena de punição esportiva? Cadê o limite do custo futebol sob pena de punição esportiva? Cadê a padronização das demonstrações financeiras e a reavaliação do endividamento sob pena de punição esportiva? Cadê o parcelamento da dívida trabalhista já transitada sob pena de punição esportiva? (Desculpe os termos técnicos mas são cinco pontos imprescindíveis, propostos pelo Bom Senso F.C e ausentes no projeto dos clubes).

Ora, chega de enrolação! Tratemos o assunto com a seriedade com que ele deve ser tratado. Vocês são presidentes de clubes de futebol, não estão acima do bem e do mal!

Então, amigo, Secretário do Ministério do Esporte, Toninho Nascimento, temos que correr para quê? “Tem clube que não chega ao final do ano se esse projeto não for aprovado”, disse ele. E daí? Há clubes que estão há sei lá quantos anos se apropriando do IR e INSS de atletas, usando esse dinheiro “sujo” para contratar mais jogadores e aumentar suas dívidas à espera do “perdão” do Governo e somos nós que temos que correr? O clube escocês do Glasgow Rangers, mais vezes campeão nacional no planeta, quebrou, recomeçou na quarta divisão e sua torcida não o abandonou por isso. O Napoli, a Fiorentina e o Racing também.

Se querem moralizar, façam direito. Parem de correr e pensem. Não é isso que se pede aos jogadores “brucutus”? Estamos tratando com alguns dirigentes “brucutus” então chegou a nossa vez de lhes pedir: Parem de correr e pensem. Será que vale tudo nesta terra de ninguém? É preciso restringir a possibilidade de erro, de corrupção e defender melhores práticas de gestão que refletirão diretamente na qualidade do produto final, dos clubes e do espetáculo do futebol brasileiro.

A Presidente e o Congresso Nacional estão entre a cruz e a espada: Ou se apoiam numa possível benção do voto do torcedor apaixonado (desprovido de razão) e deixam passar tudo como está (inclusive via MP – um absurdo), ou se aproveitam da maior oportunidade de se reformar e de se modernizar o futebol brasileiro, optando por incluir as emendas levantadas pelo Bom Senso à LRFE para garantir de verdade uma gestão melhor e mais transparente no nosso futebol. Esta decisão deverá sair esta semana e nós acompanharemos de perto para saber quem está jogando para quem. Que cada um escolha o seu lado, porque o meu, já escolhi.

Paulo André, jogador de futebol

Os 90 anos da Coluna Prestes – entrevista exclusiva de Anita Leocádia Prestes

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Anita Leocádia Prestes, doutora em História e filha de Luiz Carlos Prestes e Olga Benário
Anita Leocádia Prestes, doutora em História e filha de Luiz Carlos Prestes e Olga Benário

A professora e historiadora Anita Leocádia Prestes, filha dos revolucionários Luiz Carlos Prestes e Olga Benario, recebeu em sua casa, no Rio de Janeiro, a reportagem de A Verdade para uma entrevista sobre os 90 anos da Coluna Prestes, um dos movimentos políticos mais importantes da história brasileira no século 20.

Doutora em História Social pela Universidade Federal Fluminense (UFF), professora do Programa de Pós-graduação em História Comparada da UFRJ e presidente do Instituto Luiz Carlos Prestes, Anita é uma grande conhecedora da experiência da Coluna. Na entrevista, ela explica as ideias defendidas pelos rebeldes e sua relação com a população pobre do interior do País, critica as tentativas de falsificação desta experiência e defende o legado do Cavaleiro da Esperança e de seus companheiros.

A Verdade: Neste ano, a Coluna Prestes completa 90 anos. Qual a importância deste movimento para a História do Brasil?

Anita Leocádia Prestes: A Coluna Prestes foi o único movimento de contestação do poder estabelecido que não foi derrotado no Brasil. Houve muitas lutas na história do País, tentativas de revolução, mas todas derrotadas. A formação histórica brasileira se deu de tal maneira que os 400 anos de escravidão e de grandes proprietários de terras tornaram as nossas classes dominantes extremamente poderosas e com força suficiente para derrotar todos os movimentos populares que ousassem contestar o poder.

A Coluna Prestes foi justamente o primeiro movimento que as classes dominantes não conseguiram derrotar. E por que foi possível acontecer isso? Tratava-se de uma tropa relativamente pequena, com apenas 1.500 homens desarmados (as poucas armas que tinham eram as que conseguiam retirar dos inimigos), sem uma logística militar, se contrapondo ao Exército brasileiro, a todas as Polícias Militares que o Governo mobilizou e aos jagunços dos coronéis do Nordeste, com os quais o Governo gastou muito dinheiro. Aliás, foram os jagunços que deram mais trabalho à Coluna, pois eles já tinham o hábito de lutar a cavalo, metidos no meio do mato, coisas a que as tropas oficiais do Exército não estavam acostumadas.

Foi a tática da guerra de movimento – que era uma grande novidade no Brasil e, em certo sentido, no mundo – que possibilitou à Coluna driblar as tropas governistas, derrotar 18 generais e nunca ter sido derrotada. Nós só podemos explicar esse êxito pela disposição de luta dos combatentes. As pessoas imaginam que a Coluna Prestes era formada por tenentes, mas, na realidade tinha apenas 12 oficiais. Os demais eram soldados, sargentos, cabos e muita população civil – trabalhadores, em sua maioria do campo. Também havia 50 mulheres.

Esse pessoal lutava com uma garra, um heroísmo, sem receber nada em troca. Desarmado, sem alimentação, comendo o que achava pelo caminho, atravessando desertos, pântanos, as maiores dificuldades, sempre sob fogo inimigo. Foram 53 combates, em nenhum dos quais o Governo saiu vitorioso; ao contrário, por vezes, acabava tendo que fugir por causa da tática da guerra de movimento e pela disposição de luta desses combatentes.

Em seu livro A Coluna Prestes você afirma que a Coluna era um exército diferente, com características populares. Esse certamente foi um dos motivos para ela nunca ter sido derrotada…

Justamente! A Coluna não era um exército elitista. Os comandantes levavam a mesma vida e passavam por mais sacrifícios que os soldados. Quando não havia cavalos suficientes, os que havia eram para os soldados, e o comandante ia a pé. Quando não tinha comida, a comida era para os soldados e não apenas para o comandante. Esse era o lema: o soldado da Coluna sabia que jamais seria abandonado. Quando ferido ou doente, sempre era levado no lombo do cavalo, e quando não tinha cavalo era carregado pelos companheiros. Essa disposição de luta tinha muito a ver com a confiança nas lideranças e com o acreditar no ideal, embora esse ideal fosse uma coisa bastante vaga para eles.

Os combatentes da Coluna acreditavam que precisavam derrotar o (presidente) Artur Bernardes, que, para eles, representava todos os males. Lutar contra o Bernardes era lutar por liberdade, e a Coluna fazia isso com o maior heroísmo, desmentindo essa história de que o brasileiro não é de luta, que o povo só gosta de samba, carnaval e futebol. A Coluna Prestes mostrou que os setores simples, pobres, do povo brasileiro lutam com muita garra quando acreditam na causa pela que estão lutando e encontram lideranças nas quais eles acreditam e confiam.

Qual era o programa da Coluna?

O programa era o mesmo dos tenentes. Nós não podemos isolar a Coluna do movimento tenentista. A Coluna foi o que durou mais daquele movimento, pois o Governo não o conseguiu derrotar. A Coluna Prestes correu 25 mil quilômetros pelo Brasil, atravessou 13 estados, derrotou 18 generais, durou mais de dois anos e nunca foi derrotada! O programa era, basicamente, o voto secreto, que era a grande reivindicação das oposições desde 1910, quando foi lançada na campanha civilista de Rui Barbosa, e que nunca foi conseguido na República Velha, pois isto era uma questão de princípios para as oligarquias agrárias que dominavam o País e que tinham interesse em continuar controlando o voto da população.

Tinha também a reivindicação de uma Justiça Eleitoral independente porque o processo eleitoral, além de ser fraudado, ainda passava pela chamada Comissão de Verificação de Poderes do Congresso Nacional, que era quem decidia quais candidatos eleitos podiam tomar posse.

De maneira geral, a Coluna cobrava que se cumprisse a Constituição Republicana de 1891. Os tenentes, em nenhum momento, pretendiam implantar uma ditadura militar. Ao contrário. Queriam entregar o poder a um político que fosse honesto, e nisso havia muita ingenuidade dos tenentes, sem dúvida. A ideia era bastante elitista, por sinal: não se tratava de mobilizar as massas populares nem organizá-las. Reforma agrária eles nem conheciam. Só quem falava de reforma agrária naquela época eram os comunistas, com os quais os tenentes não tinham contato.

Naquele contexto da década de 1920, quando o movimento operário estava em refluxo, pois saíra de derrotas muito sérias no final dos anos 1910, depois da grande greve de São Paulo, em 1917, e da insurreição anarquista no Rio de Janeiro, em 1918, as camadas médias urbanas estavam insatisfeitas com a impossibilidade de influir nas eleições, mas eram desorganizadas, sem lideranças, sem condições de realmente ter uma influência. Por isso, os tenentes acabam cumprindo esse papel de liderança de todos os movimentos de oposição.

Como a população recebeu essas propostas?

Havia muita simpatia, mas a massa popular estava desorganizada, e os tenentes também não estavam preocupados em organizá-las. A Coluna tinha uma visão substitutiva do povo, uma visão bem militar, de que eles fariam a revolução para o bem do povo. Não havia o objetivo de mobilizar as massas do campo, nem organizá-las ou conscientizá-las. A ideia era atrair as forças militares do Governo para o interior do País para, com isso, possibilitar os levantes tenentistas nas capitais. Prestes depois disse que os tenentes, como bons pequeno-burgueses, eram desorganizados, não sabiam conspirar, sempre eram descobertos pela Polícia, enfim, era um negócio muito bagunçado. Quem mais se organizou foi a Coluna, e o papel do Prestes teve muita importância nisso, pois conseguiu estruturar e organizar a tropa.

Em que momento surge a expressão “Cavaleiro da Esperança”?

Isso não surgiu no interior nem foi criação do Jorge Amado, diferente do que muitos pensam. No final de 1927, com a Coluna já na Bolívia, Astrojildo Pereira, na época secretário-geral do PCB, vai à Bolívia se encontrar com Prestes. Na volta, a entrevista que fez com Prestes é publicada no jornal Esquerda, do Rio de Janeiro, quando surge o epíteto de “Cavaleiro da Esperança”.

Nesse momento, o prestígio de Prestes era muito grande. O Governo de Washington Luís havia suspendido a censura da imprensa. A partir daí, ocorre uma explosão de informações sobre a Coluna, com repórteres sendo enviados à Bolívia para entrevistar Prestes. O prestígio da Coluna e de Prestes era tão grande que, quando a esquerda lança o epíteto de “Cavaleiro da Esperança”, isso pega.

Na condição de historiadora, como você define o papel de Luiz Carlos Prestes na história do País?

Começa pela Coluna. Todos que participaram dela reconhecem o papel destacado que Prestes desempenhou por ter sido responsável – não sozinho, mas principalmente – pela criação da tática da guerra de movimento, que foi algo extremamente inovador no Brasil e levou ao fracasso total da perseguição governista. Ao percorrer o interior do Brasil e se deparar com a miséria e a situação crítica das grandes massas, não só ele, mas todos os comandantes da Coluna, ficaram profundamente chocados. Prestes vai mais adiante que os outros e decide que tinha que fazer alguma coisa para modificar aquilo. É nesse momento que ele se aproxima do marxismo e descobre no comunismo a solução para os problemas que havia no Brasil.

Depois que a Coluna acaba, Prestes procura estudar e descobrir respostas. Estuda O Capital, de Marx, e as principais obras do marxismo, entrando, em contato não só com os comunistas brasileiros, mas com os comunistas latino-americanos, pois Buenos Aires (para onde Prestes foi depois de sair da Bolívia) era um centro do movimento comunista no continente.

Nesse processo, ele se aproxima do comunismo e lança o manifesto de maio de 1930, onde rompe oficialmente com os tenentes. Esse momento é muito importante não só na vida de Prestes, mas principalmente na história revolucionária brasileira, na história do Brasil. Isso porque as oligarquias dissidentes apostavam na figura de Prestes para fazer o movimento de 1930. Prestes, naquele momento, podia ter ocupado o lugar de Getúlio, pois tinha mais prestígio que Vargas. Basta pegar a imprensa da época para ver isso. Getúlio não era uma figura de grande destaque nacional; era no Rio Grande do Sul. Tinha sido ministro de Washington Luís, mas não tinha o prestígio que Prestes tinha naquele momento. Tanto que a campanha da Aliança Liberal para as eleições de 1º de março de 1930 foi feita sobre as bandeiras da Coluna, de Prestes e do tenentismo.
Prestes era a figura que realmente empolgava as massas. No Nordeste era um entusiasmo enorme. Ele podia ter naquele momento assumido o lugar de Getúlio. O poder foi oferecido na bandeja. À medida que ele entende que aquilo não ia ser a solução dos problemas brasileiros, ele adere ao programa do PCB, que defendia uma revolução agrária e anti-imperialista.

Prestes entende que, se participar do movimento de 1930, ficará inteiramente subordinado aos objetivos das oligarquias agrárias que estavam dirigindo o movimento. Então, não concorda com isso. Esse é um gesto que as classes dominantes nunca perdoaram, pois contavam com Prestes e sua liderança a serviço destes interesses [das oligarquias]. À medida que rompe com isso e se torna comunista, ele salta para o outro lado da trincheira da luta de classe e vai se colocar ao lado dos operários, dos trabalhadores, dos oprimidos e explorados, abandonando aquela banda das classes dominantes que estava apostando na liderança dele.

A insurreição de 1935 é um marco nessa história…

1935 é o renascimento da liderança de Prestes. Em 1930, com esse gesto de renunciar ao poder, ele fica como um general sem soldados, totalmente isolado. Porém, logo depois da vitória de Vargas e do movimento de 1930, o processo de desgaste do novo regime começa muito rapidamente. À medida que esse processo de desgaste acontece, principalmente entre os setores das camadas médias urbanas, movimentos sindicais, operários e dos próprios tenentes, eles começam a se voltar para o Prestes e dizem: “Até que Prestes tinha razão”. Todo o prestígio de Prestes começa a renascer, embora ele esteja longe, lá em Moscou. Quando chega ao Brasil, em 1935, o prestígio dele é muito grande. Antes de chegar, já tinha sido criada a Aliança Nacional Libertadora (ANL) e ele tinha sido aclamado como presidente de honra. A liderança de Prestes vai ser muito importante neste momento. Enfim, o século 20 tem duas figuras importantes: uma é Getúlio e a outra, Prestes.

Mas nas escolas brasileiras esses fatos são pouco estudados. Por quê?

Essa história é totalmente desconhecida. Eu acho que a atitude dele tomada em 1930, quando adere ao marxismo e ao comunismo, e sua fidelidade a essa direção pelo resto da vida foram imperdoáveis para as classes dominantes.

Após 1930, os outros comandantes da Coluna aderiram a Getúlio e foram ser ministros. Eles não estavam interessados em divulgar a história da Coluna, porque para falar dela tinham que falar de Prestes, e, como ele havia se tornado comunista, isso não interessava.

No Estado Novo esse assunto era totalmente proibido. Na época da legalidade se falou muito pouco. O partido estava muito ocupado com outras coisas. Havia no PCB, e nas esquerdas de maneira geral, um descuido muito grande com a história, uma falta de preocupação com a necessidade de conhecer a história, de educar as novas gerações conhecendo as lutas do passado. Isso também contribuiu. Mas o principal é que as classes dominantes não estavam interessadas em que essa história fosse conhecida.
Hoje em dia, a estratégia das classes dominantes já não é tanto caluniar o Prestes, pois já não cola tanto. Como não dá pra silenciar, a estratégia deles é falsificar a história e apresentar Prestes e outros comunistas, como Gregório Bezerra e outras figuras revolucionárias, integrados ao sistema, figuras assim pasteurizadas, que podem ser aceitas por todos; esvaziá-las de seu conteúdo revolucionário, até porque já estão mortos e não podem protestar nem falar mais. Então, se a gente não protesta, se a gente não procura mostrar a verdade, nos enganam muito. Isso [a falsificação] está sendo feito amplamente em relação ao Prestes.

Eu acho que o PCdoB está se especializando em se utilizar da imagem de Prestes. Exemplo: a devolução do mandato de senador de Prestes. Passaram-se 65 anos da cassação dos mandatos não só dele, mas de todos os parlamentares comunistas, e nunca esses senhores tomaram nenhuma iniciativa nesse sentido. Agora que tá todo mundo morto, não podem mais dizer nada, não representam mais nenhum perigo, se aproveitam do prestígio deles devolvendo os mandatos, fazendo uma encenação. Eu tenho certeza que se Prestes estivesse vivo ia botar a boca no trombone e não aceitaria isso.

Veja só, Renan Calheiros elogiando Prestes! É um negócio revoltante. Quem é Renan Calheiros para falar da vida de Prestes, fazer elogios?! Agora estão fazendo a mesma coisa com a Coluna. Já surgiu a ideia de institucionalizar a Coluna. Isso é integrar a Coluna na história oficial e esvaziá-la de seu conteúdo de luta, revolucionário.

Como deve ser o ensino da história da Coluna para as novas gerações?

Acho que tem que mostrar a história real da Coluna, não se trata de inventar nada. Apesar de todas as limitações, a Coluna lutou contra o poder, contra as classes dominantes, contra o poder estabelecido. E lutou com muita garra, se organizou para isso. Acho que isso é importante a gente mostrar: o caráter de luta. No fundo, acabava sendo uma luta de classes, embora eles não tivessem essa consciência. Nesse sentido é um exemplo. Prestes não era um herói nem um líder de todos os brasileiros, era um líder dos trabalhadores, dos revolucionários, daqueles que lutam para enterrar o capitalismo.

Os ideais revolucionários de Prestes e Olga continuam atuais?

Acho que continuam atuais, mas são muito pouco conhecidos e seguidos devido a essa repressão toda que houve no Brasil, à situação mundial, à derrota do socialismo real, enfim, uma série de fatores que aconteceram e que contribuíram para que a juventude hoje em dia conheça muito pouco. Mas acho que há interesse. Eu tenho, neste último ano, lançando meu livro – Luiz Carlos Prestes, o combate por um partido revolucionário –, viajado bastante pelo Brasil. Fiz muitas palestras em universidades, e há um interesse muito grande dos jovens.

Então você vê esperança na juventude?

Eu acho que tem esperança. Acho que a juventude tem principalmente ansiedade, está procurando uma resposta. As manifestações do ano passado revelaram isso. As pessoas, de repente, descobriram que precisam fazer alguma coisa, sair da pasmaceira, ir pra rua. E também viram que é possível conquistar alguma coisa. A responsabilidade das forças de esquerda, daqueles que realmente têm compromisso com as lutas populares, é tentar organizar – e acho que esse é o legado do Prestes também.

Por Heron Barroso e Pedro Gutman, Rio de Janeiro

Manifesto de Santo Ângelo

É chegada a hora solene de contribuirmos com nosso valoroso auxílio para a grande causa nacional.

Há 4 meses a fio que os heróis de São Paulo vêm se batendo heroicamente para derrubar o governo de ódios e de perseguições que só têm servido para dividir a família brasileira, lançando irmãos contra irmãos como inimigos encarniçados.

Todo o Brasil, de Norte a Sul, ardentemente deseja, no íntimo de sua consciência, a vitória dos revolucionários, porque eles lutam por amor ao Brasil, porque eles querem que o voto do povo seja secreto, que a vontade soberana do povo seja uma verdade respeitada nas urnas, porque eles querem que sejam confiscadas as grandes fortunas feitas por membros do governo às custas dos dinheiros do Brasil, porque eles querem que os governos tratem menos da politicagem e cuidem mais do auxílio ao Povo laborioso, que numa mescla sublime de brasileiros e estrangeiros, irmanados por um mesmo ideal, vive trabalhando honestamente pela grandeza do Brasil.

Todos desejam a vitória completa dos revolucionários porque eles querem o Brasil forte e unido, porque eles querem pôr em liberdade os heróis oficiais da revolta de 5 de julho de 1922, presos porque, num ato de patriotismo, quiseram derrubar o Governo Epitácio, que esvaziou criminosamente o nosso tesouro, e porque quiseram evitar a subida do Governo Bernardes, que tem reinado às custas do generoso sangue brasileiro.

Todos sabem hoje, apesar da censura da Imprensa e do Telégrafo, apesar das mentiras oficiais espalhadas por toda a parte, que os revolucionários têm recebido verdadeira consagração por onde têm passado e que até hoje não foram batidos.
(…)
De acordo com o plano geral, as tropas de Santo Ângelo talvez pouco demorem aqui, mas, durante este tempo, a ordem, o respeito, a propriedade e a família serão mantidos rigorosamente e, para isso, o governo revolucionário provisório conta com o auxílio da própria população.

Não queremos perturbar a vida da população, porque amamos e queremos a ordem com base no progresso. Podem, pois, estar todos calmos que nada acontecerá de anormal.
São convocados todos os reservistas do Exército a se apresentarem ao quartel do 1º Batalhão Ferroviário, e fica aberto o voluntariado.

Todos os possuidores de automóveis, carroças ou cavalos deverão imediatamente pô-los a disposição do 1º Batalhão Ferroviário e serão em todos os seus direitos respeitados.
Todas as requisições serão documentadas e assignadas sob a responsabilidade do Ministro da Guerra.

Pelo Governo Revolucionário do Brasil
Cap. Luiz Carlos Prestes 29/10/1924
(Trechos de um dos Manifestos da Coluna)

Sindicatos e movimentos sociais organizam encontro nacional de Educação no Rio de Janeiro

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enetopositeNos dias 8, 9 e 10 de agosto, na cidade do Rio de Janeiro, será realizado o Encontro Nacional de Educação (ENE), que pretende reunir mais de duas mil pessoas entre estudantes, professores, técnicos administrativos, militantes de movimentos populares e trabalhadores das mais diversas categorias para debater e construir um novo projeto para a educação brasileira.

O ENE acontece como resultados de inúmeras lutas em defesa da educação que têm sido realizadas nos últimos anos em nosso país, com destaque para a luta pelos 10% do PIB para a educação pública e para as sucessivas greves da rede federal e de diversas redes estaduais, bem como a luta pela federalização das universidades privadas falidas, como a Gama Filho e a UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todas essas mobilizações evidenciam que o projeto de educação colocado em prática no Brasil tem como meta somente a qualificação de mão-de-obra para o mercado, sem considerar, entretanto, a formação científica, histórica e política do nosso povo.

Os principais temas a serem debatidos no encontro são a privatização e mercantilização da Educação, o financiamento da Educação Pública, a precarização das atividades dos trabalhadores da Educação, a avaliação meritocrática, a democratização da educação, o acesso e permanência, passe livre e transporte público.

Para Katerine Oliveira, vice-presidente da UNE pela Oposição de Esquerda, “o ENE será um momento fundamental para repensarmos os rumos da educação no Brasil e construirmos um projeto alternativo de educação, que contribua para libertar nosso povo e desenvolver o país”.

Devido a isso, a UJR e as diversas entidades do movimento estudantil onde atuamos, assim como o MLC, MLB e o Movimento Olga Benario, estão participando ativamente do processo de construção do ENE, que certamente será um marco na história do movimento social brasileiro.

Felipe Annunziata, Rio de Janeiro

Ato celebra aniversário de Simón Bolívar em Belém

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Ato celebra aniversário de Simon Bolívar em Belém 05

Em comemoração aos 231 anos de nascimento do Libertador e Pai da Pátria Venezuelana, Simón Bolívar, 203 anos da independência da Venezuela, 193 anos da batalha de Carabobo e os 60 anos do nascimento do presidente Hugo Chávez, o Consulado Geral da República Bolivariana da Venezuela no Pará – Brasil realizou no dia 24/07 um ato solene na Praça da Bandeira em Belém, que contou com a presença de representantes do Estado e do Município, diplomatas, partidos políticos e movimentos sociais, a exemplo do PCR, MLB, Levante Popular da Juventude e MST que teve inicio com a apresentação da banda da guarda municipal de Belém que entoou os hinos da República Federativa do Brasil e do Hino Nacional da Venezuela: “Gloria al Bravo Pueblo”.

No encerramento da solenidade, o Cónsul General da Venezuela em Belém, Alonso Pacheco, usou da palavra quando recordou o legado histórico de emancipação e integração iniciado por Simón Bolívar e continuado nesta gestão histórica sob o guia do Comandante Hugo Chávez. Destacou também, o fundamento da Revolução Bolivariana e o papel que cumpre o Governo e o Povo Bolivariano da Venezuela hoje em dia. Durante o discurso o consul disse: “Desta façanha bicentenária, somos protagonistas e participantes, de um modelo de democracia que se fundamente no poder popular, o poder do povo para criar e aprofundar as mudanças necessárias para gerar uma sociedade mais justa e mais livre” em seguida afirmou: “Este projeto Bolivariano tem como horizonte a integração de nossas nações, que garanta a paz e o desenvolvimento, da fortaleza de nossas instituições democráticas, da criação de um poderoso bloco de poder que possa fazer sentir seu peso no século XXI, na aurora de um mundo multipolar, para poder estabelecer um dialogo de igual a igual com as potências do mundo. Somente a unidade de nossos povos sul-americanos, somente a complementariedade de nossas economias, o encontro de nossas culturas, a união dos nossos territórios por meio de rodovias, infraestrutura e estradas, podem garantir este novo século como o século da verdadeira emancipação da América Meridional.” E concluiu dizendo: “Este projeto Bolivariano tem como horizonte a integração de nossas nações, que garanta a paz e o desenvolvimento, da fortaleza de nossas instituições democráticas, da criação de um poderoso bloco de poder que possa fazer sentir seu peso no século XXI, na aurora de um mundo multipolar, para poder estabelecer um dialogo de igual a igual com as potências do mundo. Somente a unidade de nossos povos sul-americanos, somente a complementariedade de nossas economias, o encontro de nossas culturas, a união dos nossos territórios por meio de rodovias, infraestrutura e estradas, podem garantir este novo século como o século da verdadeira emancipação da América Meridional.”

Redação Pará

Ato celebra aniversário de Simon Bolívar em Belém 02

PALAVRAS 24 DE JULHO
231 ANOS DO NASCIMENTO DO LIBERTADOR
203 ANOS DA INDEPENDÊNCIA DA VENEZUELA
193 ANOS DA BATALHA DE CARABOBO
60 ANOS DO NASCIMENTO DO PRESIDENTE HUGO CHÁVEZ

“E que dizem? Que devemos começar por uma confederação, como se todos não tivéssemos confederados contra a tirania estrangeira. Que devemos atender aos resultados da política da Espanha. Que importa pra nós que Espanha venda seus escravos à Bonaparte ou lhes conserve, se estamos determinados a ser livres? Essas dúvidas são tristes efeitos das antigas correntes, Que os grandes projetos devem se preparar em calma! 300 anos de calma, não bastam? Coloquemos sem temor a pedra fundamental da liberdade sul-americana, vacilar é perder-nos”.

Assim começava o jovem Simón Bolívar seu exaltado discurso diante da Junta Patriótica, aconteceu em um três de julho de 1811, quando o destino da revolução debatia-se em Caracas. Bolívar manifestava uma grande verdade, Venezuela devia ser livre de todo tirano, seja Bonaparte ou Fernando VII. Esta ideia prevaleceu dois dias depois, cinco de julho de 1811, marcando o desenvolvimento histórico da Venezuela para os próximos dois séculos: a luta pela verdadeira independência. As palavras e as ações de Bolívar, que para aquele momento estava por completar 28 anos de idade, serviu para propor o novo na América do Sul: a criação de uma República Independente e Soberana.

10 anos depois, 24 de junho de 1821, encerraria sua grande obra pela independência política da Venezuela, na Batalha de Carabobo, monumento a seu gênio militar, a qual selaria o processo da emancipação venezuelana contra o imperialismo espanhol.
Este período histórico, do qual se completa 203 anos, tem sido denominado em nossa pátria venezuelana, como o ciclo histórico bicentenário da independência, dando-lhe um caráter de história viva, porque a liberdade e a independência total de uma nação não são alcançadas numa data especifica, mas é um processo de construção das instituições, da cidadania e da pátria, que ainda hoje em dia estamos aprofundando e perfeiçoando.

O povo Venezuelano sabe que é livre, independente, e soberano, mas também conhece a sua história, e sabe como a obra emancipadora de Bolívar entrou numa longa noite para mais de um século, quando o projeto de construir uma nação livre de todas as formas de imperialismos, foi ofuscado, primeiro pelas disputas internas entre caudilhos oligárquicos, que se repartiram os restos da nação livre. E mais tarde, no século XX, vimos como essas oligarquias entregaram a Venezuela ao controle do imperialismo econômico, pela qual as transnacionais do petróleo eram comandantes.

Os últimos 40 anos dessa longa noite foram especialmente atrozes para os filhos de Bolívar, o imperialismo econômico e as oligarquias nacionais construíram uma sociedade de brilhante desenvolvimento para os de cima, mas com uma base social com pês de lama, representada em 50% da população sumida na pobreza, e 21% dela na pobreza extrema. Como poderia ter independência e soberania com tal nível de desigualdade e injustiça? Como poderíamos ser um povo livre se não éramos considerados cidadãos?
Mas como dissera alguma vez o Grande José Martí: “Nunca a noite é mais escura que um instante antes do amanhecer”. O povo do Bolívar sacudia a poeira dos olhos, e gritou liberdade, e gritou justiça em fevereiro de 1989, o que se chamou “O Caracazo”; em seguida, o quatro de fevereiro de 1992, o Comandante Hugo Chávez gritou com mais força um “Por enquanto”, que terminou por derrubar o governo da oligarquia. A voz de Hugo Chávez vai completar 60 anos no próximo 28 de julho, uma voz que jamais será silenciada.

Desta façanha bicentenária, somos protagonistas e participantes, de um modelo de democracia que se fundamente no poder popular, o poder do povo para criar e aprofundar as mudanças necessárias para gerar uma sociedade mais justa e mais livre; nossa nova carta magna de independência é o compromisso, construído e plasmado pelos venezuelanos, na constituição de 1999, onde se encontram as coordenadas do projeto Bolivariano que o povo da Venezuela se deu. Nossa Batalha de Carabobo é o desafio marcado pelo Comandante Hugo Chávez: acabar para sempre a pobreza extrema na Venezuela para o ano 2021, quando vai completar 200 anos desse 24 de junho e sua inesquecível façanha. Assim como tínhamos acabado o analfabetismo, reduzido pela metade a miséria e a desnutrição, e entregado mias de 600 mil moradias de forma gratuita, na base de um modelo que garanta a paz, a liberdade e a participação.

Este projeto Bolivariano tem como horizonte a integração de nossas nações, que garanta a paz e o desenvolvimento, da fortaleza de nossas instituições democráticas, da criação de um poderoso bloco de poder que possa fazer sentir seu peso no século XXI, na aurora de um mundo multipolar, para poder estabelecer um dialogo de igual a igual com as potências do mundo. Somente a unidade de nossos povos sul-americanos, somente a complementariedade de nossas economias, o encontro de nossas culturas, a união dos nossos territórios por meio de rodovias, infraestrutura e estradas, podem garantir este novo século como o século da verdadeira emancipação da América Meridional.

As armas dos nossos povos para lograr este objetivo de soberania, independência e paz, são educação, cooperação no campo da cultura e a saúde, cooperação técnica, investimento no desenvolvimento das economias sustentáveis, trocam de experiências e conhecimentos na área social, econômica, turística, comercial e de gestão pública, que ajudem nos aproximar mais aos nossos povos e instituições governamentais, privadas e mistas, para avançar na consolidação de nossa Grande América.

Venezuela e sua luta contra a dominação imperialista é a essência de nosso futuro histórico, depois de 203 anos de vida Republicana, o povo da Venezuela grita a voz viva, que mais nunca voltarão àqueles que entregaram a soberania e as riquezas de nosso solo aos interesses estrangeiros, mais nunca voltarão àqueles que entregaram a pátria aos interesses do imperialismo.

“Compatriotas, a independência é o único bem que ganhamos à custa dos outros, mas ela abre a porta para reconquista-los sob vossos soberanos auspícios, com todo o esplendor da glória e a liberdade”, manifestava assim, Simón Bolívar no Congresso Constituinte, em Santa Fe de Bogotá, em janeiro de 1830.

Nossa Pátria latino-americana enfrenta hoje os desafios do século XXI, devemos vencer em cada um deles, disso não há dúvidas, mas embora, pudéssemos perder inclusive mais do que ganhamos nesta luta, aquilo que ganhamos, a nossa independência, nos permitira conseguir realmente tudo aquilo que queremos para os nossos povos!

¡Bolívar, a Independência, Carabobo, Chávez!
¡São parte de nossa história, é parte de nossa luta!
¡Até a vitória sempre, viveremos e venceremos!

Artistas de Hollywood são criticados por apoiar Palestina

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cartoon Hollywood palestine138Desde que Israel começou a bombardear a Faixa de Gaza, vários artistas de Hollywood manifestaram sua solidariedade ao povo palestino e pediram o fim da agressão israelense.

Entre as celebridades estão nomes como os das cantoras Rihanna e Selena Gomez, o diretor Jonathan Demme (de “O silêncio dos Inocentes” e “Filadélfia”), e os atores Mark Ruffalo (de “Os Vingadores”), Mia Farrow (de “A Rosa Púrpura do Cairo”), John Cusack (de “Procura-se um Amor que Goste de Cachorros”) e o ganhador do Oscar Javier Bardem (de “Vicky, Cristina, Barcelona”).

Entretanto, ao contrário do que acontece com outras causas humanitárias que costumam ser abraçadas por Hollywood, o posicionamento desses artistas não foi bem recebido pelos altos executivos da indústria cinematográfica estadunidense.

Segundo a revista The Hollywood Reporter, isso acontece porque há uma relação de “afinidade e apoio político” entre os estúdios de Hollywood (a maioria controlados por judeus) e os governos israelenses ao longo dos tempos, impondo aos artistas mais engajados uma espécie de proibição às críticas sobre a política de Israel contra os palestinos.

Patrulhamento nas redes sociais

Além da censura, existem também um forte “patrulhamento ideológico” por parte das pessoas mais reacionárias que seguem esses artistas nas redes sociais.

Rihanna, por exemplo, foi duramente criticada por “fãs” quando publicou uma mensagem em sua conta no Twitter com a hashtag #FreePalestine (“Palestina livre”). Minutos depois, a cantora foi obrigada a apagar a postagem. Algo parecido aconteceu com a também cantora Selena Gomez.

Já o espanhol Javier Bardem, um dos maiores atores da atualidade, não se intimidou e publicou uma carta aberta criticando os Estados Unidos, a União Europeia e a Espanha por se omitirem no que ele definiu como sendo “uma guerra de ocupação e de extermínio um povo sem meios”.

Segundo o ator, “no horror que está acontecendo em Gaza não cabe a distância nem a neutralidade. É uma guerra de ocupação e extermínio contra um povo sem meios, confinado a um território mínimo, sem água e onde hospitais, ambulâncias e crianças são alvos e terrorista suspeitos. É difícil de entender e impossível de justificar”.

Bardem conclui dizendo que está “indignado, envergonhado e magoado por tanta injustiça e assassinatos de seres humanos”.

A cada dia cresce a indignação contra os crimes cometidos pelo governo israelense, bem como a solidariedade com o povo palestino em sua luta pelo humano direito de existir e pela paz, e não há pressão ou censura que impeça esse sentimento de se desenvolver… até mesmo em Hollywood.

Da Redação

Em Detroit, 300 mil pessoas podem ter água cortada por falta de pagamento

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Detroit Water Shutoff - Protest
Manifestação em Detroit contra o corte do fornecimento de água no dia 18 de julho

A cada semana cerca de 3.000 famílias estão sofrendo corte no fornecimento de água na cidade de Detroit, Michigan, EUA, por débitos de $150 dólares ou mais de dois meses de atraso no pagamento.

Este foi o caso de Charity Hicks*, uma respeitada líder comunitária afro-americana que sempre esteve à frente de diversas campanhas para garantir aos cidadãos de Detroit o direito a uma água pública e acessível.

Quando os representantes da empresa chegaram ao seu prédio, Charity, caminhando em direção ao carro da companhia, exigiu que lhe mostrassem a notificação de corte. A resposta do funcionário foi avançar o veículo em sua direção, ferindo sua perna. Dois policiais brancos chegaram rapidamente – não para fazer um boletim de ocorrência, mas para prende-la. Ela foi conduzida à delegacia debaixo de zombarias e permaneceu presa por dois dias.

Ao mesmo tempo em que os pobres estadunidenses sofrem com a interrupção do fornecimento de água em suas casas, privando-lhes de um direito básico para uma vida digna, grandes usuários também estão devendo a companhia de água, como o clube de golfe de Detroit, a arena de Hockey do Red Wings e o estádio de futebol da Ford, totalizando uma dívida de cerca de $30 milhões de dólares. Mas nenhum funcionário da companhia, no entanto, apareceu para cortar a água de nenhum deles.

Diversas manifestações populares tem ocorrido em Detroit. Uma das mais expressivas ocorreu no dia 18 deste mês, quando milhares de pessoas marcharam rumo ao Detroit’s Hart Plaza e conseguiram suspender os cortes por 15 dias. Com gritos de “banks got bailed out, we got sold out” (algo como “os bancos são resgatados, nós somos rifados”, em tradução livre), os manifestantes expressavam sua indignação com o fato de que a empresa de abastecimento de água, a DWSD, doou $537 milhões de dólares a bancos para evitar sua falência.

Outra manifestação, ocorrida ontem (24), portava um abaixo-assinado com cerca de 6 mil assinaturas de todo o país contra os cortes, e também solicitava que o Canadá, que faz fronteira com a cidade de Detroit, fornecesse água para os cidadãos estadunidenses.

Segundo Cataria de Albuquerque, relatora especial da ONU para o Direito à Água e ao Saneamento, o corte de água constitui uma violação aos direitos humanos caso as pessoas afetadas realmente não tenham condições de pagar.

Na última década o número de famílias que apresentam atrasos na conta de água em Detroit aumentou 119%, chegando agora a mais de 150 mil consumidores. E os principais atingidos são a população negra, que constitui a parte mais pobre da cidade.

Glauber Ataide, com informações de The Guardian e Truthout

Atualização: A ativista Charity Hicks, citada nesta matéria, morreu poucos dias após o episódio aqui relatado. Ela foi atropelada em um ponto de ônibus em Nova York por um motorista que fugiu do local.

Jornal A Verdade promove debate sobre massacre ao povo palestino

Palestrante no ato da UFPENo ultimo dia 23 de julho no NIATE/CFCH na UFPE em Recife-PE, foi promovido pelo jornal A Verdade com o apoio da União dos Estudantes de Pernambuco (UEP), Movimento Correnteza UFPE e o Centro Cultural Manoel Lisboa, um debate sobre o massacre ao povo palestino. O evento contou com a participação de vários movimentos sociais como o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Movimento de Mulheres Olga Benário, Movimento Luta de Classes (MLC), União da Juventude Rebelião (UJR) e entidades estudantis como o DCE – UNICAP, DCE FAFIRE, DCE UFRPE.

O professor Luciano Cerqueira, do departamento de História da UFPE foi o primeiro debatedor a expor do ponto de vista histórico toda origem da guerra entre palestinos e israelenses que se intensificou a partir da criação pela ONU do Estado de Israel em 1948. O professor abordou aspectos culturais dos povos árabes, bem como, o histórico de exploração que esses povos sofrem pela ação do imperialismo tomando como marco principal a derrota do Império Turco-Otomano na Primeira Guerra Mundial (1914-1918), onde França e Inglaterra invadem o Oriente Médio e dividem entre si a região, ficando a Palestina sob o domínio britânico de 1918 a 1948.  Por fim, Cerqueira expôs que a guerra entre Judeus e Palestinos beneficia a indústria bélica norte americana que lucra milhões com o verdadeiro genocídio que está acontecendo contra o povo palestino.

O segundo debatedor foi Edival Cajá, sociólogo e Militante do Partido Comunista Revolucionário-PCR. Cajá fez uma analise do conflito levantando os aspectos econômicos e políticos que envolvem não só o Estado de Israel e seu governo de extrema direita como também, os Estados Unidos e as potências imperialistas da Europa e Ásia que além de apoiar conflito, dão todo subsidio econômico e politico financiando e lucrando com a tentativa desumana de extermínio do povo palestino.  Relembrando a guerra cruel e desumana que os Estados Unidos deflagrou contra o povo vietnamita com todo aparato militar usando das mais diversas formas de crueldade, matando civis indefesos na década de 1970, o que não é muito diferente do que faz hoje o Estado de Israel com o apoio dos Estados Unidos ao povo palestino. Estão cometendo mais um crime contra a humanidade atacando um povo indefeso sem respeitar seu direito de autodeterminação e a Constituição de um Estado que somente se utiliza de paus de pedras e armas de pequeno alcance para defender seu território, suas riquezas e sua cultura. Não podemos nos calar diante de mais uma atrocidade que o Capitalismo que impor ao povo palestino e ao mundo. São centenas de famílias que estão sendo dizimadas para o lucro financeiro e a ganância de poucos e cabe a nós mudar essa situação e construir uma sociedade justa onde não haja a exploração do homem pelo homem. Essa sociedade é possível e é tarefa de todos nós que somos escravizados pela ganância dos capitalistas que matam crianças neste momento na palestina.  Foram esses que financiaram golpes militar nos países sul-americanos. São eles os responsáveis por matar, torturar e desaparecer com corpos de centenas de trabalhadores, estudantes, homens, mulheres e crianças, e que continuam na mesma prática nas cadeias do nosso país; afirmou Cajá.

Jayme Asfora, secretário da Juventude do Recife e descendente de Palestino,  contribuiu com o debate fazendo um depoimento da saída dos seus avós paternos da palestina ainda quando a região pertencia à Inglaterra. “Meu engajamento na luta por meu povo começou na Universidade a partir dos 18 anos quando passei a militar no movimento estudantil, sendo vice-presidente do DCE-UFPE e presidente do DA do curso de Direito. Conheci Cajá e junto com outros estudantes, passei a entender melhor a vida do meu povo e toda sua história de luta pela liberdade. Todos os palestinos que deixaram suas casas saíram porque foram expulsos ou então fugiram para sobreviver. Muitos saíram sem nada, perdendo além do direito de viver em sua pátria, seus bens materiais”. O então secretário, disse entender que essa guerra injusta e desigual é fruto da disputa econômica entre o riquíssimo Estado de Israel, com o apoio de outros países da Europa e da América, para obter ainda mais lucro financeiro enquanto centenas de crianças e famílias inteiras estão sendo destruídas.

Palestra na UFPEEsse importante debate demostrou ainda mais como é justa a luta pela liberdade da Palestina e quão injusto é esse verdadeiro genocídio. Com o falso argumento de combater o terrorismo na região, o Estado Fascista de Israel que se apossar das terras palestinas e enfraquecer o Hamas, principal grupo de resistência palestina. Já foram mais de 100 crianças mortas e milhares de civis mutilados e assassinados em menos de 20 dias do conflito por terra. Lembramos que a guerra entre palestinos e israelenses começou desde 1948 e nesse período de tempo, milhares já foram mortos sem que os verdadeiros culpados tenham recebido punição. A Faixa de Gaza, região das incursões por terra tem uma população constituída por civis que não oferecem nenhum perigo à Israel. O povo palestino clama por liberdade, pelo direito de ter suas terras, riquezas e cultura preservadas. Toda sociedade precisa se organizar e mostra a verdadeira opinião publica que não apoia esse crime contra os direitos humanos e a autodeterminação dos povos.

Várias entidades estudantis, sindicais, movimentos sociais e organizações politicas organizaram o Comitê Pernambucano em Solidariedade à Palestina. O Comitê tem o objetivo maior mobilizar a opinião pública contra esse massacre ao povo palestino. No próximo dia 30/07 estará acontecendo o Ato de Solidariedade ao Povo Palestino, pelo fim do conflito em Gaza. A concentração será às 13h30minh no Parque 13 de maio em frente a Faculdade de Direito do Recife. Vamos participar e mostrar que Recife não se cala diante desse crime e ampliar as mobilizações por todo o Estado.

FIM DO GENOCÍDIO DO ESTADO DE ISRAEL NA PALESTINA!

ABAIXO AS GUERRAS IMPERIALISTAS!

 Camila Falcão, UJR, Recife

Crise de abastecimento de água se agrava em São Paulo

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BARRAGEM RIO JUNDIAÍ, Alto Tietê
BARRAGEM RIO JUNDIAÍ, Alto Tietê

É muito grave a atual situação de crise de abastecimento de água nos municípios da região metropolitana de São Paulo e é ainda mais grave a atitude irresponsável do governador do estado, Geraldo Alckmin (PSDB), frente a essa crise. O volume morto do reservatório Cantareira vem sendo utilizado há meses e agora o mesmo volume de outro reservatório, o Alto Tietê, também poderá ser utilizado.

Mesmo negando, o governo do estado aplica um racionamento velado suspendendo o fornecimento de água durante o período noturno em vários bairros da capital. Evidentemente que os bairros mais pobres são os principais afetados por esse racionamento que é realizado através do fechamento momentâneo de partes do sistema que bombeia o fluxo de água.

Os funcionários da Sabesp que cumprem a tarefa diária de realizar a manutenção das redes de água e esgoto, enfrentando o frio e o sol todos os dias em um trabalho desgastante, são cobrados pela população por essa crise sem, no entanto, terem qualquer responsabilidade. As decisões políticas do governador do Estado de transformar o fornecimento de água em um negócio lucrativo para empreiteiras terceirizadas e investidores da bolsa são as únicas responsáveis por essa situação. Soma-se a isso o interesse eleitoral do PSDB de não realizar o racionamento de forma transparente em um ano de eleição.

Colocar em risco o fornecimento de água em uma metrópole com mais de 20 milhões de habitantes é na verdade um grande crime. Atualmente, o nível do reservatório cantareira está em menos de 17% e o do Alto Tietê em 22%, seguramente, os menores níveis de reserva de água da história. É preciso que a população se mobilize para responder a essa situação e exija intervenção pública dos órgãos responsáveis para impedir que os reservatórios sequem e a crise da água se aprofunde em São Paulo.

Redação São Paulo

 

Desembargador Siro Darlan diz por que os ativistas do Rio devem ficar em liberdade

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Desembargador Siro Darlan
Desembargador Siro Darlan

Reproduzimos a declaração do Desembargador carioca Siro Darlan, que emitiu no dia ontem habeas corpus para a libertação dos 21 ativistas indiciados pelo Ministério Público do Rio de Janeiro por formação de quadrilha armada:

A cultura do aprisionamento que levou o Brasil ao terceiro lugar do encarceramento mundial tem sido muito cara e dispendiosa para nossa sociedade. Sua inutilidade tem sido demonstrada pelo número de reincidências e violência oriunda dos cárceres. O dispêndio inútil de recursos para aprisionar poderia e deveria ser destinados para a construção de uma sociedade mais justa, onde a educação e saúde seriam a prioridade para nosso povo.

No caso concreto a denúncia do Ministério Público, embora as mídias interessadas em enganar seus leitores tenham noticiado incêndios, lesões corporais, danos ao patrimônio público, porte de explosivos, dentre outros, é exclusivamente o delito de quadrilha armada – artigo 288, parágrafo único do Código Penal, cuja pena pode variar entre um e três anos de reclusão, podendo ser dobrada.

Ora, ainda que os acusados venham a ser condenados, na pior das hipóteses a pena não ultrapassará dois anos por serem réus primários e de bons antecedentes. Sabe-se que pela nossa legislação a condenação até quatro anos pode e deve ser substituída por penas alternativas em liberdade.

Assim sendo o que justifica manter presas pessoas que ainda que condenados, permanecerão em liberdade? Prejuízo maior terá a sociedade se tais pessoas vierem posteriormente acionar o Estado para que paguemos com os tributos que nos são cobrados, indenizações por terem sido presos ilegalmente, apenas para saciar a “fome de vingança” de setores raivosos, incapazes de raciocinar além do noticiário indutivo.

São explicações que me cabem fazer, por dever de oficio, para, mesmo respeitando as posições em contrário, justificar que a decisão além de amparada na melhor interpretação da lei, visa proteger a própria sociedade de eventuais excessos e prejuízos possíveis.

Acrescento ainda que o próprio Ministério Público, fiscal da lei e principal defensor da sociedade, afirmou expressamente nos autos de processo contra dois dos acusados que “os indiciados não representam qualquer perigo para a ordem pública, entende o Parquet que não se encontram presentes os requisitos autorizadores da manutenção da custódia cautelar dos indiciados”…” o Ministério Público é pelo deferimento do pleito libertário formulado em favor dos indiciados CARJ e IPD`I.” Paulo José Sally – Promotor de Justiça.

Reitero meus agradecimentos por todas as manifestações favoráveis e contrárias

Desembargador Siro Darlan